ESTE MUNDO GLOBALIZADO EM QUE VIVEMOS ASSUSTA-O?
Apesar de a maioria dos habitantes do planeta viverem ainda fora das condições básicas da vida moderna, sem acesso à electricidade ou à água potável, a verdade é que hoje em dia é possível o contacto em tempo real entre os pontos mais distantes da superfície terrestre. No domínio da economia, se bem que desde há muito que se compram e vendem mercadorias entre os mais diversos e distantes pontos da Terra e por isso ser antiga a influência entre sociedades e tecidos sociais diferentes e separados pelas distâncias dos diversos continentes, existe agora a possibilidade de negócios em tempo real entre qualquer local desta nossa casa comum. Dada a evolução dos transportes, quer no domínio da sofisticação e inerente capacidade de fazer circular qualquer produto, quer no âmbito das velocidades de deslocação conseguidas que já colocam antípodas ao alcance de um dia e os progressos verificados nas redes de telecomunicações que criaram condições tecnológicas para a mobilidade imediata dos capitais, tanto actividades como saberes e competências podem ser deslocalizadas entre um qualquer país e outro por mais longínquo que seja. No contexto do capitalismo financeiro, dada a multiplicidade e variedade de origens dos seus detentores e decisores, quase se perdeu a noção de nacional. Numa expressão simples, diz-se que o mundo está globalizado.
É pois sobre isto que lhes propomos a conversa desta quinzena.
Como é, este fenómeno da globalização pode ser travado, pode, de alguma forma, esboroar-se e retroceder? Pelo contrário, será inevitável não dependendo da nossa vontade ou consciência a sua dinâmica?
Faz sentido ser a favor ou contra a globalização? Poderemos ver o problema dessa maneira?
E quanto às consequências? Poderemos falar mais no sentido da predominância de resultados de sinal negativo ou positivo? Há oportunidades nesse fenómeno que possamos explorar para aumentar a qualidade de vida das populações humanas? Ou ao contrário, o mesmo criará pressões sobre os recursos disponíveis que tenderão a piorar a capacidade de sobrevivência neste nosso berlinde cósmico, por enquanto o único sítio que temos para viver?
Estas são perguntas que poderemos usar como mote de reflexão e troca de ideias. Outras existirão, seguramente, mas essas podem vir dos leitores interessados nestes assuntos.
Aqui deixamos o convite para que se sentem e conversem e desde já expressamos o nosso maior desejo para que no fim demos o tempo por bem empregue.
Para todos, o nosso humilde agradecimento pela generosa grandeza dos vossos contributos.
É pois sobre isto que lhes propomos a conversa desta quinzena.
Como é, este fenómeno da globalização pode ser travado, pode, de alguma forma, esboroar-se e retroceder? Pelo contrário, será inevitável não dependendo da nossa vontade ou consciência a sua dinâmica?
Faz sentido ser a favor ou contra a globalização? Poderemos ver o problema dessa maneira?
E quanto às consequências? Poderemos falar mais no sentido da predominância de resultados de sinal negativo ou positivo? Há oportunidades nesse fenómeno que possamos explorar para aumentar a qualidade de vida das populações humanas? Ou ao contrário, o mesmo criará pressões sobre os recursos disponíveis que tenderão a piorar a capacidade de sobrevivência neste nosso berlinde cósmico, por enquanto o único sítio que temos para viver?
Estas são perguntas que poderemos usar como mote de reflexão e troca de ideias. Outras existirão, seguramente, mas essas podem vir dos leitores interessados nestes assuntos.
Aqui deixamos o convite para que se sentem e conversem e desde já expressamos o nosso maior desejo para que no fim demos o tempo por bem empregue.
Para todos, o nosso humilde agradecimento pela generosa grandeza dos vossos contributos.
34 Comments:
A globalização é inevitável. Depende dos mercados e não há volta a dar. Se queremos manter o nosso modo de vida teremos que ter actividade económica e as pressão dos mercados leva que esta se estanda a todo o planeta em busca dos recursos e dos produtos mais baratos.
Isot não é um mal nem um bem. Quem tiver unhas toca guitarra e o que os países devem descobrir são as especialidade que lhes permitam competir nesse mundo de economia global.
A globalização têm, como tudo,
aspectos positivos e negativos!
Mas como quase tudo...os negativos
vão impor-se aos positivos...
e o mundo irá caminhar para um
futuro que receio, ser muito negro!!!
Espero estar errado...
Mesmo assim...um Ano novo com tudo do melhor...Paz, Amor, saúde e Felicidade!!!
Abraço
JJCN
Querem ver que Marx tinha razão? Cá para mim aquilo a que se chama globalização mais não é que a última fase do capitalismo. Pode ter aspectos negativos mas também terá muitíssimos positivos e o principal deles é a possibilidade que deixa a que se organize uma cidadania global que será aquela que irá lutar e conseguir criar um mundo melhor para todos.
Esperemos que sem revoluções armadas e sem a ditadura do proletariado... Mas é sem dúvida um exercício interessante, se houver vocação para tanto, imaginar como sairia o Manifesto do Partido Comunista, ou O Capital, se fosse batido nas teclas de um PC... mesmo num daqueles revisionista.
