2006-11-05

CONVERSA LUSÓFONA

O que quer dizer a expressão, “a minha pátria é a língua portuguesa”? O que podemos delimitar como a língua portuguesa? Poderemos falar de uma língua portuguesa? Ou antes de diversos e diferentes linguarejares do português? E quanto a este, será aceitável convencionar que o podemos entender como a língua partilhada pelos portugueses? Neste caso onde? Consideraremos apenas os que habitam no território intra-fronteiriço do estado português? Alargaremos a todos os que vivem a diáspora pelos cinco continentes? Ou teremos que considerar o português como o conjunto do património linguístico que se tem construído nos vários países que adoptaram o português como língua oficial e de unidade nacional? A verdade é que se o significado do vocábulo pátria é pacífico, já a resposta a estas questões parece-me prévia a qualquer descodificação da proposição em apreço e, concomitantemente, à tentativa de encontrar resposta à questão inicial.
Que quis dizer Fernando Pessoa quando escreveu, “a minha pátria é a língua portuguesa”?

50 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ora aqui está um bom tema para debate.

21:37  
Blogger tacci said...

A pergunta fez-me ir correndo à procura de mais textos do Pessoa e encontrei este: "A base da pátria é o idioma, porque o idioma é o pensamento em acção, e o homem é um animal pensante, e a acção é a essência da vida." E a seguir vem um bocadinho que me parece muito interessante: "O idioma, por isso mesmo que é uma tradição verdadeiramente viva, a única verdadeiramente viva, concentra em si, indistintiva e naturalmente, um conjunto de tradições, de maneiras de ser e de pensar, uma história e uma lembrança, um passado morto que só nele pode reviver. Não somos irmãos, embora possamos ser amigos, dos que falam uma língua diferente, pois com isso mostram que têm uma alma diferente." (O Sentido de Portugal, Obras de F.P., vol.3, Lello, pag. 587)
Não sei se estou de acordo: não podemos chamar irmão ao Irmão Lobo (como fazia S. Francisco) só porque ele não fala o meu idioma?
O meu cão ficaria ofendido.

21:59  
Anonymous Anónimo said...

Um bairro português em qualquer país do mundo é Portugal. Não precisamos de conquistar aquele pedaço de terra pela força das armas. A lingua foi juntando aquela gente, as placas de sinalização foram-se transformando numa lingua estrangeira para os nativos, aos poucos, até formar uma pátria. A nossa lingua povoa o mundo, e onde quer que vamos a pátria não está longe.

02:15  
Anonymous Anónimo said...

Muito interessante o ponto de vista que o Tacci nos apresenta. Se o explorássemos a fundo, talvez fossemos levados a discutir aspectos do século XX que muito transcenderiam este debate mas, certamente, nos levariam à relevante questão a respeito da universalidade do Homem e da cultura que cria.
Sem chegarmos lá, a observação do comentário anterior remete-nos de imediato para o facto de só conseguirmos entender a complexidade "pessoana" se percebermos que o mesmo foi um homem do seu tempo e como tal permeável às ideologias que, do século XIX, viriam a fazer a primeira metade do século XX.

09:54  
Anonymous Anónimo said...

É engraçado, pois sou tentado a dizer que a Gisela tem toda a razão, embora os problemas que o Tacci e o Armando levantam não deixem de ser pertinentes e tenham a sua razão de ser. Contudo, importa compreender as coisas no tempo em que acontecem e nesse sentido, não admira que Fernando Pessoa revele, como o Tacci sugere e a citação que faz deixa a nu, um pendor "nacionalista", verdadeiramente xenófobo. Não nos podemos esquecer que estávamos na época da ascensão dos fascismos. Com isto não estou a dizer que Pessoa tivesse qualquer simpatia por tal ideologia e os regimes a que a mesma deu origem, mas apenas a chamar a atenção para o facto de ter sido influenciado pelo ventos de afirmação nacionalista que então sopravam no mundo.

13:47  
Anonymous Anónimo said...

Tudo indica que estas não são as melhores perguntas ou, de outra forma, a combinação das questões sobre o que se pode entender por língua portuguesa com a que se refere à afirmação de Pessoa não é a melhor.
Como Tacci o prova com o seu interessante contributo, enquanto ali vamos discutir uma perspectiva de um escritor que se interessou sobre os assuntos da cultura portuguesa, nas perguntas relativas ao que se entende por língua portuguesa vamos para a outro tipo de discussão. Não sei se ambas se interceptam, entre si ou, pelo menos, não me parece que tenha que ser necessariamente assim.
Seja como for, o debate pessoano tem todo o interesse e mais uma vez este blog mostra que merece a máxima das atenções pois, para já, está prestando um serviço público digno de respeito. Parabéns por isso.

17:52  
Anonymous Anónimo said...

