Dignificar o Mundo, Dignificando Alhos Vedros
Cá vai um tema para debate. Desta vez de âmbito local. Estamos em Alhos Vedros, Concelho da Moita, e como cidadãos que tentam participar na vida local, vamos formando opiniões sobre vários assuntos, e expressá-los é uma forma, pensamos nós, de contribuirmos para o aumento da qualidade de vida da região.
Hoje o que nos trás aqui são algumas reflexões feitas sobre o ordenamento do território deste lugar onde vivemos.
Passou, mais ou menos, um ano desde que o poder autárquico concretizou um projecto de intervenção que se estendeu por parte da Rua 5 de Outubro e pela Praça da República, de forma a recuperar esta parte da zona histórica de Alhos Vedros, dado o seu envelhecimento e degradação.
O resultado final dessa intervenção camarária, quanto à avaliação feita pelos munícipes à obra, não foi pacífica. Alguns elogios, algumas críticas, alguns disparates, algumas opiniões com sentido, mas é natural que assim fosse. Afinal, não se pode agradar a todos, o projecto concluiu-se e a zona intervencionada foi recuperada para melhor.
Mas soube-nos a pouco. Está muito para fazer em Alhos Vedros que, recordemos, é a vila mais antiga do Concelho, por exemplo, com um riquíssimo património histórico que por inépcia de quem governa, em vez de ganhar destaque, o que traria benefícios para todos, se vai perdendo aos poucos.
Não é, todavia, sobre história que hoje queriamos escrever. Reflectimos sobre a intervenção que foi feita e que deve ser continuada. Pensamos que, com a máxima urgência possível, ela se deve estender em direcção à Avenida Humberto Delgado, a principal avenida de Alhos Vedros, que vai do centro da vila até ao Bairro das Morçoas e que, a ser reabilitada, em muito embelezaria o nosso Concelho e muito dignificaria quem por aqui vive.
E que tipo de reabilitação deverá ser realizado?
Decerto que desta vez já se devem contar com as apreciações críticas que foram feitas, e ás que estão por fazer.
Nós daqui deste ponto em que nos encontramos vemos uma avenida viva, com frondosas árvores de belas flores, com muita arte (poemas, pinturas, esculturas...), com interessantes dinâmicas culturais (a edilidade poderia adquirir e transformar a mansão do Caiado num espaço público, rentabilizando-o, o que não constituiria grande esforço financeiro) e até introduzindo um espaço desportivo, como poderia ser o caso de um parque de jogos ao ar livre defronte do infantário Charlot, aproveitando simultaneamente o lugar para prolongamento da mancha verde que lá existe e que, de resto, tanto quanto sabemos já está prevista.
Vocês não acham?
Luís Santos
26 Comments:
Aqui vai um bom tema que deveria ser analisado e amplamente discutido:
A Sociedade Feminina Portuguesa queixa-se do tratamento machista existente na
gramática portuguesa.
Seguem-se alguns exemplos:
Cão = melhor amigo do homem
Cadela =puta
Vagabundo = homem que não trabalha
Vagabunda =puta
Touro = homem forte
Vaca = puta
Aventureiro = homem que se arrisca, viajante, desbravador
Aventureira = puta
Menino de rua = menino pobre, que vive na rua
Menina de rua =puta
Homem da vida = pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida
Mulher da vida = puta
Puto = miúdo
Puta = puta
José Vieira
Caro Sr. José Vieira
Estimamos muito a sua presença neste espaço que se pretende aberto às opiniões livres de quem o visitar e dizer o que achar por bem.
No Largo pretendemos apresentar temas a debate que naturalmente serão colocados pelos coordenadores do "Atirei o Pau ao Gato", como foi o caso do primeiro mote de conversa, mas também aqueles que os companheiros tenham interesse em ver como objectos de discussão, como pode muito bem verificar que aconteceu com o segundo, colocado por um amigo de outro projecto na blogosfera, "Entretanto, o Mundo...", ainda em fase experimental.
As temáticas podem ser assim do critério e das preferências de quem quiser generosamente oferecer a sua contribuição. Se na oportunidade inicial tivemos um problema de carácter e interesse geral, diríamos naciona, desta vez temos um motivo que seguramente importará mais aos naturais e residentes da localidade em causa. Quanto ao futuro esperemos que uma tal alternância se mantenha; a nós, parece-nos salutar.
