2006-10-22

REGISTOS INCONSCIENTES DE TEMPOS PRETÉRITOS?

Aqui vai um bom tema que deveria ser analisado e amplamente discutido:

A Sociedade Feminina Portuguesa queixa-se do tratamento machista existente na gramática portuguesa.

Seguem-se alguns exemplos:

Cão = melhor amigo do homem

Cadela =puta

Vagabundo = homem que não trabalha

Vagabunda =puta

Touro = homem forte

Vaca = puta

Aventureiro = homem que se arrisca, viajante, desbravador

Aventureira = puta

Menino de rua = menino pobre, que vive na rua

Menina de rua =puta

Homem da vida = pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida

Mulher da vida = puta

Puto = miúdo

Puta = puta

José Vieira

43 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Adendas pessoais em jeito de glossário:

- Vagabunda =puta, ou bunda-vaga que significa bunda vai com todos.

- Touro = homem forte, mas com cornos, vulgo cabrão.

- Vaca = puta , porque se come de toda a maneira e feitio, excepto na Índia.

- Menino de rua = menino pobre, que vive na rua , embora dependa da rua…

Puta = puta , pata, peta, pita, pota, como se ensina desde logo ás criancinhas.

16:55  
Anonymous Anónimo said...

Esta análise está por demais interessante. Nunca me havia ocorrido esta diferença entre o masculino e o feminino das palavras. O que já havia pensado, e que talvez esteja, de certa forma, relacionado com esta discrepancia gramatical, é o facto de que um homem com muitas namoradas é bem sucedido, é designado de macho latino e, porconseguinte, bem visto pelos seus pares, uma mulher com muitos namorados é, digamos, todas as expressões femininas citadas no post. A mentalidade reflecte-se assim na escrita, e nem um movimento feminista mais feroz poderia fazer algo no sentido da mudança. é a nossa lingua carregada de herança cultural.

22:16  
Anonymous Anónimo said...

Ora Viva Lana!
Bem-vinda a este hunilde blog que muito se alegra com a sua presença.
Mas de facto é assim como diz, o modo como o problema é apresentado é bastante interessante e também eu devo confessar que nunca o tinha isto nesta perspectiva. Provavelmente permite-nos enquadrar de uma forma mais certeira as razões que justificam uma desigualdade que é de todo anacrónica e que não tem qualquer justificação na nossa natureza física, mas tão só deriva das construções culturais em que os seres humanos têm organizado as suas vidas nos últimos milhares de anos.
Tenho trabalhado no domínio do racismo e cedo concluí que uma tal ideologia encontra o chão num preconceito anterior e universal nas socidades humanas que é o etnocentrismo, em termos muito simples, a ideia que o mundo em que vivemos é melhor que os outros. Agora estou precisamente a desenvolver formas de justificar empiricamente aquela ideia, pois se estamos a falar de algo que para nós funciona como um elemento inonsciente, isto é, algo que usamos, no caso, praticamos sem nos darmos conta, algo que incorporamos na nossa mundivisão e aí actua sem que tenhamos consciênca crítica em relação a ele, então deveremos encontrar algum registo de que isso é mesmo assim. Terá que haver alhures a prova factual de que não só o etnocentrismo existe -ainda que esta se consiga por outras vias exteriores ao elemento que aqui consideraremos- como igualmente age como elemento primacial das cosmogonias das diversas populações em relação às outras. Uma vez que estamos a falar de factores culturais, a impressão digital de que falamos terá que aparecer numa das estruturas básicas da cultura humana e aquela em que se alicerçam e se transmitem todas as criações mentais dos humanos é a linguagem, por sua vez, sabemo-lo pela linguística contemporânea, também ela um fenómeno inconsciente pois todos nós falamos e usamos as regras da gramática sem nos darmos conta disso enquanto o fazemos, salvo seja a expressão, aplicamo-las mecanicamente.
Pois bem, aquilo que verificamos é que se o etnocentrismo é algo inconsciente nas sociedades humanas, então ele deixará a sua marca, o seu rasto, nas diversas línguas dos vários povos do planeta. Teremos que encontrar palavras cujo significado seja precisamente o reflexo dessa maneira etnocêntrica de ver o mundo. E isso acontece, e no português temos um bom manancial de vocábulos de que seria fastidioso estarmos aqui a dar exemplos, muitos dos quais me parecem sobejamente conhecidos e identificáveis no sentido em que estamos a tratá-los.
É o que acontece com este problema das relações desiguais entre os sexos. É algo que de tão antigo e tão extensivo num diacrónico mapa imaginário das culturas humanas, o incorporámos na linguagem sem disso nos darmos conta, se bem que hajam sociedades matriarcais e muitas diferenças nos discursos que se foram produzindo no tempo e no espaço sobre esta dualidade. Não esqueçamos, por exemplo, os gregos falavam de género espécie masculino e ainda no século dezanove, as então embrionárias ciências modernas, justificavam a menor capacidade intelectual das mulheres pela menor dimensão dos seus cérebros.
Parece desarmante mas não é, Lana. Deixa-nos ver que o caminho que temos pela frente é longo e árduo, o desiderato consiste em ultrapassar preconceitos antigos o que sempre implicará a sabedoria da paciência de deixarmos que no tempo actue os efeitos de uma educação que os remeta para a história das curiosidades sem sentido e se olharmos outros aspectos da vida e tivermos presente que nem sempre terá sido assim, as mulheres teriam um papel tão influente quanto o dos homens na sobrevivência dos bandos de caçadores recolectores antes da produçao de alimentos que a agricultura permitiu, pelo que não seria estranho se também tivessem uma palavra a dizer nos assuntos mais importantes do grupo, algo que, ao que parece, foi observado em populações bosquímanas ao longo dos últimos trinta anos por um antropólogo canadiano, se tivermos isto em conta não só somos capazes de manter mais viva a esperança, como seguramente conseguiremos ter a confiança serena de que esta última fronteira da desigualdade entre os humanos será ultrapassada. Mesmo perante o drama da situação da mulher em muitas sociedades da actualidade. O conhecimento pode muito bem hibernar e, por absurdo, até desaparecer. No entanto, será sempre recuperável e nunca anda para trás. Nada justifica a desigualdade dos géneros da maneira que a temos vivido até aqui e nós somos das primeiras gerações a perceber que as raparigas e os rapazes são igualmente capazes de chegarem à Lua.
Perdoe-me se lhe tomei muito do seu tempo e aceite os meus melhores votos de saúde, para si e todos quantos lhe sejam queridos