Pessoa está para o século vinte como o Camões para o Portugal que morreu em Alcácer-Quibir. Ambos quiseram celebrar um Portugal da saudade que se espalhou pelo mundo na forma de um império mais mítico que real. Para o poeta de "Os Lusíadas" foi a espada, "(...) a quem Neptuno e Marte obedeceram (...), para o poeta da "Mensagem" foi a língua que fez a pátria lusíada.
Seria essa Portugal? Eis uma boa pergunta.

20:04  
Anonymous Anónimo said...

Para quem se interesse por Fenando Pessoa e por aquilo que se escreve sobre a sua obra, aqui fica o endereço de um sítio do máximo interesse:
http://www.portalpessoa.org

23:17  
Blogger tacci said...

Parece-me que, para Pessoa, a língua portuguesa traduz uma vivência continuada de qualquer coisa que é a nossa alma e que se foi fazendo ao longo dos séculos. É uma língua «tradicional». Os portugueses, como diz a Gisela, levam-na consigo para onde quer que vão. Não é, então, o «escol» (como dizia o Pessoa, ou a elite)quem «edifica» verdadeiramente a Pátria: é a «plebe» que emigra, que se mistura e dá origem a outros modos de falar. Todos nós, brasileiros, caboverdeanos, portugueses, falamos um crioulo da língua de Camões, julgo eu. Mas que dizemos nós de particular, de tão vivo, que só esta língua pode dizer?
Alguém tem sugestões?
Uma outra questão: se dizemos que o português é a nossa língua materna e a nossa pátria é essa mesma língua, porque não aceitamos a sugestão da Natália Correia e não lhe chamamos Mátria?
(Ups! Desculpem se me alonguei.)

01:00  
Anonymous Anónimo said...

Quando Pessoa diz que a sua "Pátria é a Língua Portuguesa" está nitidamente a definir as fronteiras daquilo que para si é o 5º Império. E o Império existia.

Mas se o Império Pátrio se esboroou, o "Império" da Língua é bem real e têm sido dados alguns passos bem concretos para a sua consolidação, na política, no desporto, na crescente participação cívica, etc.

Uma maior consciencialização do devir da Língua Portuguesa, decerto, trará novos equilíbrios ao mundo, tal como aconteceu com todo o movimento de expansão ultramarina que se iniciou no século XV. E que novos equilíbrios serão esses?

Só que agora já não é só de Portugal que se trata, mas antes da Língua Portuguesa. E aqui, embora com outro sentido, a máxima pessoana não podia ser mais actual. Mas qual será a importância da afirmação da Língua Portuguesa para Portugal e para o Mundo?

Quanto à relação que uma lìngua pode ter com a Alma, isso já é outra conversa, porventura, não menos importante. Pois como sabemos para Pessoa (e para nós) Língua e Alma caminham (ou deverão caminhar) de mãos dadas. Mas que relação é essa?

09:36  
Anonymous Anónimo said...

E julgava eu que Pessoa era apenas um poeta -grande, por sinal- e mais nada...
Ora aqui está um debate cheio de interesse.

13:52  
Blogger anarresti said...

A pergunta que lança este debate é ambiciosa. É bom que o seja. O que quis Pessoa dizer? Ao lermos estamos a apropriarmo-nos do que ele deixou escrito, ao procurarmos um sentido já poderemos estar a afastar-nos do sentido pretendido. O que quis o poeta dizer? Não posso saber, nem pretendo adivinhar. Eu ponho um peso grande no pronome pessoal "minha". "A minha pátria(...)". Por isso não avanço para a identificação com esta realidade acutal da lusofonia com esta frase de pessoa. Minha. A minha pátria. Não leio na frase, alguém lhe chamou "máxima", a pátria de quem fala português. Minha. Não leio a formulação de um princípio, não leio epistemologia. Releio e ecoa a seguir o pronome minha. Por oposição aos outros que têm a "deles" que é feita de fronteiras, a "minha" é feita de uma língua, a portuguesa. É isso que eu leio. E os outros podem ser os outros portugueses. Os portugueses do seu tempo. Como os não portugueses do seu tempo. Não leio: a pátria dos portugueses é a sua língua. Peço também eu desculpa por me algongar. Mas parte essencial do debate me parece ter sido feito à volta de outra frase. Que não a original. "a pátria dos portugueses é a língua portuguesa". Gostei muita que fosse lembrada a Natália Correia e a sua "Mátria". Acho que é mesmo por aí. Um abraço a todos, nuno.

14:58  
Anonymous Anónimo said...

Nuno!