Neste sentido, desde já agradecemos a sua permissão para que possamos utilizar este seu comentário como a introdução do próximo tema em discussão que sairá dentro de duas semanas, de acordo com a periodicidade convencionada. Se achar por bem acrescentar algo às suas palavras e especificar melhor perguntas que tome por boas referências para propiciar os comentários dos leitores, queira ter a gentileza de o fazer,para o que pode usar esta mesma via.
Partilhamos a sua opinião quanto à relevância desta matéria e pensamos que será mais um bom momento nesta curta história de vida deste Largo.
Até lá, continue a visitar-nos e a partilhar connosco um pouco do seu tempo e o muito que certamente terá para nos oferecer. Receba o nosso melhor bem-haja pelas suas palavras e os nossos mais sinceros cumprimentos
Força,
É claro que achamos, amigo Luís. Se quisermos podemos fazer um abaixo-assinado. Qualidade de Vida é assunto de Todos, não só dos burocratas.
A Vida e os cidadãos activos representam a formação da massa crítica indispensável para a irreversibilidade de recriação de um Lindo Portugal - Obra Colectiva de todos aqueles 'que se recusam a escarrar para cima dos passeios'.
como sempre O QUE FAZ FALTA É AVISAR A MALTA
Eduardo
Moro na Av. Humberto Delgado e desde sempre vi carros estacionados do lado direito quando se vai para as Morçoas, apesar de ser proibido estacionar e das respectivas multas que ultimamente a GNR já quase desistiu de passar. A verdade é que não há parques de estacionamento em nº suficiente para todas as viaturas dos morsdores e estes vão contando com a benevolência das autoridades.
Para acabar com esta situação o melhor seria retirar os sinais de proibição de estacionar.
01:47
A vontade existente é de colocar a Moita no mapa delegando para 2º. ou 3º. plano as restantes vilas do Concelho.
Cerca de uma semana antes da Biofesta que se realizou junto ao coreto, pintaram 3 passadeiras na zona junto à Dinis Ataide e depois partiram em passos apressados para a Baixa da Banheira onde pintaram mais meia duzia delas, esquecendo-se de pintar algumas bem mais utilizadas.
Vejamos também o caso do cruzamento da estrada nacional junto ao apeadeiro, olhem com olhos de ver para a coisa e digam-me por favor onde é seguro, nesse cruzamento, atravessar a estrada.
Só para quem se desloca do centro da vila existe sinais para peões, passadeira pelo menos? não, nada.
09:21
1. Ordenamento do transito; criar ruas de sentido único e com um bom plano de acesso aos diversos lugares do centro da Vila e criar espaços de estacionamento público para onde os veículos serão coagidos a estacionar sob pena de multas e outras penalizações.
2. Ainda dentro desta questão do estacionamento, construir um siloauto com níveis subterrâneos onde agora está um pequeno parque de estacionamento na Humberto Delgado; porque não criar aí espaços de aluguer, serviços de limpeza automóvel e entregar a gestão do espaço a empresas privadas?
3. Uma vez que estamos a falar de uma avenida que já está fora do núcleo histórico da Vila, repavimentar todos os passeios com alternativas à calçada, para tanto utilizando materiais com menores custos de manutenção e mais fácil actuação para o mesmo objectivo e que ao mesmo tempo facilitem a mobilidade das pessoas, com os desnivelamentos apropriados para carrinhos de bebés e afins.
4. Para alindar árvores, em todas as áreas disponíveis quer de um lado quer do outro da via; tílias, por exemplo ficariam muito bem, mas as laranjeiras são tão tradicionais no sul de Portugal e embelezam tanto as praças e jardins que não se perderia nada por contribuirmos para o cognome de Alhos Vedros das laranjeiras. Não seria bonito de ver?
5. Há edifícios que são peças únicas de arquitectura; em qualquer outro país normal e decente, seriam decretadas património, neste caso, local e as autoridades aplicar-se-iam em elaborar programas que impedissem a sua demolição e, ao mesmo tempo, promovessem as respectivas recuperações e manutenções. Falam da casa do Caiado que não sei qual é, mas suponho que se referem a uma pequena Vila de primeiro andar que tem um letreiro a referenciar a contrução de não sei quantos fogos o que significa, vai abaixo e faz mais um prédio igual aos outros, provavelmente com mais umas mãos cheias de carros para ajudar a melhorar o ordenamento da zona.