00:25  
Anonymous Anónimo said...

Fala destes assuntos com propriedade. Obviamente é um estudioso da área antropológica ou sociológica, que eu não domino de todo por ser das ciências. No entanto move-me a curiosidade para estes assuntos da natureza humana e da evolução do comportamento, da linguistica e dos costumes. (nota: não sei se já conhece este blog: http://posito.blogspot.com/ mas parece-me que poderá ser do seu interesse).

Quando li esta sua expressão «O conhecimento pode muito bem hibernar e, por absurdo, até desaparecer.», depressa me recordei da Idade Média. Nesta época o esforço que foi feito com o propósito de fazer hibernar o conhecimento foi gigantesco.
É admirável ainda hoje imaginar o poder e a organização da Igreja e o seu esforço megalomano quer no sentido de abafar o surgimento de novos conhecimentos e de erradicar os conhecimentos existentes e a história antiga quer na forma como criou e enraizou novos conceitos e tabus para servir os seus propósitos. Cumpriram objectivamente a sua missão com um profissionalismo e um empenho tal, que ainda hoje vivemos com a sombra da idade média, em muitos aspectos (demasiados, talvez, tendo em conta a janela de tempo entre aquela época e a actual). Imagino como seria o mundo de hoje se tivessem usado de tais praticas e com igual eficacia a fazer cumprir mensagens de paz, amor ao próximo e igualdade entre todos os habitantes da terra.
Nunca saberemos o que perdemos em termos de produção de pensamento filosófico e cientifico ou no que respeita à evolução moral e dos costumes. Aqui talvez discorde consigo quando considera que o conhecimento não anda para trás. Mesmo que venha a ser recuperado, o tempo perdido, já em si é um retrocesso.
O tema que está à discussão é mais uma herança da idade média. A mulher como ser inferior e submisso é outra construção da Igreja medieval. A interpretação da Biblia foi toda ela feita partindo deste pressuposto de inferioridade, o qual viria a ter, por aquilo que a religião representava, um enorme impacto na vida das pessoas, chegando mesmo a reflectir-se na vida sexual dos casais durante séculos. Poderia pensar-se que é o analfabetismo e a iliteracia que mantêm vivos os tabus e a propaganda medieval (também terá a sua importância), mas o que se verifica é que mais do que pertencer à esfera do conhecimento, esta herança medieval está sobretudo enraizada no dominio moral. Ora, a moral não se ensina nas escolas. Parte do problema está aí. Até há pouco tempo a moral era ensinada às crianças em casa e nas igrejas, através das madres superioras, permitindo assim o perpetuar do pensamento moral religioso até aos nossos dias.
No entanto, algo de novo se verifica actualmente. Deixando a Igreja de ter um caracter obrigatório, como de facto se verificava, e com a sociedade a evoluir no sentido do laicismo, a moral é agora trasmitida de pais/televisão/amigos/sinais da sociedade para filhos. A laicização é uma variável nova na história do mundo. Durante séculos partilhamos os mesmos padrões morais. De certa forma foram úteis às sociedades, tal como as Constituições o são agora. Mas saberemos lidar com esta nova liberdade? Será que a sociedade (principalmente a ocidental) guardará alguns dos ensinamentos morais da igreja ou assistiremos a uma fase de anarquia moral, à semelhança dos periodos anarquicos pós ditatoriais?

