2007-05-13

DA RUA ATÉ AO LARGO

Na semana passada, em Lisboa e no Porto, houve quem se tenha manifestado pela liberalização do consumo de drogas ligeiras, especificamente aquelas que genericamente podemos designar por ervas.
A medicina parece estar muito longe de um consenso quanto as malefícios em termos de saúde. Contudo, é aceite que estes não irão além daqueles que o consumo de álcool provoca no organismo.
Também quanto às consequências em termos do aumento dos níveis de consumo e do número de pessoas que consomem, não existem estudos suficientes que empiricamente permitam sustentar grandes afirmações num sentido ou noutro. A verdade é que há países em que essa tolerância legal existe e nada indica que por isso tenha passado a haver maiores problemas daí decorrentes e associadas aos proibicionismos surgem as redes de comércio ilícito em que se sustentam máfias poderosas.
Perante a repórter do jornal “Público”, alguém defendeu que os consumidores de cannabis são pessoas como as outras, não precisando viver no sub-mundo e também por isso muitos saíram à rua exigindo “direitos de igualdade”.
E vocês o que acham deste assunto?
Legalizar, manter a repressão penal, qual o caminho mais certo?
Há receitas ou teremos que admitir que em cada país se pode encontrar a melhor solução que não tem que ser necessariamente igual à de outro qualquer?
Como se poderia proceder à produção que necessariamente teria que alimentar a oferta que se apresentaria no mercado? Através das trocas internacionais ou por via de uma qualquer forma de produção local?
E no que respeita ao comércio, onde se venderiam tais substâncias?
Faz sentido falar em legalização em nome do quê? Da dignidade dos consumidores ou deveremos considerar essas pessoas como de alguma forma imaturas e até irresponsáveis? Ou faz sentido defender a legalização com os benefícios fiscais que o estado retiraria dessa actividade?
Sabemos que o tema é complicado e pode até levar a uma exposição que de modo algum queiramos ter. Seja como for, alguém o levou para a rua no passado fim-de-semana e o mesmo tem sido levantado um tanto demagogicamente por organizações partidárias da juventude em períodos de campanha eleitoral. É este o momento certo e um local apropriado para uma conversa serena.
O que é que vocês pensam sobre estas matérias?
Desde já os nossos melhores agradecimentos pelas vossas presenças e palavras e o desejo que a troca de impressões volte a ser do vosso e do agrado daqueles que nos visitam.
O mérito será vosso.

67 Comments:

Anonymous Anónimo said...

como em tudo, se soubessemos ser equilibrados penso que o problemas seriam rápidamente ultrapassados

Um dos problemas que pode surgir, terá a ver com a mentalidade (infelizmente) do nosso povo - é permitido, fazemos incondicionalmente!

De qualquer forma não entendo o porquê da não liberalização...

um beijo

Inês

12:07  
Anonymous Anónimo said...

Não me parece que a marijuana seja mais prejudicial que o alcool e muito menos que aqueles que a tenham consumido possam se rapontados por isso, mais do que muita gente alcoólica que por aí anda.
Pessoalmente não vejo que sejam necessários aditivos para se fazer o que quer que seja, mas não me incomoda que alguém fume essas ervas, desde que por isso não venha a constituir-se num fardo para a sociedade. Seja como for, este último reparo, aplica-se ao alcool.
Despenalizar completamente sem liberalizar o comércio, também não me parece que seja uma boa escolha.
Sinceramente, não tenho opinião muito bem formada sobre estas matérias. Espero ler os outros comentadores.
Boa semana para todos.

13:00  
Anonymous Anónimo said...

Ainda ninguém me explicou que mal é que tem fumar um charro.

13:06  
Blogger Hainnish said...

O consumo de cannabis é, em grande parte, um ritual social. A “malta” junta-se, bebe uns copos e fuma uns charros. Faz parte. Mas, na maioria dos casos, é um ritual associado à noite e aos copos, ao fim de semana e às férias. Não é um hábito solitário ou um vício diário (note-se que há excepções, mas também o há com o álcool, por exemplo). No que respeita à habituação e à dependência, o tabaco parece ser muito mais danoso que a cannabis.

Quanto à proibição versus legalização: não vos parece que o fruto proibido é sempre mais apetecido, especialmente se falamos de um público alvo de adolescentes e jovens adultos, por natureza a camada mais rebelde e dada a emoções fortes da sociedade? Não seria mais produtivo termos cannabis legal, com controlo de qualidade, vendida e consumida em sítios decentes e não em vãos de escada manhosos?

Outra questão se me coloca, enquanto penso e escrevo este comentário: mais que saber se se deve ou não liberalizar o consumo da cannabis, não deveremos perguntar se existe legitimidade para a proibir? Se é um hábito/comportamento individual, se não prejudica terceiros, se não está provado nem é unânime que prejudique o próprio mais do que o álcool ou o tabaco, que são de venda livre... haverá legitimidade na proibição?

Um abraço.

15:11  
Anonymous Anónimo said...

Vai ser complicado legalizar a cannabis quando se anda a proibir fumar por tudo o que é sítio.

São várias as quesões que puzeste, vamos lá a ver se consigo responder, em poucas linhas:

1 - Legalizava o consumo e a venda da cannabis.
2 - Quanto à produção, para já viria de onde já se faz e mais tarde se houvesse quem a quizesse produzir (privados, que o fizesse.
3 - Vender-se-ia em espécies de cafés, onde além de se vender também se poderia consumir.
4 - Mesmo que os consumidores fossem imaturos ou irresponsáveis têm sempre direito à dignidade.
É evidente que o estado se iria aproveitar para retirar benefícios fiscais.