6. E já agora, uma poção mágica para dar aquilo que vocês sabem a quem decide sobre estas coisas.
Parabéns pelo fórum, tudo o que possa concorrer para o esclarecimento do povo é de louvar. Não precisamos de algazarras nem radicalismos, basta que se faça aquilo que aqui está a ser feito; o tempo encarregar-se-à de elevar a qualidade da educação cívica que não se transmite aos berros, por muito bem que isso nos possa fazer à alma.
11:02
"Para alindar árvores, em todas as áreas disponíveis quer de um lado quer do outro da via; tílias, por exemplo ficariam muito bem, mas as laranjeiras são tão tradicionais no sul de Portugal e embelezam tanto as praças e jardins que não se perderia nada por contribuirmos para o cognome de Alhos Vedros das laranjeiras. Não seria bonito de ver?"
Caro amigo, permita-me que destaque esta parte do seu texto, embora tenha gostado dele na íntegra. Houve um amigo que tinha falado na luz própria dos jacarandás, mas por mim, tílias ou laranjeiras está bem.
Quanto ao estacionamento dos carros e às passadeiras por mim também está bem.
Fiquei a pensar na sugestão do amigo Eduardo sobre a possibilidade de um abaixo assinado. Veremos.
20:28
Os portugueses não estimam os seus patrimónios. Estou agora a estudar em Lisboa e vou lá muitas vezes e vejo que no centro da capital as ruas estão sujas e os edifícios estão velhos e em mal estado. Depois há prédios antigos e novos numa mistura sem gosto nem critério.
Vivo em Alhos Vedros há quase três anos e gosto de ver as casas pintadas mas também aqui há ruínas ao lado de casas de pessoas. É pena. Não sei se é por causa do clima mas há poucas árvores e não há jardins com flores. Os carros param em todo o lado e as pessoas às vezes andam mal e tem que ir para a estrada. Faltam transportes rápidos.
As pessoas podiam ser mais cuidadosas. As ruas estão sujas porque atiram as coisas para o chão e já vi donos de cães deixarem os animais sujarem os passeios e as paredes das casas.
O meu irmão diz que na escola dele também é assim, os alunos atiram tudo para o chão e não acontece nada.
Os governantes não podem fazer tudo, o povo também é responsável. Devia ser neste caso.
Obrigada por me deixarem participar.
Caros Senhores
Não tenho dúvidas que é positivo fazer estas discussões, pois são uma das vias que as pessoas têm para se fazerem ouvir e, ao mesmo tempo, são um dos canais que aqueles que estão nos orgãos de poder podem usar para auscultar o sentir e o querer das populações. Assim, felicito-os pela iniciativa e acrescento que há outros problemas locais que também devem merecer a vossa atenção.
Quanto a uma das questões que colocam que é a necessidade de preservar certas casas que, pela sua beleza e/ou singularidade poderemos considerar património da Vila, permitam-me que venha aqui contrariar o sentido das vossas palavras.
Falam da casa do Caiado e sugerem que a Câmara poderia adquiri-la para aí instalar um qualquer equipamento público mas não é muito difícil de ver que não poderia ser esse o caminho, pois se essa casa terá o seu valor arquitectónico, outras existem com essa mesma importância e compreensivelmente o Município não teria como fazer face aos despesismo que se geraria se quisesse salvar a todas do modo em causa.
O caminho a seguir terá que passar necessariamente pela monitorização dos edifícios que têm feito o rosto da Vila neste último século, a sua classificação como objectos de interesse patrimonial e o recurso a programas que em parceria com os proprietários viabilizassem a utilização das construções tal como tem acontecido até agora ou, ém hipótese alternativa, a preservação das fachadas.