Os meus conhecimentos de Pessoa não vão além do conhecimento de alguma poesia em nome próprio e dos heterónimos e um ou outro texto incluido numa colectânea que o Círculo de Leitores publicou há uns vinte anos. No entanto, sempre tive dúvidas quanto à fase que a equeipa do Largo da Graça colocou em debate e na verdade fiz uma pequena pesquisa e não a encontrei. Quer o Nuno esclarecer-nos melhor a respeito da mesma? Pelo que vejo, o poeta terá dito "a pátria dos potugueses" e não "a minha pátria". Se for este o caso, então me desculpem as pessoas responsáveis por este espaço mas o debate terá sido mal lançado e deveríamos procurar fazer alguma coisa para vermos se ainda seria possível colocá-lo na dimensão certa. Entretanto, esperaria que o Nuno ou outro alguém conhecedor do assunto, dissessem alguma coisa a este respeito. Vale o desafio Nuno? E se for esse o caso, não se apoquente por se alongar, já deu para ver que temos uma plateia interessada e que é capaz de tomar atenção a mais de dois parágrafos de seguida e depois, apesar do que disse e sem retirar uma vírgula ao que acabei de escrever, este espaço merece respeito pelo trabalho que tem vindo a fazer e que na minha opinião tem um saldo amplamente positivo.
Cumprimentos para todos, em especial para os animadores do debate.

19:11  
Blogger no largo da graça said...

Viva Nuno!
Bem-vindo a esta casa humilde que muito se alegra pela sua visita e que só pode desejar que a mesma se repita muitas e muitas vezes para que aqui possa partilhar um pouco do brilho e do encanto que consegue imprimir aos sítios que anima. Sente-se pois nesta mesa para conversar e trocar ideias com pessoas que pensam e escrevem coisas interessantes, mas esteja igualmente à vontade nas restantes janelas abertas onde não tem que se limitar aos comentários. Este é um espaço à disposição de todos quantos queiram partilhar algo de seu com os outros e estamos cetos que o Nuno terá algo bonito para lhe acrescentar.
Saúde

Luciano França

22:26  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma vez faço notar que o problema talvez resida na combinação das perguntas apresentadas que pode não ser a melhor como expliquei no comentário anterior. A frase existe, Carla e você pode dar com ela precisamente no livro que cita, O Rosto E As Máscaras, p. 126, num excerto da obra em que foi escrita, O Livro Do Desassossego, de Bernardo Soares e parece-me que a mesma está num contexto de afirmação da língua como cimento básico de uma pátria. Não sei se o propósito da proposta deste debate seria no sentido de nos reduzirmos ao lado pessoano da questão. Provavelmente esperariam que a conversa incidisse mais sobre o que podemos dizer ser hoje a língua portuguesa no mundo; será que falamos todos a mesma língua? Haverá um português ou variantes de uma mesma matríz faladas em diversas partes do mundo? Será que por falarmos a mesma língua se pode falar de uma unidade cultural capaz de sustentar a ideia de um mundo lusófono? Afinal, com a excepção da última que ali não está explícita, aquelas outras perguntas estão no texto de introdução ao debate. O que é que vocês acham?
Boa noite para todos

00:29  
Blogger tacci said...

O texto é do «Livro do desassossego», do (considerado) semi-heterónimo Bernardo Soares.
Começa assim:
"Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas." (...)
E a passagem que nos interessa mais directamente:
"Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.
Sim, porque a ortografia também é gente. (...)"
Obras de Fernando pessoa, II, Lello, pags. 572 e 573
Confesso que acho muito intrigante.

00:31  
Anonymous Anónimo said...

Mulheres, o que é que se há-de fazer?

00:49  
Anonymous Anónimo said...

Obrigado Fernando pelas suas palavras. De facto, tenho que pedir desculpas a todos e especialmente à equipa do Atirei o Pau ao Gato pela leviandade das minhas palavras. Prometo tomar mais atenção no futuro para que uma situação destas não se repita. Agradeço a vossa compreensão.
Um resto de bom dia para todos.

09:32  
Blogger anarresti said...