16:22  
Anonymous Anónimo said...

Só a expressão fumadores de cannabis já tem um peso pejorativo que não faz o menor sentido.
É uma decisão individual e pela qual, no acto do consumo, em si, não deriva mal algum para os outros, tal como escreve a "hainnis" e muito bem, quanto a mim.
É claro o comércio desses produtos ilícitos alimenta um sub-mundo criminoso e nefasto para o mundo em que vivemos. Mas parece-me que isso se passa precisamente por causa das políticas proibicionistas e repressivas.
Não me parece que o consumo ocasional ou não de cannabis implique necessariamente uma escalada no consumo de outras drogas, algumas com consequências muito prejudiciais em termos sociais, como o caso do drama que vemos com muitos heroinómanos pelas ruas das nossas cidades e vilas e até já em aldeias, embora o problema tenha sido atenuado e ande a ser combatido com alguns resultados positivos.
Também concordo com a Marta quanto ao ponto quatro das suas respostas.
Boa semana para todos.

21:02  
Anonymous Anónimo said...

Não tenho opinião formada sobre o assunto. Nunca utilizei tais produtos e nunca tive problemas com isso. Prefiro ler o que os outros participantes têm a dizer. Mas parece-me que por uma questão de bom senso, é de tomar em conta aquilo que a "hainnish" escreveu. Faz sentido aquilo que ela defende.

22:12  
Anonymous Anónimo said...

Afinal aceitamos o consumo do alcool, não é? Não será este mais prejudicial em termos sociais? Não será mais perigoso para saúde?
Sem ter uma opinião formada sobre este problema, pelo que li nos outros comentários, estas parecem-me perguntas que se podem colocar e que talvez ajudem a pensar a questão, não sei.
Beijinhod para todos e um muito especial para o Luís

22:17  
Blogger no largo da graça said...

Seja benvinda Marta a esta praça de oliveiras humilde mas livre e que muito mais bonita e interessante ficou pela beleza de quem vem de uma casa tão encantadora e a inteligência dos pontos de vista que nos oferece. Todos nós ganhamos com a graça de tão bonita presença e só podemos agradecer uma tal maravilha.
Escolha pois uma das ombras que será a sua para que aqui volte muitas mais vezes para que possamos receber o presente de uma visita tão graciosa.
Paz e saúde para a Marta e todos aqueles que lhe são queridos.

Luís F. de A. Gomes

22:38  
Anonymous Anónimo said...

Eu sou contra. Dantes não havia cá destas coisas e era melhor.

23:51  
Anonymous Anónimo said...

Com tantos elogios, vou passar a vida, cá
:)))

Obrigado Luis

13:02  
Anonymous Anónimo said...

Vocês não acham que a legalização do consumo e do comércio de cannabis atrairia toda a espécie de chungaria para o nosso país? Dessa forma, o crime organizado não poderia fazer daqui uma espécie de rota de trampolim para a entrada de droga ilícita para o mercado europeu?

13:14  
Anonymous Anónimo said...

Nada como experimentar, de forma controlada e ver o que dá. Nestas coisas é preciso o bom senso de decidir com base em dados concretos. Até agora, aquilo que se verifica é que a proibição e a repressão não resolveram o problema.
Cumprimentos para todos.

14:25  
Anonymous Anónimo said...

Embora reconheça que há quem goste, a não ser por motivos médico, não me parece que as drogas sejam precisas para nada e isto, no meu caso pessoal, por uma questão de princípio.
Não julgo ninguém e por isso não julgo quem decida consumir cannabis. Mas admito a razão de ser palavras da "hainnish" e obviamente concordo com a Marta quando diz que aqueles têm sempre direito à dignidade, ainda que também aceite que se possa discutir se dessa maneira não a estarão a diminuir, salvaguardando, no entanto que neste plano entramos num discurso normativo em que dificlmente se distinguirá o bom senso de um olhar totalitário e este sempre é, de todo, reprovável e nunca terá razão de ser.
Mas parece-me que aqui tem sido feita uma comparação um tanto ou quanto abusiva entre o uso do cannábis e o do alcool.
Claro que este vicia e nesse estado é fonte de múltiplos e gravíssimos problemas, quer pessoais, para aqueles que nele se vêem envolvidos, quer em termos sociais dos prejuízos que acarretam para a sociedade de uma maneira geral.
Mas devemos ter em conta o facto de vinho, por exemplo, quando bebido com moderação, fazer parte da roda de alimentos, pelo menos na dieta mediterrânica.
Creio que é pelo facto de o vinho ter sido incorporado na alimentação que jamais alguém pensou em criminalizar o seu consumo no Ocidente. A Lei-Seca, nos Estados Unidos, entre as décadas de vinte e trinta, é uma das excepções que confirmam esta regra.
Pois não me parece que a cannabis esteja numa posição semelhante e por isso me parece que não podemos compará-la com o alcool quando queremos discutir a legalização daquele produto.
Cumprimentos para todos.

Zara Malacuto

16:11  
Anonymous Anónimo said...

O charro é o caleidoscópio dos pobres.

18:01  
Blogger mac said...

Porque não liberalizar? E não só a cannabis...Olhe-se o exemplo da Holanda: não é por as drogas serem legais que há maior consumo. Há muita máfia e mercado negro por trás do mundo da droga, e há quem ganhe muito dinheiro à custa do tráfico desta e da exploração da miséria humana. Assim, este mercado fazer-se-ia às claras, e era 1 forma de acabar com o mercado negro.

20:07  
Anonymous Anónimo said...