Contudo, partilho a opinião que o património arquitectónico deve merecer a melhor das atenções por parte dos munícipes, pois é assim que se dá personalidade às terras e com isso se criam potencialidades de atracção turística. Por motivos profissionais tenho que viajar entre muitos países da Europa e é isso que acontece e permite que muito boa cidade europeia receba mais turistas que o nosso Algarve das praias onde nos vemos forçados a fazer bichas para esperar pela mesa do restaurante ou da esplanada onde pretendemos beber o café que, no meio de tanta confusão, dificilmente conseguimos tomar em sossego.
Mais uma vez, parabéns pela ideia deste debate.
O concelho da Moita tem potencialidades turísticas e Alhos Vedros, naturalmente, está nesse roteiro.
Para tanto é preciso que as terras estejam arranjadas e devidamente ordenadas para que as suas características estejam bem à vista e sejam capazes de atrair e agradar aos visitantes.
Este género de debates podem servir para chamar a atenção para estes problemas.
Assim se faz a democracia. A "Casa de Estudos" está de parabéns.
Caro Rui Forquilha, obrigado por nos contrariar. Temos ideia que a casa do Caiado é um caso singular no património arquitectónico da vila, embora existam outras com importância equivalente, ou até superior. Pensamos, por exemplo, na casa contígua ao Moinho de Maré de Alhos Vedros que está em avançado estado de degradação, o que é lamentável.
A casa do Caiado veio a talho de foice, porque estávamos a falar da dignificação da artéria principal de Alhos Vedros, onde ela se situa. E o nosso receio é que um qualquer construtor civil a possa comprar para fazer terceiros andares, e aí lá se vai mais um boa parcela do nosso património.
Na dita avenida, poucos metros mais acima, lá vemos uma belíssima casa, já com projecto aprovado para ser demolida e substituída por mais um prédio.
E é assim, que aos poucos nos vão lapidando toda a nossa identidade patrimonial, tão distraídos que temos andado. Os exemplos são tantos que nem vale a pena mencioná-los.
Aproveitamos também para agradecer ao Acácio e à Larissa pela participação, pelos bons testemunhos que nos trouxeram e pela força que juntaram às nossas modestas intenções de dignificação da qualidade de vida da região.
Eu quero viver numa terra decente!
Eu não cuspo para o chão; não sujo nada que não limpe; digo bom dia ao vizinho e quando entro numa loja; pago todos os impostos e nunca colaborei em falcatruas; cumpro os meus deveres para com a sociedade e o semelhante.
Por tudo isto repito:
EU QUERO VIVER NUMA TERRA DECENTE!
Eu quero viver numa terra decente!
Eu não cuspo para o chão; não sujo nada que não limpe; digo bom dia ao vizinho e quando entro numa loja; pago todos os impostos e nunca colaborei em falcatruas; cumpro os meus deveres para com a sociedade e o semelhante.
Por tudo isto repito:
EU QUERO VIVER NUMA TERRA DECENTE!
Caros Amigos,
A casa de João Franco Caiado, segundo sei não se encontra a venda, e mesmo que tivesse não pode ser alterada, pois foi classificada pelo IPPAR.
Quanto ao trabalho de embelezamento de Alhos Vedros eu concordo , são necessarias intervenções urgentes, nos Palacios do Cais, nomeadamente o Palacio do Conde de Barcelos, no Palacio dos Marqueses de São Payo, fundadores da nossa velhinha, a Quinta de São Pedro, que tem as ruinas de um Solar, que brevemente vão ser supermercados, o Palacio da Quinta da Fonte da Prata, os Palacetes dos Corticeiros do seculo XIX E XX, unicos no Concelho, na rua dos Correios, a Quinta da Graça...meus amigos tanto teria aqui para escrever sobre o patrimonio arquitectonico e urbanistico e o que fazer para ele ser melhorado.
Proponho um serão, em Alhos Vedros, com um debate. A minha familia tem pelo menos 500 anos em Alhos Vedros, aluno de Mestrado em Arquitectura em Lisboa, Sinto Alhos Vedros como uma Mãe, tenho orgulho de ser daqui, e quero contribuir.
se quizerem uma conferencia/debate, estou disponivel a organizar, com arquitectos, com os amigos da historia local, moradores e adorava ter presente claro o poder concelhio.
deixo o meu e-mail: joaogaspar@nyc.com
cumprimentos
Regedor
João Gaspar, em primeiro lugar dou-lhe os parabéns pela persistência familiar em escolher Alhos Vedros como lugar para viver. É um bom sítio, aqui mesmo junto ao Tejo, mais a serra da Arrábida ao fundo, mas reconheçamos que pode melhorar, e muito.