Pena é que não se globalize a riqueza, a alimentação que tanta falta faz inumeros paises da Africa e Asia.
O bem estar, enquanto muitos de nós têm 2 ou mais carros, outros nem uma casa têm para viver.
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Sabias por exemplo que, é mais barato ir à India fazer um Bypass (com despesas de viagem e estadia) do que fazer o mesmo em Portugal?
Boa ideia, a globalização da riqueza que me descviou daquilo que tinha para dizer. Mas seria possível que a maneira de viver que temos se estendesse a todas as pessoas da terra? Bela pergunta e se calhar, se a desenvolvermos e se tentarmos reunir as ideias do Paulo e do Carlos, chegaremos a conclusões estranhas.
Como é que conseguiremos fazer chegar o bem estar ao mundo inteiro sem arrebentarmos com o mesm? Eis a questão.
Grande Luís Gomes,
é um prazer ler o que escreves; aliás, desde sempre que admiro o que escreves e o que dizes. Lembro de ter sido uma espécie de discipulo das tuas palavras, quando, ainda jovem, ouvia as tuas palavras sábias sobre Antropologia e a vida universitária. Depois, foste um daqueles que deu um pontapé no marasmo de Alhos Vedros, quando bebeste o clelebre copo de Moscatel, que deu origem à CACAV.
Gosto de saber que te vais juntar às nossa "Estórias" de Alhos Vedros, porque, tal como o Luís Carlos, tens (eu sei!)muita coisa para contar.
Sobre a Globalização, volto cá outro dia para "bater" nessa ilusão de embarcarmos numa verdade imposta e igual para todos.
Um abraço!
O prometido é devido. Prometi voltar e cá estou.
Inevitável é o que não se pode evitar. Na verdade, o caminho pelo qual se enveredou é dificil de evitar. Já lá estamos no caminho da universalização, da "coisa" única, igual, indiferente, impessoal...
Poderiamos ter evitado por exemplo ao nível da União Europeia a uniformização, a indiferença e o capitalismo, como formas de vida.
Poderiamos não alinhar com as potências, como os Estados Unidos.
Enfim... a globalização quanto a mim, só teve uma consequêcia verdadeiramente positiva: a possibilidade de comunicação livre, em tempo real, com tada a gente (nem toda!), que é o caso da Internet e particularmente da Blogosfera, que nos permite estar aqui em comunicação, quando não podemos estar frente a frente.
Um abraço!
Ass: Luís Mourinha
Meses atrás escrevi um pequeno ensaio, O Mundo na Era da Globalização, que aproveito para partilhar convosco:
O Mundo na Era da Globalização
As tecnologias da informação estão a mudar o mundo - a conjunção da informática com as telecomunicações prenunciam uma nova época.
A fusão das tecnologias do telefone, computador, televisão por cabo e disco vídeo trarão novas formas de comunicação entre as pessoas.
A expansão da democracia é muito influenciada pelo progresso das comunicações a nível global.
O paradoxo da democracia actual é que enquanto se está a expandir por todas as partes do mundo, nas democracias mais maduras os níveis de confiança nos políticos tem vindo a diminuir.
Mas um certo desencanto nos políticos não desencantou os processos democráticos. Hoje, as pessoas que pertencem a organizações voluntárias, ou a grupos de ajuda mútua são vinte vezes superior às que estão filiadas em partidos políticos.
A revolução das comunicações produziu cidadanias mais activas, o que exige uma maior clareza e responsabilização dos líderes políticos.
É necessário democratizar a democracia.
A globalização neoliberal reproduz condições económicas e sociais que tende a aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, quer em termos globais, quer nacionais.
O aumento das desigualdades acentua a exclusão social efectiva de grandes sectores da população mundial.
O aumento do trabalho precário nas grandes cidades e nas periferias provoca o aumento do número de pessoas que vive no limiar da miséria.
Em Bogotá isso verifica-se, por exemplo, no crescente número de pessoas que sobrevive rebuscando contentores e lixeiras à procura de materiais recicláveis para venda.
Os países ocidentais exigiram a liberalização mundial do comércio para os produtos que exportavam, mas ao mesmo tempo continuaram a proteger os sectores em que a concorrência dos países em desenvolvimento podia ameaçar as suas economias.
Os EUA e o FMI insistiram sempre em acelerar este tipo de liberalização do comércio, fazendo mesmo depender os seus apoios ao desenvolvimento da aceitação dessa perspectiva.
Nos próximos anos, novas e mais sofisticadas tecnologias na área da informática aproximarão cada vez mais as sociedades mundiais de um "mundo sem trabalhadores". Redefinir a falta de trabalho deverá ser a questão social mais premente deste século.
Enquanto para alguns um mundo sem trabalho se traduzirá, sobretudo, em liberdade e tempo livre, para outros evoca a ideia de um futuro sombrio com desemprego e pobreza generalizada.
Novas instituições estão a ser criadas pelas pessoas para suprir necessidades que não estão a ser atendidas pelo mercado, ou pelo sector público. E isto se verifica por todo o mundo.