A "Mac" levanta um problema delicado. E é conhecida a relação que existe entre os cartéis da droga e as guerrilhas, por exemplo, na Colômbia. Nos idos anos oitenta do século passado, a própria CIA foi acusada de colaborar no tráfico de cocaina para financiar a oposição ao governo sandinista, na Nicarágua. Mais recentemente, até a Al-Qaeda recorre a isso.
Há uma economia paralela e subterrânea a nível mundial que movimenta muito dinheiro e alimenta muitos interesses, às vezes insuspeitos que a protegem e dela se servem para aumentarem os seus poderes. Talvez isso explique a dificuldade em resolver este e outros problemas desta natureza.
Seja como for, a liberalização só em alguns países não acaba com o mercado negro da droga, nem mesmo das chamads ligeiras.
Aqui entram as palavras do Sérgio Saraiva, para dizer que teria que se experimentar de forma controlada e verificar os efeitos positivos e negativos. A partir dai agir-se-ia em conformidade.

21:55  
Blogger no largo da graça said...

Não são elogios, Marta, são tão só palavras sinceras e sentidas e sobretudo, pela sua parte, amplamente merecidas.
Asua presença será sempre motivo de alegria para nós, aqui neste Largo, mas também nas outras janelas do "Atirei o Pau ao Gato", onde a Marta será igualmente benvinda.
O melhor para a Marta

Luís F. de A. Gomes

23:10  
Anonymous Anónimo said...

Sou de outra geração que não teve que se confrontar com estas coisas na rua, como veio a acontecer, especialmente depois de setenta e quatro. Tenho dificuldade em compreender estas matérias e em opinar sobre as mesmas. Por isso me abstenho de tomar uma posição. Quero só chamar a atenção para um pormenor.
Nõ podem pedir a liberalização com base no argumento de que a proibição e a repressão não resolveram o problema. Por aí vão mal, pois exactamente o mesmo argumento se aplicaria a muitas outras situações para as quais tenho dúvidas que muitos de vós quisessem pedir igual liberalização. Estou a lembrar-me da prostituição, por exemplo. Como não se consegue conter, liberalize-se. Não faz sentido argumentar dessa forma e pelo que aqui li, há argumentos bem melhores e mais inteligentes para pedir a liberalização fdo consumo de cannabis de que alguns aqui têm falado.
Os melhores cumprimentos para todos.

13:11  
Blogger Crystalzinho said...

As minhas dúvidas são se uma pessoa que fume um "charro", com o tempo, não venha a ter necessidade de provar drogas mais fortes. As experiências que conheço, bastante degradantes, foi assim que começaram. E as nossas crianças? Terão elas a sabedoria de se ficarem apenas por um "charro"? Qual foi a grande alteração que a liberalização trouxe a paises como a Holanda? Deixaram de existir traficantes a enriquecerem com o negócio da droga? Não me parece.
Tenho muitas dúvidas para poder considerar que a liberalização venha a favorecer alguém por isso, até prova em contrário, a minha opinião é contrária.
Vou ficar atenta a todas as outras opiniões.
Bjs

21:58  
Anonymous Anónimo said...

Concordo com esta última ouvinte.

00:06  
Anonymous Anónimo said...

Não sei se é permitido o diálogo, mas sempre o vou fazer.

Não sei qual a geração da Amélia, mas eu também sou anterior a 74.
Também sou a favor da liberalização da prostituição. Ha veria, pelo menos, mais control sobre doenças e mais informação e ajuda para as/os prostitutas/os.

Cristalzinho, às crianças não se poderia vender droga, como já não se pode vender alcool, penso que, também, tabaco (mas não tenho a certeza).
O que a liberalização trouxe à Holanda foi a possibilidade de dar dignidade a quem consome, e ter maior acesso para ajudar a tratar os mesmos consumidores.
Pensar que proibindo o consumo se consome menos, é um engano.

É evidente que inicialmente, aumenta sempre, mas na Holanda o consumo já baixou para níveis inferiores ao início da liberalização.

as minhas desculpas.

00:08  
Blogger Hainnish said...

Não é de forma nenhuma lícito assumir que os consumidores de cannabis dão o salto para outras drogas, chamadas pesadas. A maioria não o faz. Mais: creio que a maioria dos consumidores de cannabis não podem nem devem ser chamados de viciados. Como já referi atrás, grande parte destes consumidores consomem enquanto acto social, não enquanto vício. E grande parte dos consumidores de cannabis são adolescentes e jovens adultos que deixam de consumir na vida adulta. É algo que se faz aos 20 anos, não aos 30 e muito menos aos 40. É claro que existe o reverso da medalha. Provavelmente os heroinómanos e cocainómanos, por exemplo, terão iniciado a sua ‘carreira’ pela cannabis.

Mas a meu ver, a questão nisto tudo prende-se sempre com o prejuízo para com terceiros: e ele não existe. Não se pode proibir todos os comportamentos potencialmente viciantes. Para além do álcool e do tabaco, já amplamente mencionados, ter-se-ia de proibir inúmeras outras actividades, nomeadamente os casinos e salas de jogo.

Outra questão que aqui ainda não foi abordada: liberalizar, sim, mas em que condições? Se não se pode, por exemplo, guiar sob o efeito do álcool, também não se deverá guiar sob o efeito da cannabis. Também, obviamente, não se poderia vender cannabis a menores. Assim, qualquer processo de liberalização terá de ser muito bem pensado e legislado para que possamos continuar a afirmar que esta é uma actividade sem riscos para terceiros.

