2007-01-21

ORA VAMOS LÁ À PENA DE MORTE: SIM OU NÃO?

O tema que lhe propomos desta vez é a pena de morte. E claro que a primeira série de perguntas são as mais simples: concorda em alguma circunstância com a pena de morte? Ou pelo contrário, condena a pena de morte em termos absolutos? Isto sem esquecer de interrogar se, de todo, concorda coma aplicação da pena de morte, isto é, se acha que há crimes que pela sua gravidade merecem ser punidos com a pena capital?
Seria demasiado fácil se nos limitássemos a estas interrogações e nós queremos complicar um bocadinho.
Podemos abrir excepções para a recusa da pena de morte? Há criminosos e crimes que mesmo perante a rejeição de tão irreversível punição devem sofrer um tal castigo?
O recente caso de Saddam Hussein e os seus acólitos do regime do Partido Baas pode servir de ponto de partida para esta última reflexão, mas não nos podemos esquecer dos carrascos da Shoah. Como agir perante o indizível? Será que aqui se considera uma excepção à recusa da pena de morte ou nestes últimos casos, pela natureza dos desastres e Catástrofes provocadas sobre os outros, os seus intérpretes colocam-se para lá da norma do valor absoluto da vida humana?
Desde já os nossos melhores agradecimentos pela vossa presença e contributos para esta conversa e o voto para que a mesma seja do vosso agrado e em ela dêem o vosso tempo por bem empregue.

2007-01-07

ESTE MUNDO GLOBALIZADO EM QUE VIVEMOS ASSUSTA-O?

Apesar de a maioria dos habitantes do planeta viverem ainda fora das condições básicas da vida moderna, sem acesso à electricidade ou à água potável, a verdade é que hoje em dia é possível o contacto em tempo real entre os pontos mais distantes da superfície terrestre. No domínio da economia, se bem que desde há muito que se compram e vendem mercadorias entre os mais diversos e distantes pontos da Terra e por isso ser antiga a influência entre sociedades e tecidos sociais diferentes e separados pelas distâncias dos diversos continentes, existe agora a possibilidade de negócios em tempo real entre qualquer local desta nossa casa comum. Dada a evolução dos transportes, quer no domínio da sofisticação e inerente capacidade de fazer circular qualquer produto, quer no âmbito das velocidades de deslocação conseguidas que já colocam antípodas ao alcance de um dia e os progressos verificados nas redes de telecomunicações que criaram condições tecnológicas para a mobilidade imediata dos capitais, tanto actividades como saberes e competências podem ser deslocalizadas entre um qualquer país e outro por mais longínquo que seja. No contexto do capitalismo financeiro, dada a multiplicidade e variedade de origens dos seus detentores e decisores, quase se perdeu a noção de nacional. Numa expressão simples, diz-se que o mundo está globalizado.
É pois sobre isto que lhes propomos a conversa desta quinzena.
Como é, este fenómeno da globalização pode ser travado, pode, de alguma forma, esboroar-se e retroceder? Pelo contrário, será inevitável não dependendo da nossa vontade ou consciência a sua dinâmica?
Faz sentido ser a favor ou contra a globalização? Poderemos ver o problema dessa maneira?
E quanto às consequências? Poderemos falar mais no sentido da predominância de resultados de sinal negativo ou positivo? Há oportunidades nesse fenómeno que possamos explorar para aumentar a qualidade de vida das populações humanas? Ou ao contrário, o mesmo criará pressões sobre os recursos disponíveis que tenderão a piorar a capacidade de sobrevivência neste nosso berlinde cósmico, por enquanto o único sítio que temos para viver?
Estas são perguntas que poderemos usar como mote de reflexão e troca de ideias. Outras existirão, seguramente, mas essas podem vir dos leitores interessados nestes assuntos.
Aqui deixamos o convite para que se sentem e conversem e desde já expressamos o nosso maior desejo para que no fim demos o tempo por bem empregue.
Para todos, o nosso humilde agradecimento pela generosa grandeza dos vossos contributos.