Com o interesse, a informação e o conhecimento que o amigo revela em relação a Alhos Vedros e, porventura à região envolvente, seria uma pena que a conferência/debate não se fizesse.
Eu proponho o auditório da Velhinha, ou a Biblioteca de Alhos Vedros, já que por agora o Moinho de Maré ainda não está disponível.
Também gostei da poesia anónima sob o título "Eu quero viver numa Terra decente". Aprender a viver sem que os outros tenham que levar com os nossos escarros parece-me, de facto, essencial. E, então, repito com o amigo anónimo, eu quero AJUDAR A CONSTRUIR UMA TERRA DECENTE PARA SE VIVER. Ou, pelo menos, tentar.
Naturalmente que a montante dos escarros, dos impostos, da corrupção, da atenção para com os outros, há muito mais. Mas, a pouco e pouco, degrau após degrau, lá chegaremos.
J. Raminhos
Alhos Vedros merece esta reflexão.
Penso que a proposta do João Gaspar é muito oportuna.
Existem imensos referenciais da cultura do nosso Concelho, que estão aqui em Alhos Vedros, completamente esquecidos e ao abandono.
A chamada zona histórica de Alhos Vedros, está cada vez mais descaracterizada e sem qualquer identificação.
A ideia que foi lançada inicialmente para esta reflexão, sobre a Av. Humberto Delgado, penso que ela deveria ser alargada a muitas outras ruas.
É possível alterar esta inércia se conjugarmos energias e vontades.
Da minha parte estarei disponível para dar o meu contributo.
“Património” com “ó”
Caro Berlinde, não vejo nenhum património sem “ó”…
Nas “categorias”.
OK. Obrigado.
O tema dos cuidados patrimoniais seja em Alhos Vedros ou em outro lado qualquer é sempre pertinente. É por via de boas políticas de preservação do património cultural que os lugares ganham ou podem manter as singulariades que tão importantes são para que se encontrem especialidades sem as quais não teremos como competir neste mundo globalizado em que, independentemente das nossas vontades ou graus de consciência, já não teremos como deixar de viver. Neste sentido, os contributos que aqui foram dados merecem atenção e como escreve o Sr. Joaquim Raminhos, o que se diz para uma aplicar-se-à, seguramente, a outras ruas.
Sem querer fugir ao tema específico do alindamento da Humberto Delgado, termino lembrando que há uma obra que importa fazer e com vistas largas, diria mesmo, muito largas: a remodelação da rede de esgotos de todo o concelho mas aqui, no que particlarmente nos toca, especificamente, em Alhos Vedros deve ser levada a cabo de tal forma que permita vir a lançar os resíduos finais no oceano, bem longe daqui e com isso, posteriormente viabilize a despoluição dos esteiros de Alhos Vedros, Moita e Sarilhos, abrindo assim esses espaços ao lazer com saúde pública e ao mesmo tempo possibilitande que se explore as suas potencialidades culturais e até do ponto de vista económico. A sucata do cais novo, por exemplo, já há muitos anos que está ali a mais sem qualquer valor acrescentado para a Vila e a verdade é que temos no rio, como sempre assim foi, um recurso que só nos pode trazer fortes contributos para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Esperemos que o debate não esteja já terminado. Seja como for, chegou o momento de fazermos dois reparos que há muito se impõem.
Antes de mais uma forte palavra de agradecimento para o Sr. Luís Santos que teve a gentileza de querer partilhar com o "Atiri o Pau ao Gato" este debate que foi lançado na "Casa de Estudos" e igualmente partilhado pelo "Entre-tanto o Mundo..." -embora este blog esteja ainda na sua fase experimental.
O segundo reparo é para referir que com a excepção dos primeiros dois contributos, deste, do imediatamente anterior e o do Sr. Joaquim Raminhos, os restantes foram publicados originalmente nos outros dois blogges. As palavras de quem assinou por berlinde e as réplicas do Sr. Luís Santos, no "Entre-tanto o Mundo..." e as participações que sobram, afinal o grosso do debate, na "Casa de Estudos".
