E DA TELEVISÃO ATÉ AO LARGO
Na passada semana, na RTP2, a blogosfera esteve em discussão no “Clube de Jornalistas”.
Não vamos aqui pedir a vossa opinião a respeito do que acham que deve ser aquele universo virtual ou quais as potencialidades que a mesma encerra, em geral, ou para a cidadania em particular.
Aquilo que lhes propomos é que partam para a reflexão a partir de duas dicas que podemos destacar em tudo o que os convidados disseram.
A primeira é quente, ainda mais numa semana em que veio a lume o castigo de um funcionário público por ditos a respeito do Primeiro-Ministro. A certa altura, na conversa, alguém defendeu a ideia de que a blogosfera deve ser controlada, submetida a regras. Pois é a partir daqui que lhes queremos colocar a primeira série de questões:
Acham que sim? Acham que a blogosfera deve ser objecto de controlo e da aplicação de regras de conduta? Será necessário fazê-lo? Se virmos este problema de outro ângulo, cabe perguntar se a liberdade na blogosfera é ilimitada? Será que cada um pode escrever o que lhe apetecer sem estar sujeito às consequências que isso possa ter? Haverá, apesar de tudo, lugar e pertinência para a implementação de regras e o controlo na blogosfera, mesmo sem chegarmos a um qualquer formato de censura e muito menos de estrutura censória?
A segunda será mais pacífica, mas ainda assim passível de ser questionada. Um dos presentes apresentou a tese de que a blogosfera tenderá a evoluir para a via do profissionalismo e naturalmente apontou isso como uma das consequências da tal necessidade de controlo do espaço em causa e, concomitantemente, como a forma de melhor responder a ela, isto é, de a materializar. Justificou a ideia com o facto de certos blogs, para manterem o ritmo de postagens, requererem um acompanhamento diário que só uma presença a tempo inteiro e remunerada conseguirá e para melhor a ilustrar deu o exemplo da comparação com o jornalismo que, na origem, terá sido assegurado em grande parte por trabalho amador, digamos assim.
Ora bem, que acham vocês disto? Faz sentido a comparação? Podemos comparar o trabalho desenvolvido num qualquer blog com o labor jornalístico em torno de um diário ou de um semanário? E quanto é profissionalização, acham que será inevitável? E a existir acham que isso impossibilitará a coexistência com a participação que actualmente se verifica por parte do cidadão anónimo e comum? Nos blogs que fazem e naqueles que conhecem, sentem que sem uma qualquer estrutura profissional a prazo deixarão de ser capazes de manterem o vosso espaço no ar?
Como sempre, o nosso maior desejo vai para que o tema seja do vosso agrado e interesse e que o mesmo lhes propicie mais uma serena troca de impressões.
A nossa gratidão para convosco e a generosidade que revelam jamais será saldada, pois não vislumbramos como poderíamos reunir os meios para o fazer.
Um grande bem-haja para todos vós.
Não vamos aqui pedir a vossa opinião a respeito do que acham que deve ser aquele universo virtual ou quais as potencialidades que a mesma encerra, em geral, ou para a cidadania em particular.
Aquilo que lhes propomos é que partam para a reflexão a partir de duas dicas que podemos destacar em tudo o que os convidados disseram.
A primeira é quente, ainda mais numa semana em que veio a lume o castigo de um funcionário público por ditos a respeito do Primeiro-Ministro. A certa altura, na conversa, alguém defendeu a ideia de que a blogosfera deve ser controlada, submetida a regras. Pois é a partir daqui que lhes queremos colocar a primeira série de questões:
Acham que sim? Acham que a blogosfera deve ser objecto de controlo e da aplicação de regras de conduta? Será necessário fazê-lo? Se virmos este problema de outro ângulo, cabe perguntar se a liberdade na blogosfera é ilimitada? Será que cada um pode escrever o que lhe apetecer sem estar sujeito às consequências que isso possa ter? Haverá, apesar de tudo, lugar e pertinência para a implementação de regras e o controlo na blogosfera, mesmo sem chegarmos a um qualquer formato de censura e muito menos de estrutura censória?
A segunda será mais pacífica, mas ainda assim passível de ser questionada. Um dos presentes apresentou a tese de que a blogosfera tenderá a evoluir para a via do profissionalismo e naturalmente apontou isso como uma das consequências da tal necessidade de controlo do espaço em causa e, concomitantemente, como a forma de melhor responder a ela, isto é, de a materializar. Justificou a ideia com o facto de certos blogs, para manterem o ritmo de postagens, requererem um acompanhamento diário que só uma presença a tempo inteiro e remunerada conseguirá e para melhor a ilustrar deu o exemplo da comparação com o jornalismo que, na origem, terá sido assegurado em grande parte por trabalho amador, digamos assim.
Ora bem, que acham vocês disto? Faz sentido a comparação? Podemos comparar o trabalho desenvolvido num qualquer blog com o labor jornalístico em torno de um diário ou de um semanário? E quanto é profissionalização, acham que será inevitável? E a existir acham que isso impossibilitará a coexistência com a participação que actualmente se verifica por parte do cidadão anónimo e comum? Nos blogs que fazem e naqueles que conhecem, sentem que sem uma qualquer estrutura profissional a prazo deixarão de ser capazes de manterem o vosso espaço no ar?
Como sempre, o nosso maior desejo vai para que o tema seja do vosso agrado e interesse e que o mesmo lhes propicie mais uma serena troca de impressões.
A nossa gratidão para convosco e a generosidade que revelam jamais será saldada, pois não vislumbramos como poderíamos reunir os meios para o fazer.
Um grande bem-haja para todos vós.