"No Séc. XVIII, a máquina a vapor, provocando a revolução industrial, mudou a face do mundo (...). No entanto, essa máquina apenas substituia o músculo.Com a vocação de substituir o cérebro, o computador está a provocar, sob os nossos olhos, mutações ainda mais formidáveis e inéditas." (Ramonet, Ignacio, 2002, p.91)
Bibliografia
. LYON, David - A Sociedade da Informação. Oeiras: Celta Editora, 1992.
. GIDDENS, Anthony - O Mundo na Era da Globalização. Lisboa: Ed. Presença, 2000.
. RODRIGUEZ, César - O Caso das Cooperativas de Recicladores de Lixo na Colômbia,in, SANTOS, Boaventura Sousa - Produzir para Viver. Porto: Ed. Afrontamento, 2002.
. STIGLITZ, Joseph - Golobalização: A Grande Desilusão. Lisboa: Terramar, 2002.
. RIFKIN, Jeremy - O Fim dos Empregos. São Paulo: Ed. Milton Mira de Assumpção Filho, 1995.
. RAMONET, Ignacio - A Guerra dos Mundos. Porto: Campo das Letras, 2002.
Luis Rodrigues dos Santos
Apesar de a maioria dos habitantes do planeta viverem ainda fora das condições básicas da vida moderna
É por isto que a globalização não passa de discurso para defender os interesses particulares das grandes multinacionais. Já tivemos o tempo das repúblicas das bananas e não podemos esquecer que o golpe de Pinochet teve o apoio de grande empresas norte-americanas, como a ITT (International Telegraph and Telephones). Hoje em dia, este discurso da globalização serve para que as grandes multinacionais possam defender os seus interesses com a exploração das matéria primas e da mão de obra mais barata em qualquer local do planeta. Com isso, aquilo que se verifica é que essas organizações têm cada vez mais dinheiro e poder que usam para imporem os seus interesses aos poderes políticos, mesmo nos países mais desenvolvidos e democráticos.
Concordo com o Luís Mourinha: Enfim... a globalização quanto a mim, só teve uma consequêcia verdadeiramente positiva: a possibilidade de comunicação livre, em tempo real.
Voltarei mais tarde para tratar um outro enfoque deste problema.
Acho fascinante a globalização a nível tecnológico. Fascina-me ter acesso a todo o mundo com apenas a ponta do dedo.
À parte este fascínio tecnológico, a globalização contribui para abrir o fosso entre países ricos/países pobres, e constitui uma ilusão. Uma ilusão na medida em que, para se ter preços competitivos, as empresas fogem para países em vias de desenvolvimento, esquecendo-se que para atingir essa tal competitividade, a mão de obra está ser explorada, recorrendo-se ao trabalho quase escravizado.
No entanto esses países querem atingir os nossos níveis de desenvolvimento, pressionando cada vez mais os recursos cada vez mais escassos do nosso planeta.
A globalização acabaria quando os países atingissem um igual patamar de desenvolvimento. Pode ser que o dragão chinês constitua ameaça suficente para repensar a globalização.
Viva Mourinha, meu velho amigo de muitas marés e gargalhadas.
As tuas palavras embaraçam-me, seguramente não as mereço, mas o teu testemunho foi vivido porque estiveste lá, comigo e os outros, depois e por teres estado no projecto mais louco que alguma vez foi posto no ar em termos radiofónicos. E tu e os outros -o nosso irmão Lídio já não está cá para se rir disso connosco- eram pouco mais que miúdos no início da adolescência e conseguiram ainda assim fazer emissões de radio com um transmissor artesanal construido por vós e uma mesa de mistura igualmente saída do vosso engenho -creio que especialmente do Luís Paulo e do Fausto, não foi assim? E foi a partir daí que mais tarde então estiveste no tal brinde de moscatel, justamente como um daqueles que se dedicaria à vertente radiofónica que se pretendia ver associada ao projecto. E a verdade é que tudo aconteceu, se bem que a rádio não tenha à selecção natural que nestes processos sempre acontecem. Mas houve mal por isso e a verdade é que apesar de há quase duas décadas não ter actividade na casa, gosto de saber que ela continua viva e actuante. Sem vaidade, mas também sem falsa modestia, sinto orgulho por ter estado lá e a verdade é que dentro das minhas competências e sempre que seja possível, lá ofereço o meu farnelzinho ao pessoal para ajudar em qualquer coisinha.
Mas é assim meu querido amigo e por isso e apesar do que dizes e que em consciência na minha humildade jamais teria como aceitar, é a mim que me encanta juntar as minhas palavrinhas ao teu blog e do Luís Carlos, este um amigo de sempre de quem não se pode falar por sempre as palavras serem ditas pelo coração e tu um velho companheiro de quem cresceu no gozo da aventura de querer aprender e experimentar sem receio das rajadas de vento mas sempre com a inteligência de saber caminhar de cabeça erguida e espinha direita, não regateando o preço da aprendizagem mas vencendo na força da corrente. Pois é meu caro Mourinha, ali ofereço uma das prendinhas que o meu parco talento me permitiu fazer para oferecer, como sempre gosto que assim seja, àqueles de quem mais gosto e que para sempre guardarei no mais fundo do meu coração e que, no caso, foi igualmente uma das pessoas que mais gostei de conhecer em toda a minha vida por tão delicada como nunca vi e inteligente como raramente vejo.