Referiu ainda que a mulher terá tido um papel importante na sobrevivência dos bandos de caçadores recolectores e, de facto, quando a mulher passou, após a revolução industrial, a desempenhar novamente, na sociedade, o lugar de garante da subsistência económica, lado a lado com o homem, a sociedade sofreu um choque cultural. Recordo um documentário que visionei no canal 2, que fazia referência à importância do micro-crédito sobretudo na vida das mulheres nos paises em desenvolvimento. Lembro o testemunho de uma mulher indiana que sofria de maus tratos constantes do marido. Assim que teve possibilidade de montar um negócio, recorrendo ao micro-crédito, a sua posição em casa inverteu-se. Para além de empregar um numero significativo de pessoas da mesma aldeia, ela emprega também o marido. Comprou inclusivé uma moto para o marido poder fazer as entregas. Ele depende agora financeiramente dela. O que é que mudou para além do aspecto económico? Deixou de sofrer maus tratos. Esta inversão de papeis propiciada pelo factor económico, alterou também o padrão moral e de costumes.

Um papel representativo no mundo do trabalho, a independência económica e a evolução da sociedade no sentido da interiorização dos seus próprios valores e padrões morais, talvez venha a contribuir para uma igualdade factual entre géneros. Já não é para si nem para mim ;)

19:16  
Anonymous Anónimo said...

Boa noite Gisela!

Seja bem-vinda a esta casinha pequenina e humilde que bem mais bonita ficou pela graça da sua presença e é de coração aberto que recebo a generosa oferta das suas palavras.
Sem falsas pretensões e com uma naturalidade radiosa mas nem por isso desacompanhada de saber e de saber pensar e dizer, vocês fazem um blog encantador a todos os níveis e, nesse âmbito, igualmente nas escolhas que fazem para as ligações que estabelecem. Denominador comum a todos os congéneres que visitei a partir do “lana caprina” é o bom gosto e o interesse das matérias publicadas. Ora o “Positrão” é um deles e também aos seus responsáveis apresentei o convite para participarem neste mesmo debate precisamente por pensar que dali podem partir contributos do máximo interesse. Faço votos para que aceitem; seria este espaço que ficaria a ganhar e com ele todos aqueles que –temos sempre a arrogância de que somos lidos, não é?- aqui se sentam para ler, pensar e conversar um pouco.
O curioso é que não esperaria entrar neste debate na medida em que desta vez me calhou a moderação do mesmo que nos foi remetido por um leitor no início do debate anterior. Eu só quis agradecer à “lana” e dizer-lhe que aqui terá sempre a sua cadeira para que possa partilhar daquilo que na nossa mesa esteja a seu gosto. E porque nunca fui capaz de nada mais que um olhar distante e desencantado sobre a vida, quis apenas dizer-lhe que mesmo pensando não chegar a ver a terra deste mar tão tormentoso, há sinais de esperança que alguém lá chegará e nesse sentido deveremos permanecer empenhados que os motores não parem, para o que nos basta que naquilo que nos diz respeito e nas teias de relações que mantemos com os outros sejamos capazes de contribuir para um tal movimento.
Agora vejo-me aqui a conversar consigo, envolvido por isso no tema que é realmente interessante e que só é pena ainda não ter sido objecto de mais participações, embora quanto a isso nós possamos sempre fazer um esforço de divulgação entre os amigos que sabemos terem algo a dizer sobre o mesmo.
Mas é tal qual a Gisela deixa deduzir pelas suas palavras; este é um processo lento e aquilo que de maior interesse releva do modo como o tema foi proposto é precisamente o facto de por ele percebermos isto mesmo, quando verificamos que para lá das alterações das condições materiais de vida, temos pela frente modificações ao nível de determinados valores ideológicos.
Ainda assim devemos ter presente que o caminho sempre foi muito espinhoso e jamais linear ou até mesmo contínuo. A verdade é que houveram muitas lágrimas e muito sangue para que as mulheres que foram objecto das iras masculinas nos primórdios da revolução industrial e ainda assim continuaram a levar para a casa as patacas de fome e miséria que constituiriam os mundos que, mais tarde, Dyckens, por exemplo, tão bem soube retratar, viessem a ganhar voz pública quase cem anos depois e ainda assim num reduzidíssimo número de países e a visibilidade e importância social que hoje que há meros cinquenta anos seria de todo impensável neste lado de cá do mundo que, por enquanto, permanece como uma pequena redoma de vidro no meio de culturas em que os indivíduos do sexo feminino permanecem ainda no espartilho de quem existe para assegura a continuidade demográfica.
Bem, já me alonguei e não quero abusar da paciência da Gisela a quem agradeço, mais uma vez, a visita e as palavras. Fico pois por aqui, naturalmente fazendo votos para que outras pessoas bonitas aqui venham dizer o que pensam a respeito de um problema sempre premente. Para si, os meus melhores votos de saúde, extensíveis a todos os que lhe sejam queridos.

23:36  
Anonymous Anónimo said...

Também eu tenho que admitir que nunca vi o problema nesta perpectiva mas vejo que o mesmo nos permite compreender a razão de ser da antiguidade do machismo -não será anterior à Idade Média, Gisela?- e a dificuldade em conseguirmos aquilo que acontece naturalmente que é a igualdade dos sexos enquanto membros da mesma espécie.
Excelente tema, bom debate. Mais uma vez, o Largo da Graça está de parabéns.

