2007-04-29

UM BRINDE À LIBERDADE E À ALEGRIA

Há trinta e três anos viveu-se, por esta altura, a semana que mediou entre o dia vinte e cinco de Abril com a queda do Estado Novo e o dia primeiro de Maio, talvez a semana de maior unanimidade a que alguma vez se assistiu em Portugal.
O derrube do salazarismo abriu uma porta de esperança que se traduziu numa rua em que era vulgar escutar buzinadelas acompanhadas de braços fora da janela com os dedos em v de vitória, a vitória sobre o medo e o ultraje de um regime que amesquinhava os portugueses e os remetia para uma menoridade cívica de que toda aquela alegria festejava o fim.
Hoje, passados todos estes anos, sendo já pais aqueles que nasceram depois desse dia maravilhoso, muito há de questionável na sociedade portuguesa mas é indiscutível que os portugueses vivem melhor e, apesar de tudo, com a liberdade a que então jamais tiveram acesso.
Pois bem, seja como for é este um tempo de festa e um período em que temos fortes motivos para nos orgulharmos de ser quem somos. Por isso mesmo, aquilo que lhe pedimos é muito simples. Vamos falar do que também temos de positivo e é muito.
Pedimos aos amigos que nos indiquem três coisas boas do nosso país. Nem é preciso que desenvolvam as ideias, bastará que enumerem, mas se a partir daí quiserem dizer mais qualquer coisa, esta humilde praça de oliveiras é vossa e em ela se fala livremente.
Vamos lá então, três coisas boas em Portugal.
Desde já agradecemos a vossa presença, bem como a generosidade e inteligência das vossas palavras.

50 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Portugal tem muita coisa boa, não apenas três. Entre todas destaco o povo que, ao contrário do provérbio, merecia umas élites melhores, mais sérias, menos corruptas e naturalmente mais sabedoras, isto é, verdadeiras élites sociais e culturais e não bandos manifestamente cleptómanos.

Zara Malacuto

12:47  
Blogger foryou said...

Thinking blogger award:
"(...)aqui estão cinco blogs que gosto e me fazem pensar:
no largo da graça , um espaço de debate, diálogo, partilha, de temas sempre actuais."

O meu obrigada desejando que aceite

19:22  
Blogger no largo da graça said...

Viva "foryou", seja benvinda a esta humilde praça de oliveiras onde há uma sombra brilhando só para te dizer que te quer para ela e assim possas voltar e conversares com os amigos que têm hábito dizer de sua justiça a respeito dos temas para que os temos convidado.
Muito obrigada pelas tuas palavras que são tão bonitas como o sítio de onde vens e, por isso, o nosso maior desejo é que voltes muitas mais vezes e já que dizes gostar desta praça humilde mas livre, entres nas conversas que aqui têm lugar.
Mas posso fazer-te duas perguntas:
Que queres que eu aceite? Que digas que este está entre cinco blogs que achas interessantes? Se é isso, mais que aceitar, ficaremos encantados, se bem que o mérito dessa tua escolha tenha que ser atribuido aos amigos que aqui comentam pois é deles o mérito do interesse que aqui se possa encontrar.
E já agora,não quererás mesmo destacar três coisas positivas em Portugal?
Bem-hajas pois pelas tuas palavras, "foryou" e esperamos que voltes com o teu brilho para nos encantar. Tudo de bom para ti

Luís F. de A. Gomes

20:20  
Blogger CIDE said...

Venho aqui para atirar mais um Pau. Desta vez, não para o Gato, nem para o rato. Um Pau, apenas um Pau crítico e reflexivo. Sou do MFI e à cabeça apenas me surgem perguntas e mais perguntas.
Depois do Vosso repto, pensei, pensei... perguntei e perguntei: que três coisas boas poderia indicar para fazer o elogio a Portugal? Pensei e não encontrei. Será falha minha? Mais do que certo!? Ao perguntar-me (como português)sobre o que há de bom no meu pais, não poderia deixar passar a minha mediocridade. O que é que isto quer dizer? Para melhor me explicar recorro a uma afirmação brilhante de Rui Zink (mais ou menos assim):cada português olha para o outro com um mentiroso ou pretensioso, considerando-se a si próprio um incompreendido e sub-aproveitado, deslocando para os outros todos os males do se pais. O sucesso dos outros, decerto não foi merecido; antecipam-se estórias de que houve cunhas e outros facilitismos.
O Inferno são sempre os outros e não a sua pessoa.
Neste sentido e depois desta reflexão, penso que pelo menos encontro uma incomensurável qualidade lusitana: o português, ao contrário do que se pensa, tem uma auto-estima maior que si próprio.
O que está mal é o Pais. Cada um de nós é bom, correcto e inquestionável em tudo o que faz.