Carla, nem me posso considerar um conhecedor de Pessoa. Li Pessoa com gosto, de forma dispersa, sem regra nem método. E com assombro. Como muitas pessoas. Segui o debate com muito interesse. E a forma como foi contextualizada a frase introdutória do tema, no seguimento da tua questão, mostra como as pessoas envolvidas no debate conhecem bem o universo de Fernando Pessoa. Penso que a forma pouco clara como me expressei no primeiro comentário poderá ter gerado confusão. «Pelo que vejo, o poeta terá dito "a pátria dos portugueses" e não "a minha pátria".» Ficaste com a ideia que eu sugiro ou afirmo mesmo que Fernando Pessoa disse a "pátria dos portueses". Que a frase que lançou este debate nunca terá existido. Bem, eu no meu comentário apenas quis fazer uma modesta contribuição. Não tenho conhecimentos pessoanos. Mas tenho ideias sobre o contexto dessa frase. Ou melhor sobre o que me trasnmite. Sobre o foco dela. E por isso me detive e quis chamar a atenção sobre o pronome possessivo "minha". Eu escrevo , Carla. Quando se escreve todas as palavras são importantes. Mas também quando se lê. O que quis dizer é que em vez de ligar aquela afirmação ao contexto da Lusofonia, do universo de todos os falantes da língua portuguesa, ou de Portugal, eu estava a dizer que ali o poeta dizia a "minha", a minha pátria, "minha", "a minha pátria" é a língua portuguesa. A dele. Dele que se está a expressar. Não está a enunciar um princípio, em que o sujeito poético serve como veículo para que se possa transmitir uma ideia em relação à língua. Quis chamar a ideia para isso. E em Pessoa isso é importante. Por causa do tipo de pessoa que ele era. Escrever era mesmo uma forma de expressar-se. Perante ele próprio. Não publicou quase nada. Escrever era mesmo importante. Não nos vamos esquecer, ao tentar analisar e depurar, contextualizando, de que alguém escreveu, uma pessoa. Agora peço mesmo desculpa. Quis alongar-me porque vi que não tinha sido nada claro. Porque era mesmo só chamar a atenção para o pronome "minha". Ele não diz, não escreveu: "a pátria dos portugueses". E se não o fez, então que sujeito poético é aquele, à luz da heteronomínia, que sentido tem aquele discurso, aquela construção. Aquela forma inteiramente pessoal de dizer as coisas. Está a falar em nome de todos os falantes da língua? Não me parece, não sei. um abraço fraterno. nuno

09:41  
Anonymous Anónimo said...

Nuno, agradeço as suas palavras de que, por curiosidade, dei conta quando precisamente quando enviei o comentário anterior. Já reconheci o meu erro e já agradeci a todos pela compreensão que me concedam para este lapso. Mas estou a gostar muito deste fórum, pois verifico que aqui se está a formar uma pequenina comunidade de gente interessada e isso é muito bom.
Mais uma vez manifesto votos de um bom dia para todos

11:07  
Anonymous Anónimo said...

A língua portuguesa não é só aquela que se fala em Portugal. Há variantes de português um pouco por todo e mundo e se os países que sucederam às antigas colónias do Império constituem entidades evidentes de comunidades de falantes dessa língua, há ainda que considerar pequenas parcelas onde ainda hoje se usa a língua em causa ou o que dela resta entre os seus falantes, em sítios tão remotos como Goa, Damão e Diu, na Índia e em pontos como Macau ou outras menos conhecidas de que a antiga Malaca é um exemplo. É claro que visto desta maneira, aparecem na língua portuguesa vocábulos que nada têm a ver com as raízes latinas daquela -Itaipú, a pedra que canta, é uma ilustração do nome para um sítio que saído da língua Tupi- mas que não deixam por isso de poderem ser considerados como palavras do português, neste caso, aquele que se fala no Brasil. Em abono desta ideia, está o facto de o último grande dicionário levado a efeito pela nossa Academia das Ciências, contemplar palavras como bueda que quererá dizer, muito.
Naturalmente, existem tantas variantes de português quantas são as geografias em que o mesmo se falou e para elas concorreram outras línguas e culturas numa mistura que afinal sempre aconteceu e sempre funcionou xcomo motor de evolução das línguas. Falar-se em línguas puras ou na pureza da língua, como pretendia a Drª. Edite Estrela há uns anos atrás num programa televisivo, não passa de um perfeito disparate sem qualquer correspondência empírica. Da mesma forma, pretender-se unificar a língua é não só um trabalho quixotesco no pior sentido da expressão, pois ela evolui independentemente do que sobre ela se decrete, como, por isso mesmo, um disparate que só poderá lembrar a mentes que da natureza e evolução das línguas nada sabem e isto sem prejuízo dos muitíssimos títulos e togas académicas que possam ter.
Foi neste sentido que Pessoa escreveu "Minha pátria é a língua portuguesa" e o que ele pretendia dizer, seguramente e sem querer discutir as razões que a observação do Sr. Nuno possa ter, foi precisamente que se considerava inserido numa pátria composta por todos os falantes desta língua.
Já vivi com índios Bororo na Mato Grosso do Sul e aquilo que mais me impressionou foi o facto de estar em comunidades que se não fosse o mundo envolventa ainda viveriam na idade da pedra e poder comunicar sem qualquer barreira linguística para o que me bastou as ferramentas que o português coloca à nossa disposição.

17:34  
Anonymous Anónimo said...

É isso mesmo Sr Rudolfo Wolf, tal e qual.

19:18  
Anonymous Anónimo said...

Não sei se posso concordar consigo, Sr Rudolfo Wolf. Assim, qual seria a variante que poderíamos tomar como ponto de referência, digamos assim, qual seria a matríz principal do português? Não terá que haver, se se pode dizer assim, um padrão?
Estou a perguntar, não estou a afirmar nada visto que não sou especialista nem mesmo um simples conhecedor nestas matérias.

22:04  
Anonymous Anónimo said...