12:22  
Anonymous Anónimo said...

Caro Luis

Mais uma vez obrigado pelas suas amáveis palavras. Chego a ficar sem jeito. Não se acanhe a entrar na discussão, pois o seu conhecimento é uma mais valia. Gosto de entrar nas discussões para poder dizer disparates e ser desmentida. Só assim posso descartar as concepções erradas que trago comigo e evoluir no conhecimento.


Carla

Penso que tem razão na questão que coloca. O machismo é certamente anterior à Idade Média. Contudo, não tenho bases para afirmar ou negar tal pressuposto (mas assim que tiver mais tempo vou investigar ;) ).
Mas o que eu pretendia, acima de tudo, era salientar o importante papel da Igreja na promoção daquilo que seria o modo de pensar da época (ou anterior?), tornando-o lei e conseguindo até justificação na Biblia; na expansão desta moral à escala mundial, e na sua extensão temporal até aos dias de hoje.
Não teria o machismo morrido de morte natural (por altura do Renascimento, p.ex), se não fosse a Igreja a sustentá-lo?

17:25  
Blogger Irritadinha said...

Gostei muito oputuna e actual...

19:07  
Anonymous Anónimo said...

A ideia é boa e como tem sido sublinhado por vários comentadores, permite-nos ver como o machismo está profundamente enraizado nos nossos costumes, a tal ponto que se reflecte na línguagem que usamos.
É por isso que eu sempre tenho dito aos meus filhos -dois rapazes e uma rapariga- que o mais importante é que todos aprendeam a fazer comer e a tratar de uma casa, pois isso serve para a independêmcia individual de cada um e que por isso eles venham a perceber que um dia não irão ajudar nenhuma mulher, mas sim a desempenhar parte das tarefas que são necessárias para tomar conta de uma família.
É este o caminho e este debate chama a atenção para isso e nesse sentido merece o meu aplauso.

12:06  
Anonymous Anónimo said...

"Lá em casa manda ela, mas nela mando eu"
E que tal esta expressão popular que aqui há uns anos atrás -não muitos- era tão vulgar em pratinhos que se vendiam nas feiras para pendurarmos nas paredes?

14:18  
Blogger Kai Mia Mera said...

Concordo com a ideia de que a Igreja fomentou, e continua a fomentar, a desvalorização da Mulher, dando-lhe importância nos “papeis caseiros”.
Penso que se trata-se de um problema de enraizamento dos curtumes, como em muita coisa em Portugal, que teima em fincar pé, mas que devagarinho se vai soltando.

17:01  
Anonymous Anónimo said...

Sabem uma coisa? Sinto-me homem quando gozo o sexo com uma mulher; fora disso sinto-me uma pessoa.

23:36  
Anonymous Anónimo said...

Armando! Cuidado com o politicamente correcto.

00:32  
Anonymous Anónimo said...

Gisela
Eu perguntei se o macjismo não seria anterior à Idade Média por ter mais dúvidas que certezas, mas recordo-me da história de Ulisses de que vi o filme e não me pareceu que a Penélope fosse tratada de acordo com uma sociedade que respeitasse a igualdade entre os homens e as mulheres, muito pelo contrário.
Depois vi um documentário no vosso blog que confirma as minhas suspeitas.
Com a devida vénia ao Autor, vou copiá-lo para este debate,pois parace-me que tem interesse.
"Já agora deixa-me fazer um aparte quanto ao machismo. O machismo não è uma construção medieval. Do que sei das civilizações antigas, os Gregos e os Romanos foram das civilizaçoes mais machistas de sempre. Talvez secundados pelos Semitas(judaico-arabes) e Assírio-babilónicos. Antes pode-se ver os etruscos em que o casal era idealizado(com grande igualdade entre homem e mulher) ou os Egipcios pré ptolomáicos em que o estatuto social era dádiva do faraó e podia se autorgado a homem ou mulher, aristocrata ou escravo. No Noroeste europeu os povos de cultura célta apesar da "cultura guerreira" davam bastante poder às mulheres.
Quando a igreja católica se estabeleceu como religião de estado em roma, Roma já tinha onze séculos de existência. Nesse milénio roma espalhou as coisas boas e coisas más da sua cultura por toda a europa. O machismo uma delas." (Krava)
Ora neste intervalo falei com um colega de História que me confirmou as palavras do Krava e me disse que podemos encontrar mais informação a este respeito no primeiro volume da "História da Vida Privada", da Afrontamento do Porto, embora ao que parece seja caro. Mas segundo ele é obra importante pelo que certamente estará disponível em qualquer biblioteca pública.

13:32  
Anonymous Anónimo said...

Armando, não acha a sua visão demasiado redutora?

13:34  
Anonymous Anónimo said...

Carla
Muito obrigado pela sua sugestão. O titulo "História da Vida Privada", só por si, perspectiva algo de interessante! Recordo-me de ter visto um documentário no canal História referente a esta temática, mas com enfoque no papel da mulher na relação sexual. Mas o machismo não se circuscreveu somente a este aspecto e seria interessante contextualizar. Vou procurar o livro e darei noticias em breve. Obrigada.