Escusado será dizer que és bem-vindo a esta casa porque fazes parte dela, ela também é tua, mesmo ainda antes de teres dado com ela. Digo-te apenas que escolhas uma das oliveiras que vês nesta praça e a ajeites a teu gosto, para que na sua sombra te sentes enquanto gozaso prazer das comversas que aqui têm lugar entre gente de paz e de bem. Terás muita coisa para dizer e quem aqui entra terá todo o gosto em ouvir.
Saúde, irmão, paz e saúde para ti, a tua mulher e o teu filho, assim como para os teus pais que não tenho visto mas espero que estejam bem.
Luís Foch
Bem-vinda Mac, abençoado quem a colocou no caminho desta praça humilde que tanto se alindou com a luz do seu encanto e inteligência. É tão bonito o que nos acrescenta que a convidamos para voltar muitas e muitas vezes. Este Largo ficará sempre elegante com a presença de quem vem de um sítio tão agradavel e interessante como o seu blog e as trocas de ideias que aqui vão tendo lugar ganharão interesse com os seus pontos de vista de quem pensa por si e com inteligência.
A sua aparição deixa-nos cheios de alegria. Por isso fizemos questão de lhe agradecer primeiro na sua casa.
Resta-me desejar-lhe os melhores votos de paz e saúde para si e aqueles que ama e a amam e a fazem feliz.
Luís F. de A. Gomes
Como tudo, nas nossas vidas, a globalização tem o seu lado positivo e negativo. Talvez cada um fosse capaz de fazer algo para amenizar os efeitos negativos, talvez não. Ao ler o post uma pergunta surgiu - até que ponto não está o Homem a tornar-se escravo da globalização?
Pela área da economia não vou enveredar, pois sou ignorante nessa área. Mas é certo que se a globalização trouxe coisas boas também as trouxe más - ou terá sido o Homem que não soube tirar proveito correctamente dessa globalização permitindo que muitos actualmente pensem que há mais aspectos negativos do que positivos?
Sofia
Aleluia!
Olhem que bonito que o Largo ficou com este presente da nossa Princezinha que aqui quis revelar o seu nome para os amigos desta humilde Praça de Oliveiras.
Me perdoem os restantes leitores e participantes mas, saindo das regras habituais, não poderíamos deixar de aqui entrar para agradecer tão gostosa revelação.
Agora já todos poderemos aqui tratar a nossa pequena e querida Princesa pelo nome o que é sempre mais agradável pois, na verdade, todos somos seus admiradores e gostamos sempre de ter entre nós a frescura doce da alegria dos vinte anos, para mais quando além dessa graça que sempre é a alegria da Primavera da vida, estamos perante alguém tão inteligente e conhecedor como é o caso da Sofia.
Princesa, somos todos teus fãs, todos queremos o melhor para ti e todos ficaremos imensamente felizes pelo sucesso que tenhas nos teus estudos e no encontrar de um caminho para uma vida que te satisfaça e faça feliz.
Obrigada Prinecsa, pela presença, pela inteligência das tuas palavras e por nos permitres que, aqui, os amigos te tratem pelo nome que, por sinal, é bem bonito e sinánimo de sabedoria.
Tudo de bom para ti, Princesinha querida
Luís
Para mim, dado que a globalização é um facto e, provavelmente, com avanços e recuos, irreversível, o ponto de partida desta questão torna-se apenas se a devemos temer ou não. E se a recearmos, porquê e que poderemos fazer?
O meu maior receio é a perda da diversidade e, por consequência, a perda da identidade. Há línguas que se perdem, grupos que se aculturam e deixam de saber onde pertencem. E, mais importante, deixam de ter voz: acabam por ter de se exprimir, macarronicamente, numa língua inimiga. A cultura «global» ganha, claro. ganhou o jazz, por exemplo, ganhou formas de espiritualidade afro-cristãs e por aí fora. Mas receio que a África tenha perdido. Também a espiritualidade budista terá sido adquirida... Mas, e o Tibete? Melhor perguntando: e os tibetanos? Passarão a simples imagens de falklore?
Um certo neo-liberalismo dirá que são dores de crescimento e que, no fim, o que é forte e adequado sobreviverá.
Pois. Mas como fazer o luto pelos que ficam pelo caminho?
Um abraço para todos.
Estou, na generalidade, de acordo com o tacci, e tambem com outros que não irei citar, porque seria uma tarefea demorada e penosa.
O Mundo está globalizado e pode traduzir-se pela metáfora da "aldeia glogal", dado sobretudo o grande desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação, entre outras.
A Globalização, ou de outra forma, a "ocidentalização" do mundo, vai alargando a sua organização capitalista e neo-liberal de forma hegemónica ao mundo inteiro.
O Socialismo quase na generalidade ruiu, e embora alguma inspiração socialista ainda vá resistindo, não me pareçe que a alternativa passe verdadeiramente por aí.O que será?
Eu vou continuar a chamar-lhe Socialismo de Mercado, à falta de melhor designação, mais à moda dos Chineses.