A todos os que colaboraram o nosso melhor bem-hajam. Para o amigo Luís, aquele abraço de quem sabe poder contar com os frutos de uma amizade de sempre.
Exmo. Senhor,
Pelo presente, somos a acusar recepção do seu e-mail datado de 7 de Outubro, do corrente ano, agradecendo desde já o seu envio e informar que, foi com satisfação que recebemos a sua mensagem. É sempre gratificante constatar o interesse com que os nossos munícipes acompanham a actividade camarária.
Sem outro assunto de momento, apresentamos os melhores cumprimentos.
Gabinete do Presidente
Amigo Luís, o que quer dizer este seu último contributo?
Tal e qual o que diz: o Gabinete do Sr. Presidente, embora de maneira formal, mas atenciosamente, respondeu ao texto em debate que foi enviado para a caixa das sugestões da Câmara Municipal da Moita.
Bom dia "trotsky"!
Seja bem vindo a este humilde blog que sempre se alegra com aqueles que nele entram, mesmo quando não gostam do que aí encontram e o transmitem por palavras que podem mesmo ser desagradáveis. Não temos a menor dúvida que isso são os riscos inerentes a quem abre a porta de uma casa e não pergunta quem vem lá, antes espera que os que nela entram venham em paz e queiram partilhar um pouco daquilo que sabem e lhes agade dizer, que sobre aquilo que aqui se apresenta, quer, como é o caso, a respeito daquilo que se proponha a debate. A nossa maior satisfação materializa-se quando alguém nos oferece um contributo que podemos usar como um dos posts das várias janelas que se reunem no "Atirei o Pau ao Gato".
Por isso só podemos lamentar o atraso com que o senhor chegou a esta conversa sobre Alhos Vedros, pois estamos certos que o responsável por um blog sempre necessário como é aquele que faz, teria algo de interessante a acrescentar na discussão, se não propriamente dito a respeito do problema específico que o Luís Santos teve a generosidade de connosco partilhar, seguramente sobre o tema geral da qualidade de vida naquela Vila ou, se assim o entendesse, sobre o concelho.
Se bem notou, "O Largo da Graça" tem os comentários abertos e sem qualquer moderação. Como pode apurar na "Secretaria", a única regra que pedimos é aquela que decorre do simples bom senso e, é claro, da educação. As boas maneiras nunca podem ser como a luva que calça o ladrão tão só pela simples razão de que, sem nunca delas abdicarmos, podermos dizer o que quisermos e onde quisermos, bem como podemos agir no sentido que acharmos mais conveniente para um qualquer propósito indivual ou colectivo que sejamos capazes de identificar e procuarmos atingir. De resto, limitamo-nos a apresentar questões aceitando todas as respostas tal como elas nos sejam apresentadas.
O que pretendemos? É muito simples. Dar um pequeno contributo, é certo, mas ainda assim o nosso contributo para a pluralidade sem a qual a liberdade não passa de uma palavra e ainda contribuir para que se consolidem hábitos de conversa e discussão de ideias, coisa que séculos de inquisições várias e miséria material e espiritual tanto está em falta ente os portugueses. É pouco, dirá, muito pouco, concordaremos, mas da mesma maneira que aprendemos que salvamos a Humanidade quando a alguém estendemos a mão, acreditamos que o muito pouco que aqui fazemos já é alguma coisa, aquilo de que somos capazes, naturalmente preferível a permanecermos no domínio da queixa a respeito dos males que vamos identificando.
Regresse pois a esta casa que será recebido por gente de paz e mesmo que seja para dizer que isto se trata de um bordel de ideias não se acanhe, pois esta praça é um espaço aberto onde até cabem aqueles que dele não gostem, naturalmente, desde que não queiram com isso impedir quem quer que seja de apresentar as suas próprias ideias, com as quais, por não termos vocação para polícias do pensamento, podemos até estar em completo desacordo. E a verdade é que, sendo pessoas simples e simples pessoas, não temos como decidir o lado certo dos problemas; as nossas opiniões, pois é sempe de opiniões que aqui se trata, tem o mesmo valor que todas as outras.
Os melhores votos de saúde para si e todos os que lhe são queridos.
Luís F. de A. Gomes
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