01:54  
Anonymous Anónimo said...

E como é que devemos educar os nossos filhos?
É aqui que a porca torce o rabo, uma boa parte do machismo também é assumido pelas próprias mulheres que criam os seus filhos como se eles tivessem privilégios em relação às filhas.
Com isto não quero dizer que não existem papeis diferentes na família. Ainda sou das que acreditam que as crianças precisam de um pai e de uma mãe. Mas se queremos que os homens encarem a vida do casal como uma caminhada a dois e se queremos que na sociedade em geral os homens aceitem as mulheres em plena igualdade de direitos, então temos que começar pela educação que damos em casa aos nossos filhos para que eles tomem como naturais uma série de tarefas até aqui apontadas como pertencentes às meninas. É o que eu faço com os meus filhos. Depois a escola tem que começar a tratar do resto e estou convencida que nas próximas gerações até mo mundo do trabalho deixará de haver a lógica que atribui os lugares de chefia aos homens e não àqueles que o mereçam por causa da sua competência e disponibilidade.
Este debate tem o interesse de nos tornar evidente que estamos perante um processo lento e longo. Mas se nos esquecermos da educação em casa, jamais deixaremos a lógica do tempo das nossas avós.

12:49  
Anonymous Anónimo said...

Vão mas é descascar batatas e tratar dos filhos que é o que vocês sabem fazer melhor.
Por causa destas tretas da igualdade e da mulher ter que ter direitos e toda essa conversa fiada é que este mundo estácomo está,com os miúdos atirados à sorte da rua ou da televisão.
Os filhos precisam que alguém cuide deles e isso compete às mães pois para trabalharem estão lá os homens.
E o resto é conversa.

13:17  
Anonymous Anónimo said...

A Senhora Amélia pode ter muita razão naquilo que diz, mas o que está em evidência nesta lista de vocábulos com que lançaram o debate é o facto de as mulheres não serem vistas da mesma maneira que os homens no caso particular da sua liberdade sexual -no caso do significado das palavras que designam a mulher é em todas o mesmo e tem evidentenes conotações sexuais.
Ainda passará muito tempo até que deixe de ser assim se é que alguma vez tal acontecerá e não não tenho assim tantas certezas se isso depende da educação que se reebe em família ao nível de que falou.

21:20  
Anonymous Anónimo said...

Já está a ser assim, Fausto, a liberdade sexual já é uma realidade para muita gente em muitos sítios.

00:32  
Anonymous Anónimo said...

1. Não podemos remontar o machismo a tempos tão recuados como os dos tempos do chamado Império Romano. As famílias de então não tinham a mesma lógica de agora e daí para cá muitas foram as sociedades que e as maneiras de viver que se sucederam na Europa.
2. Ainda que possa ter raízes nesses tempos remotos e até em outros mais requados, o machismo de que estamos a falar tem mais a ver com a família tal como a conhecemos hoje e que por vias diversas, está em vias de sofrer transformações radicais.
3. O modelo familiar que hoje temos resultou da sociedade capitalista que o impôs por via das limitações que foi colocando às formas de famílias alargadas em benefício das condições em que a família nuclear se revelou a que melhor se poderia adaptar aos ritmos de produção e de vida que se foram desenvolvendo nas sociedades em causa.
4. Foi no século dezanove que se processou essa viragem a favor da família que hoje conhecemos. Desde então se promoveu a ideia e a imagem da divisão dos papéis de responsável pelos rendimentos para o homem e da vida do lar para a mulher. Era este o modelo de família burguesa que, há medida que foram aparecendo e crescendo, as classes médias iriam imitar, até se afirmarem como o padrão das massas no século vinte.
5. Todo o machismo que aqui está em discussão derivou deste modelo e dos padrões mentais a ele associados e as religiões, especialmente as cristãs, católica e protestante, foram um factor decisivo na promoção e afirmação desses valores.

15:44  
Anonymous Anónimo said...

Mas vocês acham que as mulheres são iguais aos homens?

18:45  
Anonymous Anónimo said...

Que diferença da mulher o homem tem?
Espera aí que eu vou dizer meu bem:
É que o homem tem cabelo no peito, tem o queixo cabeludo e a mulher não tem...
Mas atenção que algumas tem!

18:39  
Anonymous Anónimo said...

Gisela!
Encontrei o livro de que falei, a obra completa são cinco volumes. Ali encontrei alguma informação sobre este problema, mas verifiquei que da mesma editora e também com o mesmo formato e número de volumes, existe a "História da Mulheres" bem mais rica sobre este assunto.
Não tendo conhecimentos para avaliar o reparo do comentador Fernando Caiado, digo que estas leituras me parecem do máximo interesse para compreendermos esta questão do machismo e das suas bases.

19:48  
Anonymous Anónimo said...

hehehehehehehehe
tanta gente enganada....

23:22  
Anonymous Anónimo said...