Por fim, a legalização em Portugal dificilmente poderá fazer mossa nas redes internacionais de tráfico. Mas uma liberalização mais alargada, por exemplo em toda a UE, se calhar já abalava qualquer coisita.

Um Abraço.

PS – Eu sou a favor da legalização da prostituição. Como diz a Marta, e muito bem, a prostituição está intimamente associada a inúmeros problemas de saúde pública, e a legalização permitiria algum controle sobre isso. Além disso, a(o)s prostitutas(os) têm direito ao máximo de dignidade na sua actividade que, na maioria das vezes, não escolheram, foi-lhes imposta pelas circunstâncias da vida.

10:53  
Anonymous Anónimo said...

Bom dia Marta
Eu tenho a bonita idade de cinquenta e sete anos. Tinha começado a minha vida profissional no ano anterior a setenta e quatro e toda a minha infância e adolescência foram passadas em Portugal, na província, num mundo fechado e atrasado e ainda muito mais marcado pelos costumes do passado do que pelos ventos de mudança que então e sobretudo ao nível das culturas jovens sopravam na Europa e na América do Norte. Sou dageração dos Beatles mas tudo o que esteve associado a isso passou-me ao lado. As referências são mais do género do romantismo do Roberto Carlos e dos bailaricos da aldeia.
Não me choca a legalização das drogas leves, nomeadamente da canabbis, pois é como diz a "hainnish" um assunto que não fere terceiros. Em todo o caso, a "Crystalzinho" não deixa de ter uma certa razão nos receios que manifesta e por isso, por não ser capaz de decidir o que para estará mais certo, disse que não tinha opinião.
Quanto à questão da prostituição, a Marta que me perdoe mas não concordo consigo. A actividade em si é um atentado para a dignidade humana, tanto mais que muitas das mulheres acabam por ser forçadas a prostituirem-se.
Quanto à segurança que benefícios sanitários que a legalização acarretaria, também aqui acho que estamos a comparar mal a coisa.
Se na cannabis podemos dizer que a legalização retira espaço de manobra ao traficante, pois a produção passa a ser feita por agricultores e o comércio regulamentado pelos estados, aqui a legalização apenas beneficiará as redes que já vivem disso que assim poderão ver as suas actividades legalizadas. Associado à prostituição está a traficância das mulheres, muitas vezes depois dos mais variados tipos de raptos.
É esta a minha posição.
Beijinhos, Marta

13:10  
Blogger Pedro Silva said...

Por certo que auxiliam certos doentes. Recordo-me de uma recportagem onde uma senhora holandesa referia fumar canabis a auxiliava a suportar as dores que a doença lhe impunha. Fumava mas moderadamente. A palavra chave é equilibrio, desde que se soubesse manter o equilibrio não haveria problema, o problema é a tendência para o exagero que parecer parte integrante da natureza humana.

15:40  
Anonymous Anónimo said...

Olá Amélia

Somos da mesmíssima geração.
O que estava em causa era a liberalização das drogas e já vamos na liberalização da prostituição.
A conversa é como as cerejas.

A liberalização da prostituição acabava, muito possivelmente, com o tráfico de mulheres.
A liberalização pressupõe legalização, pagando impostos e todos os outros deveres e também privilégios (reformas, fundo desemprego, etc.).
legalizando, resolvem-se uma série de problemas, incluindo os da saúde.
É a mais velha profissão do mundo, já é tempo de ser considerada legalmente como uma profissão.

Quanto à cannabis, como diz o Hainnish, há pessoas, crianças, adolescentes e adultos, que quando experimentam droga, leve ou pesada, ficam agarrados; outros não.
Legalizando, é mais fácil saber quem, quando, como, com qual, de droga e mais fácil de haver programas de informação e de desentoxicação.
Vender-se à porta das escolas e ou dentro delas, é que não é sistema.

Beijinhos

16:54  
Anonymous Anónimo said...

E a Amélia

Eu vivi os mesmos tempos, em Lisboa.
Tinha uns pais férreos.
Apesar de tudo, Lisboa era mais aberta, bastava para isso ter universidades, e os estudantes universitários eram polos de contestação e de importação das ideias que vinham de fora.

fui uma contestatária, em casa, na universidade, na vida.

17:03  
Anonymous Anónimo said...

Apesar do que se tem dito, estou comas preocupações e as reservas que a Crystalzinho manifestou.

22:24  
Anonymous Anónimo said...

Apesar do que se tem dito, estou com as preocupações e as reservas que a Crystalzinho manifestou.

PS
Peço desculpa pelo erro do primeiro comentário.

22:26  
Blogger no largo da graça said...

Viva Pedro, benvindo a esta pracinha de oliveiras, humilde mas livre e que de facto fica bem mais harmoniosa com a sua presença.O nosso maior desejo é que escolha uma das sombras para que volte muitas mais vezes e diga de sua justiça que todos os amigos que aqui conversam seguramente ouvirão com interesse,por naturalmente contribuir para a pluraridade de pontos de vista que sempre constitui a riqueza de um espaço como este, ainda que modesto.
Muita paz e saúde para si e todos aqueles que lhe são queridos.

Luís F. de A. Gomes

22:52  
Blogger no largo da graça said...