20:47  
Anonymous Anónimo said...

Três coisas boas? Humumumumumuumum... Deixa cá ver... Três coisas... Três... Humumumumumumumumm... Deixa-me cá pensar... Humumumumumumum. Três coisas para quê?

23:41  
Blogger CORRE PÉ said...

Este comentário foi removido pelo autor.

00:17  
Blogger CORRE PÉ said...

1º nós
1ºa fado
1ºb vinho
1º+a+b=o fado é que induca e o vinho é que instroi(peço desculpa por outras interpretações que possam advir)....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................2º O quinto império que está a emergir
3º falamos depois

00:26  
Anonymous Anónimo said...

1. Bonitas paisagens;
2. bonitas praias;
3. bom clima.

07:29  
Blogger mac said...

3 coisas boas? Está dificil...Vamos lá ver:
1º O nosso espírito inventivo (e não me refiro a inventar desculpas ou inventar números para preencher o IRS. É mesmo aquele espírito para inventar coisas, tipo Prof.Pardal). Só é pena depois ninguém investir no registo das patentes, mas isso é outra história.
2º A capacidade de rirmos de nós próprios. Estamos tão na mó de baixo, que o melhor remédio é rir, e somos um povo que consegue rir das suas próprias besteiras.
3º A nossa solidariedade. Quando há desgraças mundiais, e pede-se 1 donativo, o povo português ainda consegue ser generoso.

11:48  
Blogger Joaquim Nobre (JJ©N) said...

Está mais que provado que temos não 3 coisas, mas tudo de BOM
neste país!!!
Mas:

1- Ignoramo-las
2- Não lhe atribuímos valor
3- Não as aproveitamos

................................

15:12  
Anonymous Anónimo said...

A este propósito veja o excelente texto de Nicolau Santos, Vice-Director do Expresso, na Revista Exportar.

http://ceav.blogspot.com/2007/04/portugal-vale-pena.html

16:37  
Anonymous Anónimo said...

No comentário anterior faltou dizer que para ir ao endereço referido basta clicar em luis santos!

16:42  
Anonymous Anónimo said...

Sendo que, as questões colocadas sobre o comentário lá de cima já foram respondidas, passo agora a enumerar 3 pontos que considero positivos no nosso país:

- a liberdade conquistada de poder criticar, sem por isso, ver a minha casa revirada do avesso, ser presa e torturada. Talvez ainda não seja uma liberdade completa, afinal temos ainda muito que aprender. Mas já é algo de positivo.

- Boas equipas de investigação na área educacional. É verdade que muitos dos resultados não são depois devidamente divulgados e aproveitados, mas lá chegaremos.

- A melhor qualidade na produção de calçado na Europa.

- Um belo clima aliado a paisagens naturais soberbas e registos históricos, capazes de contribuir para a economia do país, se forem bem aproveitados a nível de turismo.

- Uma das melhores produções vinícolas.

- Uma excelente equipa de investigação na área da oncologia, que tem obtido resultados positivos.

Ah desculpa eram só três. É que o nosso país ao contrário do que muitas vezes parecemos fazer crer, não tem só coisas más. Ainda que essas, naturalmente, sejam as que mais nos incomodam.

17:50  
Anonymous Anónimo said...

1- O melhor sol que dá para a melhor das costas.

2- A melhor Língua que dá para o melhor dos Céus.

3- Dos melhores profetas que dá para o melhor dos sonhos.

...e é tudo do melhor porque sendo nosso é também dos outros.

14:06  
Anonymous Anónimo said...

1. Os políticos mais sérios do mundo.
2. Os empresários mais sérios do mundo.
3. Os jornalistas mais sérios do mundo.
4. O estado de direito mais sério do mundo.
5. A fiscalidade mais séria do mundo.
6. O povo mais paciente do mundo.

00:47  
Anonymous Anónimo said...

É com satisfação que, decorridos que foram, mais de trinta anos reencontrei o então aspirante a Poeta desses tempos que Abril fez cantar,e revejo nos teus escritos algo que ainda perdura na memória das pessoas que viveram essa madrugada glorisosa que devolveu ao povo português a essência do seu ser...LIBERDADE!...Esses ideais continuam vivos e tal como então,espero que as palavras e as cantigas continuem a ser uma arma...Continua porque acima de tudo a liberdade de expressão e pensamento continua a ser apanágio das pessoas de mente limpa!...http://filhodovento2006.blogspot.com

14:42  
Blogger no largo da graça said...