Também depende Sr. Fausto Moura, apesar de todo o cepticismo que revela e que até tem fundamento, pois concordo que passarão muitos e muitos anos até que uma mentalidade enraizada em milhares de anos a ver o sexo feminino como inferior se altere de maneira que se admita que mesmo em matéria da liberdade sexual tanto os homens como as mulheres são iguais pelo que não faz sentido os preconceitos que hoje existem e que derivam daquela ideia de que a mulher não tinha prazer sexual ou não devia ter. Mas se os rapazes não forem educados desde a mais tenra idade para saberem que também a esse nível não diferença em relação às raparigas, quando foram homens, mais facilmente aceitarão essa igualdade e a partir daí alterar-se-à a actual realidade repressiva.
Um resto de bom dia para si, Sr. Fausto Moura.

12:36  
Blogger Alba said...

Muito curiosa esta recolha. Já escrevi sobre a amplitude da figura da "puta" lá no cantinho. Boa semana!

12:53  
Anonymous Anónimo said...

Bem observado, Srª. Amélia Costa. Até há não muito tempo e se calhar ainda hoje assim é para muita gente, dizia-se que só as mulheres da vida sentiam prazer, aliás, um dos nomes que se lhes chamava era precisamente mulheres de prazer que se em primeira mão se referia ao prazer que os homens podiam tirar delas, também não deixava de mostrar o modo como elas eram vistas enquanto as mulheres que sentiam prazer.
Uma boa semana para todos.

13:48  
Anonymous Anónimo said...

Viva Alba!
Bem vinda a este humilde blog que muito se alegra pela visita de alguém que tem uma Clareira tão encantadora para que nela nos deleitemos ao luar e às coisas que a Lua tem. A nossa alegria expressa-se pelo desejo de que regresse muitas e muitas vezes e connosco partilhe um pouco da luz que traz no peito e que você traduz em palavras de um modo tão bonito e cativante. A sua presença só engrandecerá o "Atirei o Pau ao Gato" e serão os leitores que muito terão a ganhar.
Contudo, desde já corremos a ousadia de apresentar um pedido que esperamos compreenda e não o leve a mal. Gostaríamos de copiar o texto a que faz referência para este espaço de debate, naturalmente com a indicação da respectiva autoria e lugar de origem. Será que o poderemos fazer? Desde já o nosso bem-haja pela generosidade de uma resposta.
De resto os nossos melhores votos de paz e saúde para si e todos os que lhe sejam queridos

22:26  
Anonymous Anónimo said...

Mas as mulheres são iguais aos homens? Então e o instinto materno? Os homens também têm instinto materno?

23:21  
Anonymous Anónimo said...

Carla Pereira

"História das Mulheres"! Anotei. Confesso que ainda não tive tempo de procurar o outro livro. Mas pelo que relata deve ser bastante completo. Este último além disso deve ser também mais especifico. Muito obrigada pela dica.

11:12  
Anonymous Anónimo said...

MAS AFINAL DE CONTAS, O QUE É UMA PUTA?
É NA VERDADE UMA SEQUENCIA DO ALFABETO? É PURA E SIMPLESMENTE UMA MULHER DE RUA? QE VENDE FAVORES SEXUAIS? SE O É, PORQUE OS VENDE? PORQUE ALGUEM COMPRA, OS SEXUALMENTE FRUSTRADOS, OS QUE ABUSAM, POR TEREM DINHEIRO, DOS QUE, POR OS NÃO TEREM, TEM NECESSIDADE DE VENDER O CORPO.
INTELECTUALIDADE É MUITO GIRO E ESTÁ NA MODA MAS, SERÁ QUE VIVEMOS SÓ DE INTELECTUALIDADE?
TALVEZ FOSSE INTERESSANTE EM VEZ DESTA CONVERSA DA TRETA, DIZEREM O QUE FAZEM VOCÊS PARA MUDAR A SOCIEDADE EM QUE VIVEM.
SERÁ QUE É MAIS IMPORTANTE O PASSADO, A HISTÓRIA, OU O FUTURO DOS NOSSOS/VOSSOS FILHOS? QUE FAZEM TODOS VÓS PARA MUDAR O RUMO DESTA SOCIEDADE PUTREFACTA?

16:12  
Anonymous Anónimo said...

SÓ MAIS UMA COISA, NUNCA CONHECI NINGUEM COM ESTE NOME, "LARGO DA GRAÇA", SERÁ QUE SE CHAMA GRAÇA?
E PORQUE LARGO? PARA UMA CONVERSA E DISCUSSÃO DE IDEIAS NÃO SERIA MAIS CORRECTO ESCREVER EM NOME PROPRIO?

16:14  
Anonymous Anónimo said...

Assim falou Che Guevara.
Muitíssimo obrigado pelas suas plavras, José, por elas ficámos mais ricos e esclarecidos.
Vamos já partir esta (...) toda e o José vai à frente, bandeira vermelha bem alta, peito aberto às balas dos algozes da burguesia e do capitalismo e assim vamos mudar esta sociedade putrefacta e criar um mundo de justiça social, aqui, às suas ordens, todos os dias úteis da dez às cinco com descontos e sem juros no crédito ao pronto pagamento.
Quanto ao resto, é evidente que se trata de um largo para cabermos cá todos e o José também.