Viva Marta,mais uma vez e sem querer estar a intrometer-me no seu diálogo com a Srª. D. Amélia Costa, coisa que aqui pode fazer sem qualquer tipo de constrangimento. Esta praça de oliveiras é muitíssimo humilde, por chão tem a terra argilosa e as saliências calcáreas que a salpicam e que nós usamos como um banco enquanto conversamos e depois tem apenas a frescura da erva que as chuvas enchem de vigor e à medida que o Sol se eleva se vão acastanhando para ondularem quando Outubro traz consigo os sopros mais fortes. Há margaridas quando os anos mudam aqui para nós e em Maio o arco-iriz no chão que, depois de passar, deixa os roxos dos cardos que hão-de alimentar os pássaros depois da canícula. O resto e o que mais importa aqui está no dizer dos amigos que aqui nos fazem companhia. Temos em nós os limites do estar assim em público e esses são os da nossa consciência que nos faz ver que não seria possível a comunicação sem o respeito por aquele que fala. Por isso nunca entro nas discussões, se assim se pode falar, na medida em que a mim compete-me apresentar os temas e nada mais. E também por isso lhe digo que a Marta captou à primeira o espírito deste Largo da Graça que eu diria das vossas graças, pois sois vós que o fazem e lhe conferem o interesse que possa ter. Pessoalmente, sempre ficarei devedor para convosco e tiro-lhes o chapéu a todos, pela civilidade revelada, antes de tudo -as boas maneiras não são, não podem ser, de modo algum, "como a luva que calça o ladrão"- mas também pela qualidade dos comentários que tão generosamente aqui produzem.
Mas gostaria muito que a Marta considerasse o pedido que lhe vou apresentar em seguida.
As conversas são como as cerejas e é verdade é, de certo modo, é assim que aqui devem ser. E se a Amélia espoletou uma observação da sua parte, a resposta está gerando uma troca de impressões paralela ao tema da quinzena mas a respeito de um assunto forte, demasiadamente forte para que não seja dada a todos a oportunidade de se expressarem a esse respeito.
Não lhe sei dizer porquê e nem me parece que isso seja importante, mas confesso-lhe que nunca tinha pensado no assunto da prostituição e como tal nada tenho preparado para o mesmo e dificlmente serei capaz de o apresentar de um modo isento e susceptível de puxar uma conversa a esse propósito.
Pois bem, será você capaz de o fazer por mim? Por outras palavras, não quererá você organizar o mote para um debate sobre o tema que provocou a sua troca de palavras com a D. Amélia?
Poderíamos então combinar a saída do mesmo, sabendo desde já que o próximo post está decidido e que estou à espera que o amigo Luís Mourinha me remeta aquele que propôs a respeito do Movimento das Forças Interrogativas. O que me diz a isto, Marta? Está aceite o desafio?
Os moldes em que depois seria feita a moderação da conversa teriam que ser objecto de acordo entre os dois, naturalmente sem desrespeito pelas regras da casa a esse nível e isto tão só por um critério de estilo. Vamos a isso, minha senhora?
Desde já os meus agradecimentos pela atenção que me dispense e pela paciência para com estas minhas palavrinhas.~
O melhor para si.

Luís F. de A. Gomes

23:22  
Blogger Irritadinha said...

Há casos como o da Holanda, com moderação e um bom trabalho de quem é devido a nivel da mentalidade social, seria possivel que com a liberalização não fossem cometidos excessos - ou pelo menos não muitos.

06:26  
Anonymous Anónimo said...

Olá Luis


Ontem, já tarde, sempre acabei por passar por cá.
Ai, a curiosidade das mulheres!
Ontem teria respondido que não. hoje...estou com medo.
Nunca fiz um post para outro blogue, por isso acho uma enorme responsabilidade.
Por outro lado, apetece-me imenso experimentar, mas tenho medo que depois de feito o post, o Luis possa não gostar e se sinta obrigado a editá-lo.
Poderiamos, portanto, acordar na data em que precisaria dele, para, eventualmente, ter tempo para editar outro qualquer assunto.
Se assim fôr, far-se-á como entender, moderação incluída.


Beijinhos e obrigado pelo convite.

16:06  
Anonymous Anónimo said...

Jamais se conseguirá que deixem de haver pessoas com vontade de onsumir drogas, sejam de que tipo for.
Isso é um acto individual que por si só implica o próprio. É verdade que há consequências mais ou menos danosas para as sociedades, mas são essas que devem ser objecto de punição sempre que for o caso. Enquanto não prejudicar terceiros, o consumo de drogas não devia ser objecto de qualquer criminalização e o comércio das mesmas devia estar regulado pelas leis.
Com isto não deixo de reconhecer os receios que isso pode ter para o aumento do consumo, especialmente entre os mais jovens. Pessoalmente não conheço as experiências de outros países e por isso não posso falar sobre isso, pois nunca antes pensei no assunto. É do mais elementar bom senso que só depois de haver uma ideia clara a este respeito se pode equacionar a possibilidade de fazer, por exemplo, uma experiência de legalização dos consumos.

22:52  
Anonymous Anónimo said...

É muito complicado aquilo que vocês pedem. Como é que se pode conjugar a legalização dos consumos com o discurso de que não se devem usar drogas.Ou por acaso esse discurso deve ser abandonado?
Bom fim de semana para todos.

23:26  
Blogger foryou said...

"alguém defendeu que os consumidores de cannabis são pessoas como as outras,"
São pessoas!!!!! ponto

Creio que já foi tudo dito...

Bem... o que acho deste assunto? Acho que este espaço é pouco para o discutir de forma clara, coerente e responsavel.

Como diria o outro "tudo que é proibido apetece. Portanto é sempre dificil optar por legalizar ou proibir.

Por muitas vezes copiarmos a galinha da vizinha é que depois sai asneira. Caramba mas nós somos tolos? Não sabemos pensar?! Analisar o que os outros fazem e comparar com a nossa realidade, está bem. Agora copiar??..