Naturalmente, que muito do que é realmente digno, continua a estar fora desta nova ordem mundial...
Mas o que é isso do realmente digno?
Há os negativos e os positivos, mas que direito há a impôr a outras culturas?
E que legitimidade há em quere refrear intentos que nunca haviam sido condicionados, por um pensamento cauteloso e visionário dos aspectos negativos da globalização?
João Pedro Pereira
Há os que ficam pelo caminho, como escreve o Tacci e isso é, de facto, uma tragédia. Mas não há nada que possa ser feito e já não podemos fechar-nos nas fronteiras de um país. Nem isso faria sentido quando sabemos que os problemas causados na atmosfera num dado lugar da terra podem provocar graves danos em sítios muitíssimo distantes. Não precisamos de um mundo de compartimentos mas sim de um mundo sem barreiras e, neste sentido, a dita globalização deixa-nos em aberto potencialidades que só agora começamos a vislumbrar e que por isso estão por explorar.
Os malefícios daquela combatem-se pela solidariedade entre os povos e esta requer, por exemplo que aqui se aceite acabar com as barreiras aduaneiras aos produtos agrícolas do terceiro mundo para que aí se possa encarar, finalmente, um processo de desenvolvimento sustentado. É claro que a complexidade da situação não se limita a este aspecto, mas o que estou a dizer é que à ganância das multinacionais, devem os trabalhadores e os cidadãos do mundo inteiro responder com pressões para que as diversas áreas do mundo encontrem as especialidades que permitam distribuir os centros de produçãio e trabalho pelo planeta.
Não é simples, mas não sei que outra alternativa possa haver.
Cumprimentos para todos os participantes.
Viva João Pedro!
Bem vindo a esta casinha humilde que se encanta por o receber e que mais interessante fica depois das palavras de quem está iniciando um sítio que parece prometer muita coisa cheia de interesse.
Escolha a sombra que mais lhe agradar, há muitas oliveiras nesta nossa praça de conversas fraternas que outro motivo não têm para lá da curiosidade de quem nelas quer participar.
Volte mais vezes que será bem-vindo e estamos certos que todos o receberão com os braços estendidos.
Votos de muita paz e saúde para si e todos os que lhe são queridos
Luís F. de A. Gomes
Amigo Luís Gomes, que atiras o "Pau ao Gato" e que, ao longo da tua vida,atiraste muitas pedras ao Charco da ignorância e do marasmo, admiro (e sempre admirei)a tua inteligência e postura na vida. Este teu Blog é o exemplo disso mesmo, de que com as tuas palavras consegues pôr ("pôr" não será o termo mais adequeado, mas consegues envolver) as pessoas na discussão de ideias.
Sobre a globalização, eufemismo neo-liberal, que quer dizer neo-capitalismo, ou para muitos neo-liberalismo, que para outros poderá designar-se como o ressurgimento de um novo fascismo (escondido, gostaria de dizer o seguinte. Posso? (convém sempre perguntar não vá alguém processar-nos por termos opinião; ou como se diz à boca pequena, para... não vá a polícia política ouvir...)
se as tecnologias são a única mais valia do Sec. XXI (acho eu), não deixam de ser um instrumento dos mais privilegiados (os que têm acesso ao computador), mesmo assim espreitados e contrololados pelo "Big Brother" dos poderosos.
Pena tenho eu de não poder estar vivo no Sec. XXII, com a esperança de um mundo melhor sem classes e sem opressores, que, não sendo marxista de convicção, faço justiça à inteligência dos materialistas dialécticos, que viram a História com uma dialéctica incontrolável. Depois deste Capitalismo selvavem só uma sociedade melhor poderá advir.
Mas, mais em concreto, gostaria de combinar um café intelectual para podermos beber em conjunto estas ideias e esperanças que nos fazem acreditar, mesmo apesar das adversidades dos tempos actuais.
Este convite é extensivo ao Amigo Luís Carlos e pode ser um fim de semana qualquer, depois do Stress semanal, porque em conjunto temos que falar de muitas coisas, entre elas as Estórias que vivemos em conjunto e que agora tomaram forma na matéria digitalizada de um Blog.
Um abraço!
Ass: Luís Mourinha
A globalização começou há muito e por causa da economia. Foi a procura de novas rotas comerciais que levaram os portugueses por esse Oriente fora e desde então que os continentes estão unidos por via marítima. Hoje, as novas tecnologias permitem comunicações em tempo real entre qualquer parte do mundo e os meios de transporte permitem que as pessoas e as coisas se desloquem entre qualquer ponto da terra.
Por enquanto, estamos apenas no contexto de uma globalização económica. Falta pois que se comece a formar uma cidadania global, como defende o Paulo. A consciência de que o planeta é de todos e que todos podem contribuir para o perder ou salvar pelo que compete aos cidadãos pressionarem os poderes respectivos para que haja cooperação e paz e possa haver desenvolvimento nos países pobres.
Globalização=capitalismo planetário.
Todos sabemos que as sociedades não são eternas. Qual a que se seguirá?
Há aqui um conceito de cidadania global que mereceria mais atenção e até discussão. É pertinente e provavelmente só ele será capaz de evitar um desastre.