É isso "foryou", nós temos muito mais que três coisas positivas e é bom que tenhamos consciência disso, pois não estamos condenados à pequenez em que muitos nos pretendem ver e fazer sentir, vamos lá saber porquê, não é assim? Enfim...
Mas mais uma vez oobrigada pela visita e os votos para que o regresso passe a habitual para que esta humilde praça de oliveiras não só fique mais bonita, sobretudo mais interessante pela luz dos seus pontos de vista.
Um bom fim-de-semana para a "foryou" e todos aqueles a quem quer bem.
Luís F. de A. Gomes

14:49  
Blogger no largo da graça said...

Viva meu querido amigo, Carlos Thiéne que eu não via há trinta anos e que tão bem soube reencontrar e ver em boa saúde e condição, mas sobretudo com o mesmo apego pela liberdade e o mesmo coração aberto para a vida de quem sempre foi um filho do vento e por isso palmilha o mundo com mente aberta e a mesma vontade de sempre de viver com a espinha direita e a cabeça levantada, bem levantada.
Meu companheiro de sonhos e jornadas, então já certeza do poeta que uma alma grande gerou, sejam muitíssimo benvindo a esta humilde mas livre praça de oliveiras que só pode ficar mais rica com a presença de alguém como tu. Rogo para que a visita passe a ser habitual e que partilhes os teus pontos de vista com os amigos que afinal são responsáveis pelos méritos que este sítio possa ter.
Um grande abraço para ti meu querido amigo, de seguida visitarei a tua casa para te agradecer a presença e as palavras. Tudo de bom para ti e todos os teus.

Luís Foch

14:58  
Blogger no largo da graça said...

PS
Inexplicavelmente o comentário chegou ao mail mas não saíu no blog. Em conformidade, copiei-o para este espaço e embora por isso mesmo não apareça com a chancela do blog, agimos como se tal tivesse acontecido.
Para ti,companheiro, as minhas desculpas pelo sucedido cuja causa desconheço e cuja responsabilidade não posso reconhecer.
Aquele abraço,

Luís Foch

15:02  
Anonymous Anónimo said...

Riquezas naturais, muita riqueza humana e razoável paz social.

15:12  
Anonymous Anónimo said...

Haverão muitas mais coisas positivas em Portugal, mas como nos são pedidas apnas três, destacarei, o povo, os recursos que nos permitem especializações nos mercados mundiais e a ausência de problemas de língua, nacionalidades e outros do género que existem em ou outros países, nomeadamente aqui ao lado, em Espanha.
Boa semana para todos.

17:17  
Anonymous Anónimo said...

O povo, claro, a geografia, como não podia deixar de ser e... Como há tantas mais, acrescentarei apenas... "No Largo da Graça". Pode ser?

17:53  
Anonymous Anónimo said...

Indústrias de tecnologia de ponta que competem no mercado mundial e contribuem para aumentar as exportações da nossa economia.
A investigação científica em áreas como a oncologia e a genética que nos colocam ao nível do melhor que se faz no mundo.
A tolerância que se vive em Portugal, apesar de todos os problemas existentes e de tudo o que de negativo os media vão destacando para aumentarem os índices de vendas e audiências.

Zara Malacuto

17:58  
Blogger foryou said...

E pelo que leio... parece que temos muita coisa boa afinal :)


Deixo um beijo

19:30  
Anonymous Anónimo said...

Há muitas coisas boas.

Investigação científica de primeiro nível o que é tanto mais brilhante se atendermos ao facto que os sucessivos Governos, desde setenta e quatro, nunca apostaram a sério no ensino e na investigação.

Empresários que inovam, exportam para os mercados mundiais e estão entre osmelhores a nível mundial.

No campo da cultura, nomes de reconhecido recorte mundial em múltiplas áreas, como por exemplo na música, Dulce Pontes ou os Madredeus ou na literatura, José Saramago.

Uma boa semana para todos.

23:35  
Anonymous Anónimo said...

Sol, sombra e toiros.

23:54  
Anonymous Anónimo said...

Sol, sombra e toiros.

23:55  
Anonymous Anónimo said...

Vocês já repararam num pequeno pormenor? Afinal se não houvessem tantas coisas boas como é que o país poderia aguentar todo o circo em que temos vivido especialmente desde noventa e quatro para cá? Alguém tem que produzir e pagar impostos, não é verdade?