Produção... comércio... pois... esses até seriam os grandes pontos a discutir. Ah pois... O tema é complicado, pois é!!

23:48  
Anonymous Anónimo said...

Um dos males deste país está precisamente na ideia de que este género de assuntos não consegue ser tratado de uma forma responsável num espaço como este. É um erro de palmatória pensar assim. Este é daqueles assunto em que a cidadania tem sempre uma palavra a dizer e por muitas asneiras que se digam, por muito irrelevante que seja o aprofundamento da questão que eventualmente se consiga fazer, sobra sempre espaço para que as pessoas digam o que pensam. Mais não seja, fica a saber-se o sentimento geral das pessoas que falarem e depois há sempre aquele bónus de assim se contribuir para que as pessoas consolidem hábitos de pensarem por si e falarem umas com as outras tendo em vista a resolução de problemas. Sempre foi dessa forma que a sociedade e a cultura democrática ganharam sentido.
O que pode sair daqui? Mesmo o nada já seria alguma coisa se tivéssemos em consideração que as pessoas falaram e disseram aquilo que pensam, em muitos casos, com uma coragem impressionante.
Bom dia de Sábado para todos.

Zara Malacuto

12:17  
Anonymous Anónimo said...

Faço minhas as palavras da Zara. Reconheço os argumentos daqueles que defendem a liberdade de consumo de drogas, mas não posso deixar de me perguntar se isso não acarretria um aumento de criminalidade e dos problemas derivados das dependências. É verdade que a proibição gera o tal mercado negro que alimenta máfias, mas não sei se não seráo mal menor. Concordo coma descriminalização que já está em vigor para as drogas leves e é tácita para muitas das duras -os programas de metadona e as salas de chuto afinal fazem o quê?- mas parece-me que o caminho será sempre o de procurar evitar o alastramento do consumo, exercendo sempre a pressão da informação que a escola pública, em grande parte, deve conseguir resolver.
Bom fim de semana para todos.

18:27  
Anonymous Anónimo said...

Como sempre, palavras cheias de bom senso, Patrícia.

23:49  
Blogger no largo da graça said...

Boa tarde Marta,
Desculpe só agora estar a responder mas há compromissos para lá deste universo e nem sempre podemos ter o tempo de que gostaríamos para dar resposta adequada a esta nossa brincadeira, mas séria.
Fico imensamente satisfeito pela abertura que revela em aceitar o desafio que lhe coloquei. Estou absolutamente convencido que será capaz de fazer um trabalho excelente que muito virá enriquecer esta humilde pracinha de oliveiras e que a todos levará a uma conversa interessante e da qual seguramente resultará um capital de mais-valia para cada um de nós.
Minha querida senhora, permita-me que a trate desta maneira, nós somos pessoas comuns e é muito bom que assim seja. Em conformidade, não há prazos, não poderia haver pois cada um dá o que de melhor for capaz nos tempos e nos ritmos que mais lhe agradem. Também estamos aqui para nos oferecermos momentos que nos façam felizes e isso não se compadece com outra coisa que não sejamos nós a marcarmos o nosso próprio ritmo e modo de fazer a coisa. Não concorda comigo, quanto a este aspecto?
Assim, a Marta elaborará o texto ou as perguntas -repare que há essas variáveis na apresentação dos temas e até outras, como foi o caso do terceiro debate sobre diferenças na linguagem de tratamento do género- conforme achar melhor e quando tiver o resultado que ache satisfatório remtê-lo-à para a morada de correio do blog ( sebsor@iol.pt ) devendo apenas colocar a sua identificação no assunto para que eu o abra. Depois disso, combinaremos a quinzena em que sairá que, teoricamente, será a seguinte. Mas isso ver-se-à nessa ocasião.
Quanto à moderação, se achar preferível posso ser eu a fazê-la. Há a regra de o moderador não participar nas conversas, apenas para agradecer entradas de novos comentadores identificados como provenientes de um blog.
Se a Marta preferir entrar na discussão, pois já percebi que deverá ter mais a dizer sobre isso, eu faço a moderação e você participa como um leitor qualquer. Naturalmente, a identidade do Autor do tema será sempre salvaguardada e essa será a sua. Se por qualquer motivo a Marta preferir ser a moderadora dentro do respeito pela regra que referi, a escolha é sua. E ainda podemos equacionar alguma forma de você moderar a conversa podendo, no entanto, ter, de algum modo, intervenção na mesma. Serão, digamos, aspectos que teremos que combinar e sobre os quais deixo nas suas mãos a opção pela via que mais a satisfaça.
Vamos pois ter um debate promovido pela Marta aqui "No Larga da Graça"? Eu desde já expresso a minha alegria por isso, como acrescento os meus mais sinceros agradecimentos e a certeza de ficar infinitamente devedor para consigo por jamais ter como retribuir uma tão grande generosidade e gentileza.
Só posso mesmo desejar o melhor para si e todos aqueles a quem quer bem e a fazem feliz.

Luís Foch

16:51  
Anonymous Anónimo said...

Não tenho nenhuma opinião sobre se se deve ou não legalizar o comércio das dorgas. Mas uma coisa é verdadeira, o mercado negro só alimenta organizações criminosas que pelo muito dinheiro que ganham ficam com poder suficiente para fazerem o que querem. É aí que está o problema maior, mas isso só se resolveria se houvesse acordo entre os países a nível mundial e não me parece que seja possível. O combate ao crime deve continuar e as coisas permanecerem como até aqui.

18:32  
Blogger Crystalzinho said...