18:19  
Anonymous Anónimo said...

Olhei para a cintura das calças daquela menina e, ao reparar nos seus pelos púbicos que ousadamente espreitavam, concluí pelo que têm descido as cinturas.

Queria ir mais fundo, é verdade. Era inegável a atracção que aquele pequeno acessório me causava.

Muito mais do que um simples golpe de moda, senti que aquela moda tocava intrinsecamente na natureza feminina, mas também na masculina.

Pensei, então, que alguma das conquistas da emancipação feminina levaram-nas ao serviço das forças policiais e militares. E pensei como é romântico vê-las assim com a arma no coldre.

Pode ser até que as mulheres nos livrem definitivamente da tropa (e aí seria interessante de ver que tipos de guerras viriam). Será que se trocará a violência dos murros pelos puxões de cabelos e que se substiutirão as espingardas pelas colheres de pau?

Devo dizer que sou plenamente a favor da luta das mulheres por melhores condições de vida, e da libertação da opressão machista.

Só lhes peço uma coisa: Por favor não rasguem definitivamente os soteãs. É verdade que dá gosto ver uns seios livres e soltos por debaixo de uma simles camisolinha, ou até simplesmente o rego em estilo meia mama à mostra como agora muito se usa. Mas por favor não as deixem descair, porque sairão necessariamente a perder.

18:53  
Anonymous Anónimo said...

Faço minhas as palavras do Carlos.

23:39  
Blogger no largo da graça said...

Correndo o risco de estarmos a ser indiscretos, mas por nos parecer poder ser um texto com alguma mais-valia para esta conversa, copiamos de seguida o artigo de Alba para o qual solicitamos autorização de publicação nesta nossa praça pública -a respeito da qual os amigos leitores podem obter mais informações na Secretaria. Se formos mal entendidos, à sua Autora, desde já apresentamos o nosso pedido de perdão e disponibilizamo-nos, se for esse o caso, para apagar aquele que tomamos como um comentário. Resta acrescentar que a peça foi originalmente publicada, em 11 de Setembro, no blog "A Clareira", um sitio bonito, com palavras inteligentes e cativantes que recomendamos vivamente e ao qual poderão ter acesso a partir do página de rosto do "Atirei...".
Para a Autora um bem-haja do tamanho do mundo.
Luís F. de A. Gomes

Medos e solidões - reflexão sobre a amplitude da figura da "puta"

1. Ao longo da semana passada tive o gosto de saborear a ironia sofisticada da China Blue , a perspicácia da Rititi e a irreverência demolidora da Isabela ,que coligiu os textos destas três “bloguistas” e repôs um artigo aqui .
Em diferentes ópticas, as autoras reflectem sobre a forma como nós, mulheres, somos pensadas e faladas no mundo ociental, hoje.

A partir do que li fui-me questionando sobre esse insulto, o supremo:“puta”.
Na mente de quem insulta misturar-se-ão mentirosas, chatas, calculistas, oportunistas, levianas, ninfomaníacas, etc.

Ora bem, as putas, em sentido estrito, fazem sexo por dinheiro.
Sexo e dinheiro.
Valores estruturais em quase todas as sociedades.
Mas, todos/as sabemos que a palavra “puta” em muito transcende o sentido de recurso ao sexo a troco de dinheiro.

Os homens sabem da ressonância do insulto.
E muitos usam-no, a despropósito, quase sempre.
As mulheres sabem ainda melhor do simbolismo da palavra.
E muitas utilizam-na, também “indevidamente”.

Os homens também costumam saber ser brutais quando respondem à sugestão da eventual “putice” das suas mulheres, irmãs ou mães.

A insinuação de Mazaratti sobre a irmã de Zidane durante a final do Campeonato do Mundo de Futebol terá suscitado a cabeçada a que “todos” assistimos, estarrecidos.

Quem insulta e quem é insultado/a sabe do estigma da palavra.

Estaremos, certamente, em grande parte, em domínios sombrios da mente, onde imagens como “vagina dentada” continuam a fazer sentido.
No registo fantasmático a putas são só corpo.
“A origem do Mundo” continuará a ameaçar tanto os homens?
Será, para muitos homens, o mais sinistro de todos os medos ter sido gerado por uma “puta”?
Ou talvez gerar uma "puta"? A este propósito recordemos este recorte de sabedoria popular “Quem tem filhas no mundo/não fale das desgraçadas/ porque as filhas da desgraça/ também nascem honradas” .

Então, segundo a cultura do povo, não se nasce, torna-se...
O que faz com que qualquer mulher seja, potencialmente, "puta"...

E quando é que a mulher se torna "puta"?

Se a quadra popular pode remeter directamente para o âmbito sexual, sabemos que uma mulher se torna puta, aos olhos de quem tal proclama, quando é reconhecida como tal, ou seja, quando parece "demasiado" opinativa, ambiciosa, fria, refilona, etc....