Parabéns pelo vosso interessante blog.
Pena o título, "Atirei o pau ao gato".... coitado do gato!
Parece q o título nada tem a ver, aparentemente, com os conteúdos elevados do blog!

01:09  
Anonymous Anónimo said...

Bom dia, Senhor Eduardo!

Antes de mais permita que o cumprimente e formule o desejo que se encontre bem, tal como todos os seus.
Devo dizer-lhe que também eu sou um leigo nestas matérias. Não sou estudioso da língua e de nenhuma língua em particular e os meus conhecimentos nestes domínios pouco transcendem uma ou outra noção e uma ou outra ideia, lidas e escutadas aqui e ali, mas sem qualquer intencionalidade ou fio condutor, todas elas adquiridas ao sabor do acaso e sem a mais leve preocupação de me documentar com um qualquer propósito a este respeito ou outros com que aquele estivesse relacionado. Sobre os problemas da língua, mormente no âmbito em que se inserem as perguntas do fórum, confesso que não vou além da opinião vulgar de um anónimo cidadão sem qualquer preparação específica no assunto e a experiência que posso usar em abono do que sobre isto seja capaz de dizer está contida quer no uso quotidiano da linguagem, quer nos contactos com outras vivências e linguarejares por via das deambulações que tenho realizado ao longo dos anos. Em síntese, o princípio de que posso tirar partido resume-se, como em tantas outras situações, ao bom senso e é pela simples aplicação do mesmo que afirmei não existirem línguas puras. Creio que é por isto que manifesta as suas reservas e pergunta se não deve existir um padrão de referência.
Se quer que lhe diga não sei responder às perguntas que faz, não tenho habilitações para tanto. Contudo estamos ai num patamar em que entram decisões de carácter político –o caso do acordo linguístico que não se sabe em que situação se encontra, ainda que pareça que tudo está nas portuguesíssimas águas de bacalhau, coisa de que não via mal ao mundo, deve dizer-se- que muitas vezes se sobrepõem àquilo que seria natural, neste particular, na normal dinâmica da língua em apreço. Não sei se tem que haver necessariamente um padrão e também não sei dizer se ele existe na realidade. Naturalmente, isto é, no concreto dos tecidos sociais das sociedades que partilham o português, tal não acontece pois, ainda que, por absurdo, fosse possível indicar uma dada zona como o berço deste nosso falar, não conseguiríamos identificar uma dada maneira de expressar o português como aquela que supostamente seria a, digamos assim, a mais genuína e por isso aquela que poderia ser tomada como a referência principal, o modelo padrão. Este conceito, pois é mais de um conceito que de um facto de que estamos a falar, não é ele induzido de nenhum dado empírico, antes decorre de uma convenção que, por motivos que pouco importam aqui, os homens decidiram estabelecer para uma determinada comunidade linguística.
A verdade é que não necessitamos de ser especialistas em linguística para compreendermos que não podem existir línguas puras, trata-se justamente de aplicar a este problema a regra do mais elementar bom senso. Ainda que segundo os linguistas esta possa ser considerada e entendida como um elemento inconsciente das culturas humanas –usamo-la no dia a dia e aplicamos as suas regras gramaticais sem nos darmos conta disso- não deixa por isso de ser um dos elementos básicos daquelas, com efeito, uma das suas estruturas elementares. Ora como construção cultural, da mesma maneira que não faz qualquer sentido falar em culturas puras que empiricamente não conseguimos sustentar, igualmente se aplicará essa perspectiva às línguas. Tanto uma como as outras sempre resultaram de dinâmicas próprias e de outras derivantes dos contactos que sempre existiram entre as populações humanas, através dos quais os diversos grupos sempre incorporaram partículas uns dos outros no seu próprio seio. Se quisermos traduzir isto em termos práticos no universo que estamos a considerar, diremos que o português tem palavras com diversas origens, o mesmo acontecendo com todas as línguas do planeta.
Ora aquilo que eu defendi, salvaguardando que nunca reflecti aprofundadamente sobre este assunto e que possivelmente foi o meu comentário anterior a primeira vez que eu sobre o mesmo me debrucei, aquilo que disse, será melhor desta maneia, foi que não tem que haver necessariamente uma referência, um padrão, se o Eduardo quiser dizer deste jeito, pois existem muitas variantes em partes tão distantes do planeta e em contextos geo-culturais tão diferenciados que dificilmente teremos como padronizar –questiono-me mesmo em abstracto se faria qualquer sentido fazê-lo pelos motivos que explanei- e seguramente não poderemos que qualquer uma delas não seja uma forma de falar a língua que outrora partiu deste cantinho litoral do ocidente europeu.
Escrevi isto por me parecer também poder ser este um dos sentidos a dar ao tema deste debate; foi a minha forma de responder de uma maneira geral às perguntas lançadas para discussão.
Desejo-lhe um resto de um bom dia, com o mesmo respeito que saúdo todos os entraram nesta conversa cheia de interesse, permitam-me dizê-lo.