Marta
Às crinaças não se pode vender alcóol e tabaco na teoria, nunca vi ninguém recusar vender qualquer um desses produtos a crianças com 15 anos ou até menos. Quem me garante que não poderaão também comprar outras drogas?
Até porque vai haver sempre alguém interessado em forcener-lhes, para os agarrar e levar a consumir as drogas mais forte, é nessas que está o grande negócio.
Bjs

23:16  
Anonymous Anónimo said...

As reservas perante a legalização dos consumos começam nestes problemas de ordem prática de que fala a Crytalzinho.

23:45  
Anonymous Anónimo said...

Bom dia Marta

Vejo que o Luís se antecipou e educadamente nos pede para que deixemos esta troca de impressões sobre a legalização da prostituição para outra oportunidade. Concordo com ele e por isso, sobre este assunto, fico-me por aqui.

Eu estudei em Coimbra e apanhei a crise de sessenta e nove, coisa que me fez despertar para o mundo fechado em que vivívamos, pois até então tinha sido uma menina de casa e sem preocupações, para quem o mundo era uma espécie de jardim verdadeiramente encantado. Até esperava o Príncipe que chegou e com quem vivi quase trinta anos de felicidade a que só a morte colocou um ponto final.
Com o exercício profissional acabei por compreender o sentido da injustiça em que se alicerçaum mundo em que a maioria jamais terá qualquer oportunidade para melhorar a sua condição. Se hoje me considero uma pessoa de esquerda, creio que é sobretudo por causa disso.

Uma boa semana, Marta

13:01  
Anonymous Anónimo said...

Olá Cristalzinho

Na vida, não há garantias de nada.

Evidentemente, que em Portugal nos debatemos com o problema de haver muito pouco control e muito pouca fiscalização de tudo.
Existem muito boas leis, que se não poêm em prática, por não haver fiscalização.
O facto de não haver fiscalização, não pode ser entrave a pensar como penso e a continuar a exigir que se faça essa fiscalização.
Se a falta de fiscalização pudesse ser argumento válido, ainda estaríamos muito mais atrasados do que já estamos.


Beijinhos, Cristalzinho

14:36  
Anonymous Anónimo said...

Olá Amélia

Tivemos um percurso parecido.

Uma boa semana, também para si.

Beijinhos

14:39  
Anonymous Anónimo said...

Olá Luis Gomes


Logo que o tiver pronto, mando-lho. Se me dá a escolher,
prefiro a 1ª opção, ou seja, prefero entrar na discussão como outro leitor qualquer.

14:43  
Anonymous Anónimo said...

A melhor pedrada é a de ar puro, da serra, do campo, do mar e de outros tais lugares não poluídos.

Porque fumarada para os pulmões já nos basta a dos escapes dos automóveis, das chaminés das fábricas e das bombas de "napalm".

-Ou será que a cannabis misturada com tabaco, ou não, diariamente inspirada, não nos rebenta com a saúde?
-Será que é fixe rebentar com a saúde?
-Deverá ser livre a opção de rebentar, ou não, com a saúde?
Não custa a asistência à doença muito dinheiro ao erário público?

-Mas, por outro lado, será que fumar o Cachimo da Paz, à boa maneira dos índios americanos, não é um dos grandes prazeres da vida e que, como diz o povo, "perdoa o mal que faz para o bem que sabe"?

Viva o Movimento das Forças Interrogativas

Carlos Alves

16:27  
Anonymous Anónimo said...

Quem pergunta assim não é gago.
Boas perguntas!

A pergunta é a porta para o conhecimento.
Quem pergunta vai longe.
Quem pergunta sempre alcança.

Viva o MFI!

Luís Mourinha

21:23  
Anonymous Anónimo said...

Então vocês querem atirar com os traficantes para o desemprego? E querem arruinar o negócio da coca àqueles lá de...

15:52  
Blogger Francis said...

eu não tenho resposta para isto, e bem se vê pelas posições aqui nos são dadas a conhecer...não sou, nunca fui, nem quero ser um santo...já tive as minhas experiencias.

alguem aí falou no equilibrio, mas estas coisas tiram-nos o equilibrio...

mas e o alcool ?

Eu, num mundo ideal, legalizava só para retirar os lucros brutais que isto tráz a quem joga na ilegalidade...as consequencias disto...nuca se saberá, mas a fazer fé no dito popular, de que só o fazemos porque é ilegal, por causa do perigo e da adrelanina...quem sabe. e até o contacto da venda, cara a cara, não permitiria o acompanhamento personalizado, e uma melhor abordagem ao individuo ?
Mas isto era no mundo ideal, não no nosso.

cumprimentos a todos.

17:22  
Blogger no largo da graça said...

Seja feita a sua vontade. Eu moderarei e a Marta terá toda a liberdade de comentar o que entender.
Ficarei eternamente agradecido pela sua generosidade que não alcanço como possa retribuir.
Não tem que sentir pressa em atender este convite. A Marta decidirá sobre os tempos e a oportunidade de o materializar.

O melhor para si e todos os que ama.

Luís Foch

22:34  
Blogger no largo da graça said...

Luís Mourinha,

Estou aguardando que me remetas o tema para a conversa a respeito do MFI (Movimento das Forças Interrogativas).

Se o fizeres até Sábado, entrará já na próxima quinzena.

Vamos a isso, companheiro.

Aquele abraço

Luís Foch

12:47  
Anonymous Anónimo said...

POSSÍVEL REPTO PARA UM PRIMEIRO DEBATE PARA O MFI:

Vejo cada vez mais longe o exercício livre da Cidadania. A impossibilidade de ser cidadão de pleno direito, com a plena consciência de que posso intervir e ser ouvido.
Quando digo, poucos me ouvem!
Quando me ouvem, pouco me ligam!

