2007-06-24

MAIS VALE UMA PERGUNTA NA BOCA QUE DUAS CERTEZAS A VOAR

LANÇAMENTO DO M.F.I.

O prometido é devido!
Depois de vários meses de gestação, nasce o espaço MFI (Movimento das Forças Interrogativas). Por empréstimo (alvará virtual) ocupamos o Largo da graça, Blog conceituado da nossa Praça, para fazer passar a Mensagem e abrir as portas às devidas interrogações. Um dia, quem sabe, poderemos dispor de uma morada própria, onde as nossas convicções possam emergir e “saltar para fora”, na parte de cima do iceberg castrador. Para já, aceitamos o privilégio de (re) aparecer no Largo, no qual partilharemos as nossas perguntas e inquietações.

Mais do que um espaço afirmativo, o MFI é o lugar das perguntas. O Topos onde situamos o Movimento situa-se para além das imposições, dos dogmas ou visões politico-partidárias. Por isso, ainda não existe em lugar algum. Por isso ainda é uma (u)topia (porque não tem topos definido). Vai passar a existir a partir de agora, disponível para todos os que nos queiram visitar.
É um espaço de cidadania, onde habitam as perguntas, as questões, as dúvidas partilhadas. Esse é o espírito do MFI! E cidadania quer dizer “vida na Cidade” ou na sociedade, que é de todos e de cada um. É o tal espaço público, não politizado, onde os participantes podem dizer de sua justiça.
É um espaço sem regras, a não ser as regras do bom-senso. Cada um responde por si, pelo que diz e pelo que faz; mas, no MFI apenas esperamos interrogação, reflexão individual e conjunta sobre as questões da sociedade portuguesa e global. Por isso, é um espaço e um tempo filosófico, no qual se dispensam ataques pessoais, críticas destrutivas ou disputas partidárias.

Venham visitar-nos!
Deixem as vossas Interrogações.

MFI Sempre!

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Vivemos na Cidade!Vivemos juntos numa dimensão pública, que partilhamos com os outros. As Cidades surgiram, na verdadeira acepção, com a "Polis" ateniense grega, precisamente quando o privado se cruza com o público, com a necessidade de avaliar e discutir as questões públicas. A Assembleia grega era participada por todos os cidadãos. Todos subiam ao "Monte" (Espaço Público) ou se passeavam (peripateteando) pela Àgora para dizer de sua justiça.
Surgiu assim, o modelo ocidental de cidadania e de participação pública.Hoje nas democracias ocidentais a discussão pública é fundamental. Elegemos os nossos representantes, que falam por nós e que decidem por nós. Não subimos ao Monte (Parlamento), mas temos direito/ privilégio da palavra.

Como fazer valer a nossa palavra? Como participar na vida pública?Até que ponto somos ouvidos pelos nossos Representantes?Qual o modelo de Democracia ideal para os nossos tempos?Como exercer o direito de cidadania? Direito ou privilégio?

Ass: Movimento das Forças Interrogativas
Portugal, 22 de Junho de 2007
Como dissemos, entre e converse. Partilhe connosco as suas opiniões sobre assuntos, assim o esperamos, do interesse do comum dos mortais.Para conhecer melhor este espaço entre na secretaria. Aí obterá toda a informação necessária a respeito de toda a constelação de "Atirei o Pau ao Gato".
E não perca no "Pau" a nova série de textos que a partir desta quinzena começamos a publicar. A vossa presença, as vossas ideias, serão sempre motivo de alegria e enriquecimento para nós.

2007-06-10

LEGALIZAÇÃO E LIBERALIZAÇÃO DA PROSTITUIÇÃO

A prostituição em Portugal está a aumentar.

São cada vez em maior número as estudantes universitárias que recorrem à prostituição, como meio de aumentarem os seus proventos e assim poderem ter acesso a roupa de marcas e poderem ir mais vezes a discotecas.
É uma bola de neve. Cada uma que entra neste mundo, fala com as amigas, que falam com as amigas, que falam, ainda, com mais amigas, e não tem fim o ciclo.
Por outro lado, cada vez vêm mais raparigas do estrangeiro, Brasil e países de leste, para bares de alterne.

A prostituição em Portugal está despenalizada, ou seja, a prostituta pode exercer a sua profissão, que não é crime, mas não existe perante a lei, nem perante a Segurança Social. Não tem nenhum direito, nem nenhum dever. Para mim, é o máximo da hipocrisia da sociedade.
O proxenetismo é o único criminalizado.

A liberalização, feita por si só, liberaliza também todas as casas que negoceiam em sexo, sem garantir a segurança das prostitutas.
A legalização da prostituição, pretende garantir, às prostitutas, os mesmos direitos e deveres que têm todos os cidadãos: direitos ao trabalho, à Segurança Social, à saúde e o pagamento de impostos. Alem disso pretende, também, acabar com o tráfico de mulheres e combater a exploração de menores e de mulheres estrangeiras.

No entanto, este é um assunto altamente polémico na sociedade portuguesa e em quase todos os países da Europa.
Sílvia Cuerdas, por exemplo, do Partido Feminista Espanhol, diz que legalizar a prostituição é o mesmo que legalizar o abuso sexual. Diz que não tem sentido, tentar eliminar o assédio sexual e a violência doméstica e por outro lado legalizar uma prática em que tudo isso acontece.

O país mais avançado neste domínio é a Suécia, com uma lei que foi considerada polémica, mas que está a ser um enorme sucesso.
A Suécia liberalizou e legalizou a prostituição, mas criminalizou o cliente.
A par desta lei, foram constituídos fundos na Segurança Social, para ajudar toda e qualquer prostituta que quisesse sair dessa vida. 30% das prostitutas suecas, aproveitaram esta ajuda da Segurança Social.
A Prostituição, num espaço de cinco anos, decresceu 60% e os clientes 80%.
Os países vizinhos, Finlândia, Noruega e também a Escócia e a Rússia, estão a estudar a maneira de também adoptarem estas medidas.

Defendo que se devia começar, mais cedo do que tarde, por legalizar a prostituição, para depois se poder caminhar para um modelo parecido com o Sueco.
O proxenetismo deverá ser sempre criminalizado.

Está de acordo com a liberalização da prostituição em Portugal?
E com a legalização?
Em que moldes propõe que se faça a liberalização e, ou, a legalização da prostituição?
O que pensa da lei Sueca? O que pensa dos seus resultados?
Se não está de acordo nem com a liberalização, nem com a legalização, que propõe que se faça?

Agradeço todas as vossas respostas, como uma maneira de pensarmos juntos, sobre este assunto.