00:30  
Anonymous Anónimo said...

E como é que está o MFI, se me é permitido perguntar?

00:31  
Anonymous Anónimo said...

Bem, caro Paulo, devo dizer-lhe que o Movimento das Forças Interrogativas (MFI) está bem e recomenda-se. Neste momento aceita encomenda de t-shirts e, talvez, venha a ter, ainda não se sabe, uma marca de vinho de boa qualidade na próxima estação vinícola. Mas como o Movimento é livre em si próprio, e não tem estatutos, nem marca registada (por enquanto), logo, é de quem o agarrar. Quer dizer, de quem tiver boas ideias para lhe dar corpo. Se procurar com atenção tem notícias do MFI nos seguintes blogues:

- Casa de Estudos ( http://ceav.blogspot.com )

- Estórias de Alhos Vedros ( http://estoriasdeoutrosvelhos.blogspot.com )

- Entre-tanto o Mundo ( http://opelourinho.blogspot.com )

- Corre Pé (http:correpe.blogspot.com )

Bem, se por acaso se cruzar por aí com o MFI, diga, porque também estamos deveras interessados.

grande abraço,

15:22  
Blogger CIDE said...

O MFI está por aqui!
O MFI não desiste, o MFI resiste!

O MFI está em movimento, nem precisa de Regimento!

Caro amigo Paulo,
ilustre visitante deste magnífico Blog, o Blog do Pau, aqui vão umas palavras sobre o MFI.

Estamos e continuamos em movimento, em acção, a ponderar uma intervenção sólida e séria. Somos um Movimento aberto, cívico e apartidário.
Estamos apenas à espera de uma oportunidade de "aparecer", porque já existimos. Ou seja, "Ser", já somos; apenas nos falta "aparecer".

Em breve, num dos Blogs, referidos pelo Sr. Carlos alves, vamos lançar o primeiro repto aos cibernautas libertários e perguntadores. para já estamos numa fase de marketing, numa pausa meditativa, a prospectivar o futuro deste grande movimento.

Alías, quem resiste a uma bos pergunta? NINGUÉM!
É verdade ou não que quem pergunta sempre alcança? ÓBVIO!

AS PERGUNTAS SÃO AS PORTAS DO FUTURO! AS BOAS PERGUNTAS SÃO O CAMINHO PARA A VERDADE!

Junta-se a nós para perguntar e descobrir a verdade, sem se iludir.

CONTRA UM MUNDO DE APARÊNCIAS.
PELA ROTA DA VERDADE, O MFI E´MEIO CAMINHO PARA A LIBERDADE!

Luís Mourinha
(MFI CONVICTO)

22:52  
Anonymous Anónimo said...

O melhor que Portugal tem
são os pastéis de Belém.

22:55  
Blogger CIDE said...

Sim é verdade e justiça se faça: as mulheres portuguesas continuam bonitas! são provavelmente as melhores do Mundo.
São elas e as Cervejas!
Não interessa a ordem de importância, mas ambas conseguem rivalizar e manter-se no TOP das melhores "coisas" de Portugal

Dialógico

22:56  
Blogger CIDE said...

Pasteis??? Porra! só mesmo os de Belém!

22:57  
Blogger Crystalzinho said...

Consigo lembrar-me de bem mais que três coisas que Portugal tem de bom.
Apesar de tudo e dos maus tratos que tem sofrido por parte dos seus governantes, este cantinho à beira mar plantado ainda é o paraíso onde gosto de viver:

1 – Temos um povo encantador;
2 – Um sol maravilhoso;
3 – Algumas das praias mais belas que já vi (e já vi muitas);
4 – Ainda podemos andar tranquilamente na rua sem medo de que alguém nos faça mal;

Temos tendência para achar que tudo o que temos é mau, o certo é que existem algumas coisas que estão muito mal mas, se olharmos bem, se conhecermos a realidade dos outros países, apercebemo-nos que temos outras muito melhores do que os outros.

Também é da nossa responsabilidade alterar, ou alertar, para o que está mal. Não devemos ficar calados, não devemos aceitar tudo. Todos juntos somos muitos, e podemos melhorar este tão belo país.

Beijos

23:07  
Anonymous Anónimo said...

Mulheres bonitas, mulheres bonitas e mais mulheres bonitas.

22:01  
Anonymous Anónimo said...