Curiosa ainda a questão das “esfomeadas”, das “mal comidas” que, pela lógica apresentada, não passarão de putas frustradas que, os homens que assim as definem se acham dotados de competência para “comer”, presumindo ainda o agrado destas, aquando de tal repasto...


2. Enquanto existir complacência com estes facilitismos muitos de nós, mulheres e homens, continuaremos a alimentar medos e solidões e a somar desencontros.

Eu acredito que um dia a língua, fascista, no sentido que lhe deu Rolland Barthes, pelo que “obriga” a dizer, mais do que pelo que impede de dizer, deixe de reflectir estas “incompreensões”.

E textos como os da China Blue, de Rititi ou da Isabela suscitem um interesse ternurento enquanto brilhantes crónicas destes tempos de tantos equívocos recriados...

Alba

00:19  
Blogger tacci said...

Achei, tanto o post como os comentários, muito interessantes. Mas, serão as coisas assim tão lineares? Explicando o sentido da minha pergunta: há, pelo menos, duas expressões, em português, chamemos-lhe popular, que são intrigantes.
1. "... mas eu, que sou muito filho da puta, disse-lhe..."
2. "ui, esse gajo é uma puta velha..."
Em qualquer dos casos, o que se queria exprimir era a finura e a experiência. Trata-se de alguém que, pela experiência da vida, está de pé atrás e que não é fácil de enganar.
Não terá aqui "puta" um sentido claramente positivo?

22:38  
Blogger no largo da graça said...

Viva Tacci!

Bem-vindo(a) a este humilde blog que muito se alegra e embeleza com a presença de alguém que acrescenta um espaço tão bonito e original a este universo rico e livre da blogosfera. O nosso maior desejo só pode ser que a visita se repita muitas e muitas vezes e, se possível, não se limite aos comentários das várias janelas que o "Atirei o Pau ao Gato Apresenta"; seriam os leitores quem ganharia com isso.
Os melhores votos de saúde, extensíveis a todos quantos lhe(s) sejam queridos.

Luís F. de A. Gomes

15:22  
Anonymous Anónimo said...

Alba
Excelente reflexão, mas não posso também deixar de concordar com a Tacci.
Essa expressão, que confesso tenho algum pudor em verbalizar (e não me pergunte porquê, pois não lhe saberia responder), pode ser positiva e até mesmo carinhosa! Não se surpreenda se vier ao Porto e ouvir uma mãe autodenominar-se de "puta" quando diz ao seu filho: "ó meu filho da puta, anda cá que já vais levar no focinho". Ou, de forma mais carinhosa ( e agora não estou a ser irónica, é mesmo carinhoso): "ó meu caralhinho". Aqui no Porto, quando se quer, de facto, utilizar a expressão como forma de insulto, reforça-se o "p" e prolonga-se o "u". E digo-lhe já que é bastante desagradável e inexplicavelmente ofensivo. Noutros locais do pais, nomeadamente em Lisboa, soa musical o insulto quando comparado com o cavernoso sotaque nortenho.
Esta informação, parecendo que não, poderá ser de grande utilidade, pois apesar de não evitar o desconforto, prepara o ouvido! ;)

23:46  
Anonymous Anónimo said...

Viva Gisela!

Divulgámos no "Clube..." o debate que o "lana..." promoveu sobre a melhor e a pior pessoa.
Viu o post? Gostou?
Se não está melhor e mais bonito tão só se deve às nossas reduzidas competências no uso destas tecnologias. De qualquer forma, ficou o intento que esperamos lhe tenha agradado.
Tudo de bom para si, Gisela

12:14  
Anonymous Anónimo said...

Caro Luis Gomes

Não imagina como fiquei agradada!Estou eternamente agradecida pela simpatia com que me acolhem nesta casa que, nunca é demais dize-lo, prima não só pela hospitalidade como pela qualidade dos temas que apresenta a debate. Tenho pena que o caro Luis Gomes não entre no debate pois tenho plena convicção que daria um enriquecedor contributo ao mesmo.
Bem-haja e tudo de bom para si e para os seus.

02:29  
Anonymous Anónimo said...

O belo foi, é e será o paradigma das artes; ainda que haja tanta coisa feia por aí, querendo fazer passar-se por arte, mas isso são contas de outro rosário.
Nas ciências -e só digo isto por ser esta a sua formação- procuram-se as explicações elegantes.
É o bonito que nos devemos habituar a procurar na vida, em geral e é tudo isso que, pela janela do "lana...", a Gisela mostra ter dentro do peito.
Na humildade da sua pequenez, o "Atirei o Pau ao Gato" procura o belo, o bonito e o elegante e tudo isso a Gisela sempre acrescenta a este espaço que nunca deixa de ficar mais alegre quando a sua luz em ele entra.
As suas vindas são pois motivo para enorme satisfação e já começamos a recebê-la com o mesmo sorriso que oferecemos aos amigos de quem gostamos.
Tudo de bom para a Gisela.

10:26  

Enviar um comentário

<< Home