Já aprendi mais qualquer coisa neste Largo da boa graça.
Muito obrigada.
Globalização=capitalismo planetário.
Todos sabemos que as sociedades não são eternas. Qual a que se seguirá?
O fim do mundo.
Mourinha, Mourinha, meu querido amigo, tu embaraças-me com as tuas palavras. Mas concordo com a ideia que vale a pena atirar o pau ao gato, isto é, vale a pena que, por aquilo que fazemos, tenhamos sempre presente que não vivemos sós e como não há fortuna ou posição que nos ponha a salvo de uma tirania arbitrária, não nos podemos conformar com o dolce fare niente de vermos a hipocrisia e a ganância conjugadas com a falta de escrúpulos tomarem conta dos discursos e das relações sociais dominantes e usem todo e qualquer mecanismo de enculturação para pretenderem convencer a maioria das populações a aceitarem um status quo que tantas e tantas vezes serve tão só para impedir uma vida com mais harmonia em benefício exlusivo daqueles interesses egoístas. Mas como para mim compreender que a injustiça social é não só fermento de indignadade para os homens, como chão primeiro de violências várias e, no limite, de guerras, compreender isto dizia, decorre, de um acto de pura inteligência -somos ou não capazes de perceber que isso acontece e de compreender como tal sucede- como isso é assim para mim e como não tenho vocação para actividades políticas e muito menos qualquer ponta de espírito revolucionário, sou até bem conservador no meu modo de vida, gosto de pensar que por muito pouco que possamos fazer nestas pequenas coisas em que nos envolvemos sempre é qualquer coisa, e seguramente mais do que seria se nos limitássemos a resmungar que pode fazer muito bem ao ego de muitos mas só faz mal à alma e é manifestamente uma perda de tempo. Há tanta coisa boa para fazer, tanta coisa bela para admirar, enfim, há toda uma aventura para viver todos os dias que sempre achei a resmunguisse um disparate. E é claro que segundo aquele velho e bom princípio que devemos estender a mão ao semelhante que dela precise e que apenas numa única pessoa estamos a salvar a Humanidade, assim nunca me importei coma dimensão ou a importância dessas coisas em que tembém eu tenho contribuido com as minhas coisinhas e aquilo que sou capaz de fazer, o que sei fazer. Ora neste blog, neste Largo, aquilo que se pretendeu foi apenas proporcionar a quem nele queira entrar um espaço de conversa, de preferência de troca de ideias educada e civilizada em que as ideias e opiniões são livres e por isso toda e qualquer uma é bem-vinda e isto sem nos termos que preocupar com a concordância ou discordância em relação às mesmas. Como sabes sempre fui pessoa de poucas falas, sempre gostei mais de ouvie e sobretudo de ver. E por isso gosto mais de colocar as perguntas e como acho que tenho um mínimo de competências para submeter um tema à conversa de uma "plateia", não receei correr o risco de tentar e até ao momento, sem falsa modéstia tenho que dizer que o resultado me agrada. Será isto idealismo, ingenuidade? Não penso isso mas também não me preocupa que os outros assim pensem. Para mim a minha consciência sempre foi suficiente.
Vivemos num país com élites mediocres e ignaras em que amiúde se promove a vacuidade e o nível dois da teoria do pensamento como algo de brilhante e aquilo que não podemos deixar acabar é a ideia de que existem alternativas e as pessoas comuns, aquelas de quem essas mesma élites entre nós desdenham com tanta maldade quanto o é inconsciente a ignorância com que o fazem -já reparaste que a coisa mais parecida com a sabedoria é a ignorância? Pois bem, tenho para mim que é isso que estas poucas pessoas que se sentam à sombra das oliveiras desta praça provam. E assim ganhou formato este Largo que espero possa continuar solarengo,mas de sombra fresca e de preferência que se possa continuar a dormir quando assim se pretende sem qualquer preocupação com o forasteiro que passa.
Bela conversa, dirão, mas não faz mal, digo o que penso, a menos que saiba que vou magoar alguem com aquilo que vou dizer ou então que alguém me magoe, a que sempre reajo com a força da expressão e normalmente com um simples virar as costas, pois sempre achei que é a única maneira de manter uma janela aberta por onde o reencontro possa acontecer, uma vez que as palavras muitas vezes criam feridas e barreiras de difícil transposição quando não mesmo intransponíveis.
Bem mas isto chega de conversa que a minha compete-me estar na cabine de som e nada mais. Mas não podia deixar de dizer quanto as tuas palavras me tocam mas são imerecidas -sabes que eu sou uma pessoa comum, do mais vulgar e banal que é possível ser e que nunca deixei de gostar de muito simplesmente viver descansado com os outros e comigo também- pois limitei-me a fazer o que podia e nada mais.
Quanto ao jantar está de pé. Entra no mail do "Atirei..." -está na Secretaria- e deixa-me a tua morada pois assim será mais fácil para combinarmos o dia.
E agora parto que o espaço é mais vosso que meu.
Saúde meu irmão, paz e saúde e como eu costumo dizer, aleluia homem que tens alegria em viver!
Luís Foch
Agora querem ver que estes queriam que se deixassem de fazer negócios?