13:23  
Anonymous Anónimo said...

ganda treta, um gajo até se atasca nisto
foge

19:23  
Anonymous Anónimo said...

E não se poderá antes falar de um português, um brasileiro, um angolano e por aí fora?

22:27  
Blogger tacci said...

Como já foi sugerido em vários comentários, uma questão chave é saber se deve haver um português padrão. Creio que sim. Claro que isso não implica, antes pelo contrário, eliminar os diversos falares regionais. Normalmente considera-se que o português é a "língua de Camões" porque ele (e, suponho, toda a sua geração) lhe deu uma unidade mais erudita do que popular, recorrendo ao latim. Desde então para cá, esse falar erudito enriqueceu-se com expressões e vocábulos vindos das mais variadas origens, desde o francês e o inglês, japonês e malaio, até aos angolanismos ou brasileirismos. Penso que esta língua padrão não deve ser fixada rigidamente, mas é indispensável a dois níveis, pelo menos: como língua de unidade entre os diversos... como chamar-lhes? Dialectos? E, em segundo lugar, como língua de ensino/investigação.
Ah! E para não perdermos a capacidade de ler e entender toda nossa literatura, ou seja, a nossa riqueza cultural. Concordam?
Um abraço.

22:37  
Anonymous Anónimo said...

O Sr Rudolfo terá toda a razão naquilo que diz sobe a pureza de língua e da cultura e até sobre a inexistência de um padrão ao nível da realidade concreta. Mas é como o Tacci diz, deve haver um padrão relativamente ao qual se possa identificar a nossa língua e depois até por motivos de ensino.
Também eu cumprimento todos os participantes.

23:05  
Anonymous Anónimo said...

Apesar de perceber que não existam línguas puras, estou tentado a concordar com o Senhor Eduardo.
Creio até que o Senhor Rudolfo também fará o mesmo, até pelo facto de, como ele disse, para comunicar com outros povos que suponho primitivos, terem sido suficientes as ferramentas, a expressão é dele, que o português lhe oferece.
Parece-me que foi neste sentido que o Tacci falou. Estarei enganado?

23:57  
Anonymous Anónimo said...

Boa a iniciativa da Conversa Lusófona. O que é Lusófona? O que é Lusofonia? Um país ? Vários países? O espaço maior onde encontramos amigos? Ou , melhor, para os "reconhecer", como diz Vinicius de Morais, no poema Amigos?

Margarida Castro

23:14  
Anonymous Anónimo said...

Bem, vamos lá a ver, repito que não sou um especialista nestas matérias. Quando eu digo que provavelmente nem fará sentido padronizar a língua portuguesa é mais no sentido -como me parecia ter ficado claro- contrário justamente aquele que o último acordo ortográfico apontava. É claro que isso não impede -diria antes pelo contrário- que procuremos preservar a língua de Camões, como diz o Tacci, algo para que o referido acordo em nada contribui. A língua que os países de expressão portuguesa falam, deriva em grande parte do português que os nossos antepassados levaram daqui para essas sete partidas do mundo e se tanto uma como as outras se foram desenvolvendo e amadurenecendo desde então, não deixa de ser um facto que a referência original permanece viva e activa e essa é aquela que se fala no nosso território nacional. Neste sentido, estou em sintonia com os participantes anteriores.

15:56  
Blogger Irritadinha said...

Gostei do tema, e dentro da minha inutilidade cá vou deixar o meu comentário.
Dentro do meu baixo ou alto grau de leitura, quer-me parecer que não inúmeros os linguarejares os dialectos que nascem da língua portuguesa e sobre ela proliferam.
O escrever com erros em parte será também um linguarejar, mas o qual todos nós compreendemos e por isso mesmo os corrigimos.
Surgem alguns linguarejares onde se abusam de vogais por elas serem mudas e no texto escrito aquela com mais aqueles 10h's fica "fashion". Acho que já perceberam a que linguarejar me refiro, talvez tenha surgido de uma movimento a favor das letras (consoantes e vogais) menos usadas, numa tentativa desesperada mas produtiva contra o alzheimer em relação a essas mesmas letras. Lamento, vejo a minha pátria com muitas coisas…. Mas com purpurinas e corações nos i’s não!
Se ela é a nossa pátria, então é mais maltratada do que eu imaginava, sou uma utópica que se há-de fazer.
Sinceramente entristece-me o pouco valor e o pouco cuidado que muitos têm para com a nossa bela língua, tão rica quanto incompreendida e desprezada.
Há linguarejares típicos, no Porto todos sabem o que é um “cimbalino” em Lisboa pergunta “o quê, desculpe?”.
Alunos universitários que escrevem textos por abreviaturas, é outro exemplo de outro linguarejar.
Cada classe profissional tem o seu linguarejar.
A soma de tudo isto dá o nosso belo português, uns dias melhor outros nem por isso…
Na fraca capacidade avaliativa de literatura e de linguagem um dia ainda vou até à “Brasileira” e pergunto cara-a-cara se o nosso enorme Fernando Pessoa não quer reformular a sua poética frase para. “A minha língua é a minha pátria!”.