Como andam para aí a falar em perguntas incómodas e como me parece que a Srª. Zara Malacuto acertou em cheio na razão por que Portugal tem a pior perfomance da UE -a corrupção que se vê por aí seria impossível com outras élites económicas, sociais e culturais- aqui deixo umas perguntinhas de algibeira:
Como explicar que o desdém que certa opinião publicada tem pela aposta na educação que nunca chegou a ser real no Portugal que se seguiu à queda do salazarismo?
Ignorância? Incapacidade de elaborar pensamentos complexos? Medo de perder o lugar ao Sol?

Boa semana para todos.

23:25  
Anonymous Anónimo said...

E quanto às coisas boas já aqui falaram de tantas que faço minhas as vossas palavras.

Cumprimentos

23:26  
Blogger Francis said...

caro luis,

gostaria de dizer, como o sergio saraiva, que a zara malacuto acertou em cheio, tirando o costumeiro sol e optima costa.

um abraco.

08:25  
Anonymous Anónimo said...

Tentemos organizar uma expo de figuras, figurinhas e figurões e vão ver que no fim Portugal ficará conhecido pelo nome de Casa dos Horrores com o que talvez tenha futuro na Disneylândia.
Isaltino; Avelino, Valentim, Nuno Cardoso e Jardim; Pedroso, Pinto da Costa e o vice de Lisboa; Fernando Gomes, Carmona, Miguel S. Tavares e a Elsa das anedotas.
Estes não são os onze magníficos, são apenas um exemplo de um onze possível, mas há mais, muito mais, muitíssimo mais, a começar nos Belmiros e a acabar nos Salgados e o povo que trabalhe, aperte o cinto e pague impostos que é para os artistas continuarem a meter... O pé no palco. E depois digam que não gostam do espectáculo que os Pulidos e os Pachecos deste mundo escreverão crónicas a dizerem que vocês são uma cambada de invejosos.

10:32  
Anonymous Anónimo said...

É muito bom que comecemos a apontar os bois pelos nomes e a verdade é que o principal obstáculo ao desenvolvimento do país e à possibilidade de vivermos numa terra decente é a corrupção em que as élites políticas, económicas, sobretudo estas, mas também as élites sociais e culturais têm vivido.
Ainda no Domingo saíu no "Público" a crónica de António Barreto em que este terminava com o desencanto de vivermos num oaís de patos-bravos. Triste perspicácia aquela que a falta de coragem impõe. Será que são os pequenos construtores que têm conseguido impôr toda uma lógica corrupta no nosso país? Então e a banca? Alguém já reparou que a banca em Portugal vive essencialmente dos negócios imobiliários? E as grandes construtoras e os grandes grupos económicos? Não é afinal de projectos de resorts e condomínios fechados, obras púbicas sempre em derrapagem e de qualidade e utilidade questionáveis que esse pessoal vive?
Vamos começar a fazer perguntas incómodas e vamos começar a desmascarar todos aqueles que vão dando cobertura a este estado de coisas.
Há que daro devido destaque aos palhaços que afinal nos cobram o coiro e o cabelo por este triste espectáculo.
Não concordam?

12:10  
Anonymous Anónimo said...

Caríssimo Armando Coelho, estou absolutamente consigo nessa das perguntas incómodas que ajudem o nosso país a ser só de coisas boas. E por falar em patos bravos, aproveitando também as figurinhas de que nos fala esse português muito descontente, lá vão duas interrogacõezinhas:

1- Quem é que alimenta os "patos-bravos" que refere o António Barreto?

2- Quem é que alimenta as figuras, figurinhas e figueirões?

Viva o Movimento das Forças Interrogativas.

Carlos Alves

16:21  
Anonymous Anónimo said...

A vida é bela, os homens é que a estragam.

21:41  
Anonymous Anónimo said...

A gastronomia portuguesa é a melhor que a Europa tem e é pena que andemos a substitui-la pela fast food dos centros comerciais.
As paisagens lindíssimas e muitíssimo variadas se atendermos à pequena dimensão do nosso país e que os poderes tanto se esforçam por destruir.
Uma cultura riquíssima, tanto em termos da arte, como na literatura e na música, por exemplo que tanto nos habituamos a desvalorizar e quem de direito jamais pensou em promover a sério.
Assim, damos fumos e fumaradas com peixe mal assado no Algarve para o inglês alagostado comer, especialmente por nunca ter sabido o que é peixinho fresco na vida; deixamos as individualidades, amigos, clientes e aqueles que têm o poder de um telefonema construirem nas dunas, nos domínios públicos marítimos e nas reservas agrícolas e a Rosa Lobato Faria é uma escritora de alto gabarito, o Abrunhosa tem direito a filme enquanto génio musical e como não conheço pintores com o cartão presumo que devem ser raros ou pelo menos mais discretos.