É sempre a mesma cantiga.
A globalização a que assistimos decorre de leis económicas do capitalismo; a permanente necessidade de novos mercados e fontes de matérias-primas, por parte de um sistema de produção que assenta na mercadoria -produção, troca e consumo- e que por isso tende a crescer até que o esgotamento das fontes de abastecimento e a própria impossibilidade de manter as relações sociais que aí se formam acabe por impor os limites tanto a essa mesma expansão como à própria sociedade em si que, a partir deles, deixará de ter condições de se manter tal como a conhecemos. Basicamente é isto que Marx previu no século XIX e é a esse processo que assistimos nos dias que correm.
Inevitavelmente, assistiremos a revoluções e guerras de onde sairá o futuro.
Preparem-se.
A globalização já é uma realidade. Agora falta a cultura de termos consciência que a nossa casa é o planeta Terra. É uma leitura que podemos extrair desta conversa.
Não querem falar sobre esse aspecto?
Que merda de casa esta que nós construimos. Pensava que a "casa" do Sec.XXI seria um espaço confortável e humanizado. Marx conseguiu prever o advento do Capitalismo caso os homens não conseguissem fazer a revolução. Afinal, a dialéctica da história repetiu-se, sem que os homens nada fizessem em contrário: voltámos a viver numa sociedade selvagem , desumanizada, em que as pessoas aceitam a fatalidade das leis do mercado, como se a economia fosse a única palavra, dogmática e inquestionável sobre a vida neste Planeta.
Meus senhores! Há outra forma de viver que não apenas esta. Para que serviram as lutas de todo o Século XX? Serviram para agora fatalizarmos a ladainha miserável de que temos que continuar a ter ricos muito ricos e pobres cada vez mais pobres? Isto é a globalização? Se um dia perder o emprego ou falir a sua empresa, por causa das leis da concorrência desleal da Capitalismo, qual vai ser a sua opinião? Capitalismo? Bolas pá, isso não. Vamos pensar numa sociedade equilibrada, justa e humanizada. deixem de embarcar nos chavões destes senhores que nos vendem a lógica das leis de Mercado. quem faz estas keis? Eu não sou. São aqueles a quem lhes convém. Para esses e para esta ideologia dominante uma palavra: Bardamerda!
Ass: Anti- maxista, que vomita neo-capitalismos, mascarados de fatalidade, como se tudo tivesse que ser mesmo assim e não pudesse ser doutra forma..
Vá lá, que pessimismos são esses? O mundo já viu isto muitas vezes e, se calhar, momentos de viragem muito mais graves. A guerra nuclear já esteve quase a estoirar numa dúzia de oportunidades e, tenhamos esperança, esse quase há-de repetir-se muitas vezes mais e não há-de ser ultrapassado. Guerras mundiais e locais, tem havido pelo menos uma por geração. O fim do mundo anunciou-se mais ou menos uma vez de cem em cem anos.
E o pobre mundo - quer dizer: nós - lá se vai aguentando, resistindo, conquistando uns milímetros agora, um centímetro logo. Alguma coisa avançámos: não passamos tanta fome como passaram alguns dos nossos avós e já não vivemos em casas de telha vã e chão de terra batida como há cinquenta anos. Os chineses, indianos e tailandezes trabalham desalmadamente, mas já não morrem de fome nem de pestes... e a varíola foi irradicada.
Há globalizações - que porcaria de palavra; porque não inventamos outra? - que me parecem irrecusavelmente boas: a dos antibióticos, por exemplo.
Ninguém se lembra de mais coisas boas que se tenham generalizado mais ou menos?
Por mim, agora, vou dormir sobre o assunto e tentar lembrar-me de um monte de milímetros importantes que caminhámos nos últimos tempos.
Até amanhã e um abraço para todos.
As Intenções e a Realidade
O promessa do mundialismo é o velho sonho de todos os cosmopolistas: Realizar a unidade política do mundo, fazendo dele uma única comunidade humana.
Ninguém imaginaria é que este sonho se tornaria numa exigência económica para a sobrevivência das grandes potências do mundo. O crescimento das suas empresas e o aumento do consumo dos seus habitantes, exigiu a expansão dos seus mercados e das áreas de predação dos recursos existentes no planeta.
Para que isso se tornasse possível, passaram a reclamar em nome de uma prosperidade futura, a abolição dos controlos dos movimentos de capitais, a liberalização dos serviços financeiros transfronteiriços, a eliminação das restrições que limitavam o acesso das empresas estrangeiras aos mercados nacionais.
Os ricos esperavam maior prosperidade e têm-na tido. Aos pobres foi-lhes prometido o paraíso, mas só depois duma fase de tormenta. O que têm tido, é apenas a miséria. A melhoria das condições de vida é cada vez mais uma miragem para a maior parte da população mundial.
Belo artigo de Carlos Fontes sobre este tema em: http://confrontos.no.sapo.pt/page2.html
Eu subscrevo o seu texto amigo jm. Mas cuidado amigos, há uma confusão que não se deve fazer: a pobreza não é consequência directa, ou exclusiva, da globalização do mundo.