Quem sou eu (cada um de nós)na cidade em que vivemos?
Que poderemos fazer para sermos ouvidos?

Se o exercício da Cidadania for a máxima expressão da liberdade individual, que fazer quando a nossa voz se torna um eco inacessível e inaudível?

PROPONHO QUE A PARTIR DESTE TEXTO OS COORDENADORES DO MFI, MELHOREM O TEXTO E LANCEM O REPTO AOS NOSSOS7 VOSSOS LEITORES

Luís Mourinha

22:38  
Blogger no largo da graça said...

Mourinha, a sugestão é do melhor. Afinal, as perguntas incómodas só podem ser feitas por cidadãos, livres e interrogativos, o mesmo é dizer, despertos para o que os rodeia e com vontade de dizer de sua justiça.

Fico à espera, agora ainda com mais entusiasmo. Este Largo sairá dignificado por um debate como que propões.

Aquele abraço, comppanheiro

Luís

00:17  
Anonymous Anónimo said...

Vamos a isso. O Movimento das Forças Interrogativas ainda há pouco nasceu, tanto quanto me parece, e já é digno de um debate à escala da global blogosfera. Primeiríssima pergunta, tentando contribuir para o arranque do debate: O que é, afinal, o MFI?

Luis Santos

09:50  
Anonymous Anónimo said...

Amigos Coordenadores entusiastas do MFI, caros amigos Luís Carlos e Luís Gomes, penso que esta será uma boa forma de começar, interpelando as pessoas sobre o SEU LUGAR NA CIDADE (Sociedade) e a sua capacidade de serem ouvidas, enquanto cidadãos/ pessoas livres.

Ou então, começar por perguntar o que é ou deve ser o MFI.
Mas na minha opinião, devemos começar pela questão da cidadania e gradualmente com outros temas, dos quais surja o ideal teórico e de intervenção do MFI (o MIC).

Proponho que se diga no POST de LANÇAMENTO, que as participações dos leitores/ membors do MFI serão compiladas num TEXTO GLOBAL COM AS IDEIAS PRINCIPAIS DO MFI, que mais tarde surgiram em forma de MIC (Manifesto de Intervenção Cívica), que até já tem um esboço já avançado pelo Luís Carlos.

Que vos parece?

Um abraço!

Luís Mourinha

21:05  
Blogger ESTÓRIAS DE ALHOS VEDROS said...

Pelo M.I.C. (Movimento de Intervenção Cívica)!

12:00  
Anonymous Anónimo said...

Tendo o MFI (Movimento das Forças Interrogativas) acabado de dar os primeiros passos, de forma absolutamente espontânea e, portanto, para já não sendo mais que uma breve troca de palavras entre amigos, duas perguntas óbvias a propôr para a troca de ideias que aí vem são:

...MAS, O QUE DEVE SER O MFI?

SERÁ QUE EXISTE LUGAR NA SOCIEDADE PORTUGUESA PARA MOVIMENTOS DE INTERVENÇÂO CÌVICA AO ARREPIO DO DISCURSO POLÌTICO PARTIDÀRIO?

16:03  
Anonymous Anónimo said...

Pois é verdade, o MIC já existe!
O que nós queremos é criar um espaço de INTERROGAÇÕES, que ainda não existe e que está à margem das grandes representações partidárias e independentes, que já existam.

Luís Mourinha

17:37  
Anonymous Anónimo said...

O MFI é ultra-independente!

17:38  
Blogger no largo da graça said...

Companheiros, não acham que já têm um formato suficiente para lançar o tema domovimento das forças interrogativas?
Não me querem fazer chegara versão final até este Domingo? Seria o a conversa da próxima quinzena.

Aguardo notícias.

Mas atenção a uma coisa.
MIC são as iniciais de um movimento que já existe, o Movimento de Intervenção e Cidadania que se formou em torno da campanha presidencial de Manuel Alegre. Terão que arranjar outras denominações.

Saúde para todos, aquele abraço

Luís Foch

23:41  
Blogger no largo da graça said...

Quanto à moderação do tema, já percebi que serei eu a fazê-la. Vocês quererão participar na conversa como um Leitor qualquer.

Um abraço

Luís Foch

23:42  
Anonymous Anónimo said...

Claro, deves ser tu o Moderador. O Largo é teu e tu consegues coordenar bem estas coisas.
Esquece o MIC!
Um abraço,
Luís Mourinha

11:34  
Anonymous Anónimo said...

A minha contribuição para o texto de arranque foi feito no último comentário. Quando vocês derem por concluída a vossa parte. Está feito.
Espero que a moderação não exclua a participação, se possível...

Luis Santos

14:19  
Blogger no largo da graça said...

Bem, sendo assim fico à espera da versão final. Vejam se a conseguem acabar até à próxima quinzena para que seja esse o tema da conversa seguinte, pois, em face das circunstâncias, hoje avançará o tema que estava em agenda.

Aquele abraço

Luís Foch

16:13  
Blogger no largo da graça said...

Resta-nos agradecer as visitas e os comentários de todos vós que, mais uma vez, encheram de luz esta humilde praça de oliveiras e muito contribuiram para que se possa discutir este problema de forma elevada e atendendo aos múltiplos aspectos que o mesmo envolve.
Sem vós, a vossa generosidade e a riqueza dos vossos pontos de vista, jamais teríamos motivo de interesse para descansarmos sobres estas sombras de paz e liberdade.

O melhor que haja nesta vida para vocês

Luís Foch

16:17  

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