17:41  
Anonymous Anónimo said...

Chamo a atenção para um artigo de Paulo Varela Gomes, no Público, de hoje. São dele as seguintes palavras:
"Lisboa é o único património genuinamente mundial exustente em Portugal. Há pouquíssimas cidades que, simbolicamente, pertençam ao mundo inteiro. Portugal tem a sorte incrível, construida na história, de contar com uma."
Isto tem a ver com a conversa que aqui decorre; parece-me que é uma coisa positiva que ainda não foi referida.
De resto, aquele é um texto certeiro para se perceber os prblemas que atrofiam aquela cidade,mas pelo efeito do espelho, também deste nosso país, de uma maneira geral.

22:06  
Anonymous Anónimo said...

Li e gostei. Vamos a ver o que vai acontecer em torno de Helena Roseta.
Manuel Alegre uniu um certo eleitorado em torno da sua candidatura presidencial. Será que na capital se poderá reeditar aquela proeza?
Poderemos ver ali os alicerces de um novo movimento político que teria tudo a ganhar se, em termos da vida partidária, funcionasse a partir de uma outra lógica capaz de obstruir e não ceder à partidocracia que atrofia o nosso sistema político.
Será possível? Sinceramente não sei, mas sei que só nos resta a esperança. O estado de coisas actual só nos pode conduzir ao desastre de virmos a ser uma espécie de Argentina na Europa, com os problemas de explosão social relacionados com a miséria que caracterizam o Brasil e tudo o que de inenarrável vemos na Tailândia. Impossível? Eu não pagaria para ver.
Bom fim de semana.

00:30  
Anonymous Anónimo said...

Sr Wolf, este comentário foi a respeito do artigo de opinião que nos convidou a ler.

Cumprimentos

00:32  
Anonymous Anónimo said...

Rudy, és o meu herói.

Mas o artigo do Paulo Varela Gomes chama indirectamente a atenção para outro facto facto positivo da nossa cultura que não exploramos devidamente. A nossa história, o nosso papel de primeiríssima linha na construção deste mundo moderno em que vivemos.
Se é verdade que para o continente americano faz sentido falar num antes e depois da presença dos europeus e se as Academias de História designam esse ponto de ruptura com antes e pós Colombo, a América Pré-Colombiana é termo corrente para um estudante destas matérias, faria muito mais sentido falarmos de um mundo anterior e posterior à viagem de Vasco da Gama, pois foi a partir daí que foi possível unificar o mundo através das rotas marítimas. Aliás, esse foi o salto decisivo em direcção à globalização que hoje tanto nos preocupa e tanta tinta faz correr.
Ora os poderes nestes últimos trinta anos jamais compreenderam que isso tem valor no mercado mundial justamente por constituir um factr que mais ninguém tem, a não ser a vizinha Espanha e ali sabe-se explorar o fenómeno. Pode gerar riqueza material directa e indirectamente e seguramente contribuir para a elevação dos níveis culturais e até científicos entre a população activa portuguesa.
Mas temos andado a brincar e o que se tem feito nesta última década não passou de folclore ou pouco mais vai além disso.

Mas que aí temos uma outra coisa positiva a que não damos o devido valor, lá isso é verdade.

Zara Malacuto

16:59  
Anonymous Anónimo said...

Tal e qual Zarita e não por acaso e até emblematicamente, restaram duas unidades de grande relevo e valor da Expo 98, o Oceanário e o Museu da Ciência, e de resto, para além de um espaço e lazer magnífico, tudo não passou de um grande negócio imobiliário e como se isso fosse de somenos, a cereja final ali está na forma de um Casino justamente num espaço que poderia ser identificado como um dos polos culturais de interesse turístico na cidade.

11:22  
Blogger no largo da graça said...

Mais uma vez aqui venho para lhes agradecer as visitas e as palavras plenamente responsáveis pelo interesse que esta humilde praça de oliveiras possa ter.
Neste caso particular, aproveito para mais uma vez lhes atribuir todo o mérito do destaque que a "foryou" nos deu. A minha dívida para com todos vós sempre será infinita.
Como é hábito, aproveito para os convidar para a conversa da proóxima quinzena que apresentaremos mais logo.

O melhor que haja nesta vida para todos vós,

Luís F. de A. Gomes

16:27  

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