É verdade que o fosso entre países ricos e países pobres tem aumentado nesta recente conjuntura económica. Mas também será verdade que nunca a democratização do mundo foi tão grande, o que também significa que o ideal de uma distribuição mais igualitária das riquezas mundiais, das ajudas ao desenvolvimento, do apoio nas grandes crises, é agora mais efectivo que nunca.
Mas qual o melhor caminho para a erradicação da pobreza, ou pelo menos de uma diminuição significativa dos elevados níveis de pobreza?
E, simultaneamente, quais são as vantagens de não ter excessivos bens materiais como é tão típico das classes média/alta de hoje?
Vivam todos!
Para os que participaram nesta conversa o nosso melhor bem-hajam. Mais uma vez temos que reconhecer que todo o mérito do interesse, para quem nos visite como leitor, que este sítio possa eventualmente ter, cabe, por inteiro, a vocês e só a vocês. A nossa gratidão é pois e sempre, infinita.
Desde já os convidamos para o tema que em seguida lançaremos para esta quinzena e que espera seja do vosso agrado.
Um grandessíssimo viva para toodos vós.
ARTE NA ERA GLOBAL
Globalização mais que uma simples palavra... – Dentro de um universo tão vasto a palavra globalização aparece apenas para se falar de economia, mas ao analisar diversos artigos sobre o assunto, observei vários pontos que me levam as seguintes indagações: será que a globalização é apenas economia? Será que as bases da verdadeira globalização estão lançadas? Que projetos existem? Que idéias e vantagem um mero cidadão do mundo pode tirar? Dentre tudo que foi possível compreender cheguei a esta conclusão: a globalização existe, mas não há bases sólidas nem suportes para que ela beneficie todos. Após um estudo minucioso sobre os aspectos positivos e negativos da globalização, decidi escrever sobre a parte que nos atinge de forma plural e não singular como ela é economicamente tratada, de forma que a humanidade fique esclarecida e acredite que ela é mais do que um monopólio de interesses econômicos, com o intuito de deixar um legado às gerações futuras e de forma que a era da globalização não se resuma a meras palavras tais como o capitalismo centralizado, existente somente nas mãos dos poderosos que detêm o “poder”. Estou convencido e acredito que se existir uma base tanto de nível econômico quanto cultural e social, a globalização passará a ser mais significativa para todas as pessoas dentro de um curto período de tempo, pois é inegável que atingimos uma nova era, mas que estamos alheios a ela por nos manterem a parte e excluídos através dos aparelhos ideológicos de estado. Não estou convencido que a globalização pertença somente aos magistrados e potestades, acredito e tenho plena consciência que ela pertence a todos e que todos podem usufruir dela como um bem precioso a todos os níveis.
A minha idéia é simples: reunir, conectar e nunca dispersar ou individualizar e para isso é necessário reunir um todo em todos de forma a dar corpo, forma e alma a algo que ate então é apenas uma palavra abstrata para a maioria das pessoas. O monopólio globalizado como padrão econômico, existe desde o século XIV entre os paises dominantes e que atualmente se encontra na mão do grupo denominado como G7.
Sendo assim, se considerarmos não só o aspecto econômico como também o social e cultural de forma global, levando em consideração as necessidades de todos, temos a possibilidade de descentralizar essa idéia abstrata e transforma-la em algo verdadeiramente real e plausível, pois a palavra globalização é uma das palavras mais atuais que existe e que provocam contestação a nível mundial. Tudo porque não existe um discurso positivo que edifique e traga mudanças para todos os povos. Este é apenas o principio de uma nova forma de pensamento global que nos leva a pensar e avançar rumo a um futuro bem próximo, que é inegável quando se esta bem à frente.
Certamente o bom senso e o intelecto de cada um os levará a solidificar esta idéia, unificando os a esse movimento que nos leva a uma nova era que não podemos ignorar. Estou convencido que se partirmos do principio que se a palavra globalização for vista de forma positiva, passara a ser aceita e compreendida, pois quando, a principio, Karl Marx deu corpo e forma ao pensamento coletivo o povo saiu à rua e a primeira greve aconteceu, abrindo assim caminho para a democracia. A minha idéia é seguinte: abrir caminho para a globalização no sentido amplo da palavra, de forma que ela chegue ao alcance de todos.
Os artistas plásticos, a meu ver, têm que acompanhar este mesmo progresso para que possam obter mais facilidade de divulgação de suas idéias, trazendo com isso mais conhecimento a nível cultural para todas as casas, já que a humanidade, muitas vezes, não tem tempo para sair e ir ao encontro da arte. Convido assim, todos os artísticos a se unirem em uma só causa: a divulgação da arte pela arte via internete, mas dentro de uma linha que proporcione e devolva aos demais o gosto pelas artes. Agora gostaria de deixar bem claro que todas as formas de artes são bem vindas, já que o que realmente importa é a mensagem que cada um dos artistas tem para transmitir. Seja bem vindo ao século XXI, à era da globalização! Bem vindo ao movimento dos GLOBALISTAS.
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Um dia as gerações futuras saberão que na entrada do séc. XXI, no meio do nada, a voz dos Globalistas surgiu para de novo fazer despertar arte.
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Miguel Westerberg
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