Voltarei mais vezes.

P.S.: Devo-me ter desviado do assunto do post, não volta a acontecer.

17:43  
Blogger Estudo Geral said...

Pessoa profere a sua famosa máxima na década de 20/30 do século passado. Na altura, a Pátria estendia-se pelo Ultramar. O Brasil já se tornara independente (1822), mas os territórios indianos, Timor, Macau, mais as colónias africanas, tudo fazia parte da Pátria do Pessoa.

Mas agora que a Nação está entregue a si própria, cabe-nos perguntar o que fazemos dessa herança enorme que advém do facto da Língua Portuguesa ser uma das mais representativas a nível mundial, com mais de 200 milhões de falantes.

Secundarizada nos grandes Fóruns Internacionais, como por exemplo na ONU e na UE, onde não tem estatuto de língua escolhida na comunicação interna e externa, também nas políticas nacionais, tal como na sociedade civil, pouco se tem feito por uma afirmação digna da Língua Portuguesa.

Um exemplo ridículo: Faz pouco tempo, nas rádios nacionais, apenas 3% da música que passava era Portuguesa.

É verdade que nos últimos anos a situação tem tido ligeiras alterações, com a criação da CPLP (que comemorou o seu 10º aniversário), mas sobretudo com as potencialidades trazidas pela internet que tem permitido uma maior consciencialização sobre a questão da Lusofonia.

Muito está por fazer. E, decerto, que a Mensagem sobre a importância que Fernando Pessoa dava à sua Língua não tem nos dias de hoje menos sentido, bem pelo contrário.

19:49  
Blogger Irritadinha said...

ERRATA:
"..., quer-me parecer que são..."

22:37  
Anonymous Anónimo said...

Esta conversa que estava cheia de interesse é que acabou depressa? Ora bolas...

09:26  
Anonymous Anónimo said...

Interessante a inversão, "a minha língua é a minha pátria" e tenho a certeza que a "Irritadinha" não quis com isso dizer aquela velha história de "uma terra sem amos...", como se cantava no velho hino comunista da internacional.
Seja como for remete-nos para um mundo sem fronteiras já que a barreira da língua, sendo real, não é intransponível e possui todos os mecanismos necessários para que entre umas e outras haja todo o entendimento possível.
Mas antes de mais gostaria de ouvir a Autora dizer o que entende por isso, por outras palavras, pode a "Irritadinha" explicar-nos o que quer dizer com "a minha língua é a minha pátria"? Teria todo o interesse, não lhes parace que assim seja?

12:06  
Blogger Irritadinha said...

Claro que sim.
O que eu quis dizer foi muito simples, Fernando Pessoa enquanto grande escritor e poeta “tratava” bem a língua portuguesa, compreendia, interpretava-a, isto é, a “sua pátria” seria bem cuidada, compreendida, admirada.
Nada de politica aqui.
Voltando ao campo da linguagem, dentro das minhas limitações acho a língua portuguesa profundamente bela e rica, que nada deve a outras línguas. Fiz a inversão da famosa frase de Pessoa porque gostaria que a minha pátria fosse tão admirada, cuidada, acarinhada e orgulhada como a linguagem de Pessoa. Acredito que nos dias de hoje com certos linguarejares Pessoa alteraria alguma coisa na sua frase.

16:20  
Anonymous Anónimo said...

Muito obrigado pela explicação, "Irritadinha". Tenho que admitir que estava muito longe daquilo que eu estava a pensar, mas é assim, a pensar... E a verdade é que achei a explicação que deu muito bonita e verdadeiramente de acordo com o comentário que tinha feito.
Se algum ensinamento há a tirar desta conversa, um será o cuidado que deveremos ter na preservação e até aprofundamento da nossa língua e quando uso a primeira pessoa do plural, estou a referir-me a nós portugeses em e aos poderes envolvidos a este nível.
Neste sentido, o Largo da Graça e os comentários dos participantes já deram um contributo positivo pelo que estão de parabéns.

17:10  
Blogger Irritadinha said...

Nada a agradecer, Fernando Caiado. Concordo plenamente, é úm contributo muito importante.

18:27  
Blogger tacci said...

Se me permitem desviar um pouco as nossas preocupações: os adolescentes que dominam impecavelmente todas as técnicas que nós apenas afloramos cheios de timidez - falo por mim e por mais meia dúzia de cotas, claro - exprimem-se e comunicam com uma economia de meios que parecem atentar contra a nossa língua. "Qu" desaparece em proveito do "k", as vogais evaporam-se como nas línguas semitas. Mas a comunicação estabelece-se. Que é que nós temos contra isto? Não sei. Em tempos, antes dos gravadores de som, usava-se a taquigrafia. Devemos condenar estes novos taquígrafos só porque foram eles próprios a criar a sua forna de notação? Será assim tão grave? Ou é apenas um código do tipo do morse (toda a gente sabe o que quer dizer SOS) que serve para transmitir, melhor ou peor, claro, a mesma língua que todos nós falamos? Gostava de saber o que dizem os profes de português desses novos tipos de comunicação. Um abraço para todos.

23:01  
Blogger tacci said...

PS: Estou a gostar muito desta conversa. E, já repararam? Estes diálogos "onelainicos" estão a contribuir imenso para que o português viva, com uma correcção e um rigor verdadeiramente admiráveis. Não concordam?
Mas não devíamos estar a incluir neste blogue gente da Galiza, do Brazil, de Cabo Verde e por aí fora?
Abraços para todos.

23:11  
Anonymous Anónimo said...

Tal e qual Tacci.

00:07  
Anonymous Anónimo said...

A comunicação estabelece-se, mesmo com o k, mas também com o que e desta forma fica mais bonita. É assim que se escreve em português.
Concordo com o Tacci, tenho estado a segui-la e também acho que esta conversa está interessante e proveitosa.

00:12  
Anonymous Anónimo said...

Derivada do latim, a nossa língua inclui elementos celtas,gregos,hebreus e mais tarde germânicos e árabes.
O facto de o centro de poder ser no sul fez com que os dialectos falados nessas regiões tivessem ascendente sobre os do norte devido à sua maior integração e universalidade.
De língua nacional passou a veìculo de um Império ainda culturalmente activo no conceito de Lusofonia.
Para mim,a expressão de Pessoa quer dizer "somos cidadãos do mundo".

01:07  
Anonymous Anónimo said...

Até podemos dizer que os portugueses inventaram o mundo moderno pois foi um português que fez a primeira viagem marítima à volta da Terra.
Há um livrinho muito engraçado do Professor Agostinho da Silva, "Namorando O Amanhã" em que ele diz que nós inventamos o mar, precisamente no mesmo sentido em que eue screvi no parágrafo anterior.
Nessa perspectiva, podemos dizer que há um sentido de universalidade na cultura portuguesa e então, como escreve JM, podemos dizer que "somos cidadãos do mundo".
Afinal, fomos nós quem o inventou.

11:14  
Anonymous Anónimo said...

As conversas são como as cerejas.

15:13  
Anonymous Anónimo said...

Então neste caso são daquelas grandinhas e saborosas.
É que não sei se já repararam num pormenor engraçado desta conversa. Começou com um comentário do Tacci a respeito do qual eu sugeri que se o explorássemos poderia levar-nos a reflectir sobre a universalidade das culturas. Depois contuniou, andou por outras margens e acabou por voltar precisamente à questão da universalidade, desta vez especificamente referente à nossa cultura. É curioso não é?
Aqui até me atrevo a propôr um tema para um próximo debate "No Largo da Graça", mais ou menos assim.
É vulgar ouvirmos dizer que a cultura portuguesa tem um timbre universalista. Pessoalmente não sei muito bem o que possa entender por isso e como é que isso se possa sustentar. Seja como for, a ser verdade, teremos que encontrar alguma prova que nos leve a crer que de facto assim é. Ora parece-me que um bom indício reside no acasalamento dos portugueses com outros povos de continentes e raças diferentes. Pois será que nos misturámos mais que os restantes europeus que também foram, a seu tempo, potências coloniais? Porquê? Como poderemos explicar essa maior apetência ou necessidade para a mistura? Terá sido mais pelo efeito da primeira ou da segunda?
Parece-me que aqui teríamos um motivo de debate com interesse por si e também enquanto possibilidade de continuarmos esta nossa conversa numa perspectiva mais vasta.
O que é que os responsáveis pelo "No Largo da Graça" acham?

16:22  
Anonymous Anónimo said...

Eu acho bem.

00:14  
Blogger no largo da graça said...

Antes de mais uma palavra de agradecimento para todos os que participaram nesta "Conversa Lusófona" e desde já o convite para que aqui regressem no próximo tema que lançaremos amanhã, dia 19 e que esperamos seja objecto de vasta participação.
Quanto ao tema proposto pelo Sr. Armando Coelho ficamos à espera que nos remeta indicações sobre se prefere fazer alguns arranjos às perguntas que apresentou ou se acha que na forma em que estão é o suficiente para lançar o debate. Antecipadamente o nosso maior bem-haja pelo contributo assim como pela eventual resposta a estas nossas palavras. Para tanto, o correio a usar estáindicado na Secretaria.
Reiteramos o convite a todos para a conversa com lugar marcado a partir de amanhã.
Até lá, um grande viva para todos vós.

14:54  

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